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Boca e olhos secos? Isso pode ser síndrome de Sjögren

 

Boca e olhos secos? Isso pode ser síndrome de Sjögren. Um reumatologista deve ser consultado.

Se você frequentemente tem a sensação de secura nos olhos e na boca, o melhor a fazer é marcar uma consulta com um reumatologista. Este é o quadro mais comum de Síndrome de Sjögren, uma doença crônica e autoimune que provoca a inflamação das glândulas lacrimais e salivares, deixando os olhos e a boca secos com constância.

A Dra. Isis Reis Carvalho, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo – explica que outro sintoma que deve ser levado em conta no diagnóstico da Síndrome de Sjögren é o histórico de cáries do paciente, já que a diminuição da produção de saliva resulta na maior proliferação de germes bucais. “Em geral, o acometido pela doença tem a sensação de areia nos olhos. Quando eles ficam secos, há risco de infecções oculares, o que pode provocar danos à córnea. Por isso, um reumatologista deve ser consultado imediatamente”, avisa ela.

A reumatologista do CREB acrescenta que a boca seca, por sua vez, pode trazer dificuldades para a deglutição, ou seja, o ato de engolir, além de aumentar o risco de cárie dentária, inflamação gengival e outros problemas relacionados à boca e aos dentes. “Alguns pacientes apresentam, também, ressecamento nasal, da pele e até mesmo vaginal”, aponta.

Os sintomas da Síndrome de Sjögren

Dor nas articulações, principalmente nas mãos e nos punhos, inchaço e sensação de calor local, além da sensação de fadiga são outros sintomas da Síndrome de Sjögren. Esses podem ser os primeiros sintomas da doença e podem levar a limitação dos movimentos articulares. “Em geral, as mulheres são mais acometidas e a Síndrome de Sjögren pode vir acompanhada de outras doenças autoimunes, como a artrite reumatoide ou o lúpus”, relata a reumatologista do CREB.

A Dra. Isis pontua que o tratamento da Síndrome de Sjögren deve contar com o apoio de um reumatologista, de um oftalmologista e de um dentista, trabalhando os três em parceria. “O uso de medicamentos imunossupressores são fundamentais para o sucesso do tratamento”, avisa a médica do CREB.