Um terço da nossa vida é dedicado ao sono e isso já é um motivo suficientemente forte para darmos mais atenção a este assunto. Mas não é o que geralmente acontece. A maioria das pessoas trata o sono como uma simples atividade do seu dia-a-dia e não se preocupa em buscar uma maior qualidade a este sono, utilizando, por exemplo, travesseiro e colchão adequados, além de um ambiente propício. Noites mal dormidas podem se transformar em mau humor, dor na coluna, dor de cabeça, indisposição e, mais do que isso, menos qualidade de vida.
“Estudos comprovaram que durante o sono é que o nosso organismo produz serotonina, substância P e melatonina, ou seja, substâncias que nos produzem sensações de bem-estar e agem como filtros do nosso organismo a situações de estresse e ansiedade. Aliás, uma das doenças mais freqüentes causadas pela baixa presença destas substâncias é a fibromialgia. Além disso, durante o sono aumentamos a nossa capacidade de produzir defesas e mais nutrientes para o nosso organismo. Quem repousa tende a ter mais saúde do que aqueles que não dormem bem”, explica o Dr. Antônio d’Almeida Neto, reumatologista e fisiatra do CREB, Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.
– Na fase do nascimento até os 5 anos, é durante o sono que as crianças crescem, entre 20 horas e 24 horas. E no caso de crianças a partir de 10 anos, esse processo de crescimento também acontece durante o sono, entre 22 horas e 2 horas – acrescenta ele.
Segundo o médico do CREB, estudos indicam que o ser humano precisa, em média, de sete horas de “bom e regular sono”. Segundo ele, “mais importante que a quantidade de horas dormidas é a qualidade do sono. Entre as 22 horas e 2 horas, atinge-se a maior profundidade do sono. Numa escala de 1 a 5, que são os níveis do sono, é nesta fase que se atinge a escala 5”. O dr. Antônio garante que é preciso buscar um ambiente sossegado, sem barulhos, para um bom sono. E dá uma dica para aqueles que têm dificuldade de dormir: ouvir música de câmara, baixinho, ajuda a estimular o sono.
O colchão e o travesseiro devem merecer atenção especial. Em relação ao travesseiro, o médico do CREB explica que ele precisa ocupar o espaço entre o colchão e o rosto da pessoa, permitindo que seu pescoço fique numa posição reta e preenchido o espaço entre a cabeça e o colchão. Quanto ao colchão, os cuidados devem ser redobrados.
– O conceito tradicional que colchão ortopédico é o colchão duro cai em desuso. Não é você que tem que se amoldar ao colchão e sim vice-versa. Ele precisa ser suficientemente macio e firme. Por isso é fundamental adequá-lo ao seu peso. Pessoas entre 40 e 60 quilos devem optar pela densidade D28. Acima de 60 e até 80 quilos, escolha a densidade D33. Acima disto, opte pela densidade D45, até 90 quilos, e acima deste peso deve-se utilizar a densidade D60. O colchão pode se de espuma ou de molas, mas no caso de molas o ideal é colchão de molas individuais porque o colchão de molas com tela metálica não possibilita a distribuição homogênea do peso do casal – ensina o médico.
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