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Um século à frente (artigo sobre Pilates)

O método Pilates (criado por Joseph Hubertus Pilates) é um programa que visa o condicionamento físico e mental. Técnica dinâmica trabalha força, alongamento, flexibilidade e equilíbrio, e se preocupa em manter as curvaturas fisiológicas do corpo. Ele tem como prioridade a consciência corporal, resistência muscular e coordenação motora. Envolve exercícios integrados e controlados, em que o corpo e a mente trabalham juntos, com treinamento com resistência de molas variadas das mais leves as mais pesadas e exercícios musculares de baixo impacto.

Para todas as idades, funciona de forma variada para cada indivíduo. Em pessoas com incontinência urinária, por exemplo, trabalha bem a musculatura do assoalho pélvico, levando a um fortalecimento e ajudando na resistência para manter por mais tempo o enchimento da bexiga.
Para tratar problemas posturais, reumatológicos e ortopédicos, fortalece a musculatura mais profunda e estabilizadora, promovendo uma melhora na postura, sua conscientização e coordenação.

O método também trabalha a musculatura para realização de movimentos mais precisos e funcionais para o dia- a- dia sem gerar dor, e aliviando possíveis tensões através dos alongamentos ativos. É recomendado no pós-operatório, após a alta clínica, para ganho de tônus, força muscular e resistência.
Joseph Pilates (1880-1967) nasceu na Alemanha. Por ser uma criança e um adolescente com sérios problemas respiratórios, estudou todos os assuntos que poderiam curá-lo e, autodidata, tornou-se especialista em fisiologia, anatomia e cultura física. Acabou sendo convocado pelo Exército alemão para tratar dos feridos com seus exercícios e aparelhos.

Em 1926, foi para os Estados Unidos onde conheceu sua esposa, Clara e juntos, fundaram um estúdio de Pilates, cujos primeiros praticantes foram dançarinos e atletas. Uma bailarina reuniu-se à dupla e encantada com a técnica, difundiu-a entre os colegas.

No Brasil, o método chegou na década de 1990. Hoje é bastante divulgado como o ideal para idosos que buscam um envelhecimento ativo. Como Joseph Pilates costumava postular: ”um velho sem flexibilidade é um velho, um velho com flexibilidade é um jovem.” E sobre o seus exercícios, ele afirmou: “Eu devo estar certo. Nunca tomei uma aspirina, nunca perdi um dia em minha vida. O País inteiro, o mundo inteiro deveria fazer meus exercícios. Eles seriam mais felizes”. Consultora: Ana Paula Neves Gonzaga (na sequência de fotos com uma aluna), fisioterapeuta com especialização em RPG, Pilates e Terapia Manual, do Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo (CREB).

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Dr. Bernardo Stolnicki, do CREB, no Canal Futura: Osteoporose

O ortopedista do CREB – Centro de Reuamtologia e Ortopedia Botafogo -, Bernardo Stolnicki, foi convidado e deu uma longa entrevista ao Canal Futura sobre osteoporose e, entre outros assuntos, falou sobre medicamentos para essa doença. Para assistir ao vídeo do Dr. Bernardo Stonlicki no Canal Futura, na íntegra, acesse http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=TpplYsY7haw#!


Anvisa pede cautela em uso de remédio contra osteoporose

O médico deve avaliar, caso a caso, se vale a pena prolongar para além de três anos o uso dos bisfosfonatos no combate à osteoporose.

É o que alerta um boletim elaborado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) com base em estudos clínicos e de casos internacionais que avaliaram o uso desses medicamentos por mulheres na pós-menopausa.

Por conta da redução na produção de estrogênio após a menopausa, estima-se que a osteoporose atinja um pouco menos de 20% das mulheres com 50 anos ou mais.
Entre os homens, as taxas estimadas não passam de 6%, descreve o boletim.

O trabalho não questiona o benefício dos bisfosfonatos -remédios mais usados contra a doença- de forma geral, mas alerta que não há garantias de efetividade da droga após uso prolongado.

“Não há evidência clara de benefício pelo uso além de três anos e há relatos de eventos adversos desagradáveis, apesar de pouco frequentes”, diz Márcia Fernandes, técnica da agência que trabalhou na produção da análise.

Um desses eventos adversos é a fratura atípica (por exemplo, no meio do fêmur). Já as fraturas nas vértebras e no fêmur na altura da virilha são tidas como típicas em pacientes com osteoporose.

As conclusões da Anvisa vão na mesma linha do relatório divulgado, em setembro de 2011, pela FDA (agência americana que regula remédios e alimentos). À época, a agência afirmou que os bisfosfonatos só tinham benefícios comprovados na prevenção de fraturas até três anos. E informou que, após o quinto ano, não havia mais melhoria na densidade óssea.

MANTER OU NÃO

O alerta que faz o boletim da Anvisa já é de conhecimento dos especialistas brasileiros. Eles, no entanto, acham que o estudo pode ser um aviso importante aos não especialistas que tratam pacientes com osteoporose.

“Tem muita gente usando bisfosfonato há bastante tempo. Os especialistas sabem [do alerta], os generalistas não. E tem muito generalista tratando osteoporose”, diz Bernardo Stolnick, vice-presidente do comitê de doenças osteometabólicas da SBOT (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia).

Para decidir manter, suspender ou trocar de droga é preciso avaliar questões como o passado de fraturas e o aumento da massa óssea, diz Sebastião Radominski, coordenador da comissão de osteoporose da Sociedade Brasileira de Reumatologia.

“Há pacientes que, três ou quatro anos depois, continuam com altíssimo risco de ter uma fratura comum, que não aumentaram a massa óssea. Não tenho dúvida [de que ele deve manter o uso]. Porque, assim, você evita 240 fraturas típicas frente a uma atípica que poderia ocorrer”, diz.

Stolnick lembra que há remédios que servem de alternativa aos bisfosfonatos, como o ranelato de estrôncio.

“É uma excepcional alternativa para quem usou o bisfosfonato e tem que parar após três ou cinco anos.” Em fevereiro, o uso da substância foi aprovado no país para o tratamento de homens.

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