CONTEÚDO CREB SOBRE SAÚDE

Uso prolongado de celular e tablete pode gerar dor na coluna

 

Realizado em Campinas, na primeira quinzena de julho, a 4ª edição do Congresso da Sociedade Brasileira de Médicos Intervencionistas em Dor (Sobramid) se dedicou, entre outros assuntos a discutir os dados de uma pesquisa da Sociedade Brasileira para E...

Realizado em Campinas, na primeira quinzena de julho, a 4ª edição do Congresso da Sociedade Brasileira de Médicos Intervencionistas em Dor (Sobramid) se dedicou, entre outros assuntos a discutir os dados de uma pesquisa da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED) que demonstrou que a cada dez brasileiros, quase quatro sofrem de alguma dor crônica, ou seja, 37% da população nacional. A maioria desse contigente é formada por mulheres, que vivem nas regiões Sul e Sudeste e têm em média 41 anos . A dor crônica é aquela dor que persiste por pelo menos três meses.

No topo do ranking deste quadro estão as dores crônicas na coluna vertebral. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 85% da população mundial tem, teve ou terá dor nas costas. O sedentarismo, os vícios de postura e o sobrepeso são os principais vilões da coluna vertebral. Mas novos hábitos tem contribuído para levar cada vez mais gente aos consultórios médicos com dores na coluna, aponta o ortopedista Márcio Taubman, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

Dispositivos são utilizados em média por quatro horas por dia

– O que mais recebemos em nossos consultórios são pessoas com dores na coluna. As causas podem se as mais variadas possíveis, mas temos visto que o uso exagerado de tablets e celulares, principalmente pelos jovens, tem contribuído muito para esse quadro. Estudos demonstram que esses dispositivos são utilizados em média por quatro horas por dia, e geralmente ao utilizarmos um celular ou um tablete nossa cabeça fica num ângulo de 60 graus. Isso significa que o peso dela pule de habituais sete quilos para 27 quilos. Fica fácil imaginar o problema que isso pode gerar, repetidamente. Ao menor sinal de dor na coluna, é preciso procurar um especialista – explica ele.