CONTEÚDO CREB SOBRE SAÚDE

Uso de antidepressivos pode aumentar o risco de fraturas

 

Um estudo científico demonstrou que há relação entre o uso de antidepressivos e o risco de fraturas. Segundo esta pesquisa, que identificou e analisou 1.217.464 indivíduos, os antidepressivos teriam uma ação direta no metabolismo ósseo e estariam associados com risco aumentado de fratura, porque inibidores da recaptação da serotonina (SSRI – citalopram, fluoxetina, sertralina e outros) e antidepressivos tricíclicos (TCA – amitriptilina, clomipramina e outros) são associados com um moderado e clinicamente significativo aumento do risco de fraturas de todos os tipos. Comparados a não usuários, pacientes que utilizam anidepressivo tiveram um aumento de 42% no risco de fratura não vertebral, 47% no risco de fatura de quadril e, finalmente, 38% no risco de fratura vertebral. Outro estudo que associa o antidepressivo ao maior risco de fraturas também levou em consideração a idade dos pacientes.

– Um risco maior de fraturas foi associado com um aumento da dose de ansiolíticos e sedativos; o mais alto risco estava presente nos indivíduos abaixo de 40 anos de idade. Daí em diante, o risco de fraturas diminuiu com a idade. Para SSRI, um crescente risco de fraturas foi visto com dose e idade crescente. A respeito de TCA, nenhuma tendência específica com a idade estava presente. No entanto, um aumento do risco de fraturas foi associado com aumento da dose TCA na faixa etária acima de 60 anos. Finalmente, para outros antidepressivos, nenhuma tendência específica com observou-se a idade ou a dose. Cuidados devem ser tomados na prescrição de ISRS para indivíduos mais velhos – comenta a pesquisa o ortopedista Bernardo Stolnicki, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.