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Osteoporose: especialista ensina a evitar fraturas e melhorar qualidade de vida

Mais Você aborda o tema osteoporose

‘Medicação específica é importante. Alimentação e atividade físicas também’ ressaltou o ortopedista Bernardo Stolnicki

A osteoporose é uma doença silenciosa que atinge 10 milhões de pessoas no Brasil. Muita gente só descobre que tem a doença quando leva um tombo ou sofre uma fratura. Segundo a Fundação Internacional de Osteoporose, uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens acima de 50 anos sofrem alguma fratura graças a osteoporose durante a vida. “De acordo com os médicos, o grande perigo é a segunda fratura, quando o osso já não está tão forte e as lesões podem ser ainda mais graves”, lembrou Ana Maria.

Na Casa de Cristal, o Mais Você recebeu o ortopedista Bernardo Stolnicki, presidente do Comitê de Doenças Osteometabólicas da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, que mostrou dois tipos de ossos. Um está “saudável” e outro já apresenta problemas de osteoporose. “O osso tem duas camadas: a parte de fora, cortical, e a parte de dentro, a esponjosa. Osteoporose significa osso esponjoso. Quando o osso enfraquece, ele afina a estrutura da parte de fora e muda a estrutura da parte de dentro”, contou o especialista.

Evitando as fraturas

Quando isso acontece, uma queda que, normalmente, não causaria a fratura do osso, pode virar um grande risco. “Nosso grande objetivo é evitar que as pessoas tenham fraturas. Algumas medicações conseguem alterar de maneira suficiente a microarquitetura do osso, que passa a ter um pouco mais de resistência”, ressaltou Bernardo.

A atividade física é um dos aliados do combate à doença. “Medicação específica é importante. Alimentação e atividade físicas também são detalhes importantes para o tratamento. Com a mudança da qualidade de vida, você consegue evitar as fraturas”, indicou o ortopedista.

A importância do sol para prevenir a doença

Um aliado ao combate da osteoporose é o sol. Ele ativa a vitamina D, que ajuda a fixar o cálcio no osso. Porém, um alerta: se você usar protetor solar, não conseguirá o efeito desejado. “Sou a favor do uso do filtro solar. Porém, existe uma janela de horário em que os dermatologistas permitem que você pegue sol sem filtro: 8h, 17h. Meia hora por dia é suficiente”, indicou Bernardo.

Muitas vezes, a pele idosa não consegue absorver muito bem os raios ultravioletas para ativar a vitamina D. Alguns alimentos, como o ovo, o peixe e a carne, possuem vitamina D, mas em quantidade muito pequena. Em alguns casos, a saída é o complemento. “O ideal é que você tome um suplemento. A partir da menopausa, a mulher deve ficar de olho nisso. Estamos vivendo mais, o segredo é viver melhor”, recomendou o ortopedista.


Tipo popular de operação de joelho tem pouca eficácia na maioria dos pacientes

Milhares de pessoas podem estar se submetendo a um popular procedimento para o joelho sem necessidade. Comumente realizada por atletas e idosos, a artroscopia é pouco eficiente na maioria dos casos, segundo um estudo publicado no “New England Journal of Medicine”. Mas, por ser pouco invasiva, é hoje a cirurgia ortopédica mais comum nos EUA: são cerca de 700 mil por ano, representando um custo estimado de US$ 4 bilhões.

Cientistas finlandeses avaliaram indivíduos com rompimento do menisco, uma cartilagem em forma de meia lua que ajuda a amortecer e estabilizar os joelhos. E sugerem que a cirurgia, cujo nome técnico é meniscectomia parcial artroscópica, é até eficiente, mas para um número reduzido de pacientes. Cerca de 80% das lesões ocorre por degeneração das articulações, o que está relacionado à artrose. Alguns pesquisadores acreditam que, nestes casos, a operação não tem muito resultado.

— Pesquisadores vêm gradualmente mostrando que esta operação não tem muito valor — afirmou ao “New York Times” David Felson, professor de Medicina e Epidemiologia na Universidade de Boston.
No Brasil, também é popular. Geralmente, durante o procedimento, é feita uma pequena incisão com o bisturi e, em seguida, acomodado um artroscópio, um dispositivo acoplado a uma câmera. A partir das imagens geradas, o médico suaviza as bordas irregulares do menisco. É um processo relativamente simples e de rápida recuperação, o que aumenta o número operações.

Para o ortopedista especialista em cirurgia do joelho, João Maurício Barretto, chefe da do serviço de Ortopedia da Santa Casa da Misericórdia do Rio, ela tem baixo risco e alivia as fortes dores na articulação. Porém, concorda que muitas vezes é contra-indicada.

— O resultado da cirurgia tem uma íntima relação com a qualidade da indicação, ou seja, por que ela está sendo feita. O que se vê hoje é que há um abuso. Médicos indicam a operação baseados só em ressonância magnética. Às vezes, o paciente tem outros problemas, e a cirurgia acaba adiantando pouco ou nada — comenta Barretto.

O especialista explica que a primeira abordagem deve ser clínica: com fisioterapia e exercícios. Eventualmente, se as dores não melhorarem e o paciente não tiver outros motivos relacionados aos sintomas, é indicada a artroscopia.

— A cirurgia deve ser o último recurso. Ele tem que estar com muita dor, que não tenha melhorado com tratamento conservador, e tenha uma diminuição grande da mobilidade — avalia Arnaldo Libman, fisiatra e diretor médico do Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo (Creb).

Para evitar a cirurgia, Libman aconselha tentar antes medicamentos, sessões de hidroterapia, acupuntura, reabilitação, fortalecimento da musculatura no entorno do joelho e até a chamada disco suplementação (injeções de ácido hialurônico). Outros exames, como a avaliação tridimensional do movimento do pé, também são indicados.

Cirurgia falsa para estudo

No estudo finlandês, os voluntários receberam anestesia e incisões. Enquanto alguns passaram pelo procedimento cirúrgico, outros, apenas por simulações. Um ano depois, a maioria disse se sentir melhor, inclusive os da cirurgia falsa.

— Isto dá mais credibilidade a outras pesquisas que têm demonstrado que a artroscopia nem sempre faz diferença — disse ao “New York Times” David Jevsevar, presidente de um comitê da Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos.

O estudo envolveu cinco hospitais e 146 pacientes, com idades entre 35 e 65 anos, com lesões e dor no joelho. Metade ainda tinha problemas mecânicos, como travamento ou estalos na articulação.

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Após cirurgia, Lucas tem previsão de retorno em três meses

O Botafogo ainda pode ter esperança de contar com o lateral direto Lucas no Campeonato Brasileiro. Nesta quinta-feira, o médico do clube, Rodrigo Kaz, explicou como será feita a recuperação do jogador, que passou por cirurgia nesta quarta-feira, e afirmou que a previsão é de que o atleta volte aos gramados em três meses.

“O Lucas sofreu um trauma no tornozelo com uma fratura na fíbula e teve também uma lesão ligamentar que geralmente vem junto. Não foi nada grave. A cirurgia foi feita com sucesso. Não tenho como prever a data certa de retorno, mas a estimativa é de que em três meses ele esteja pronto para jogar”, afirmou Kaz.

Lucas se machucou no segundo tempo da derrota do Botafogo por 2 a 1 no último domingo, contra o Grêmio, pela 7ª rodada Campeonato Brasileiro. O lateral carregava a bola pelo campo de ataque, quando foi acertado por um carrinho duro de Zé Roberto. O pé esquerdo do botafoguense ficou preso no gramado, e ele se contorceu em dores, sendo substituído aos 15 minutos.

Exames confirmaram uma fratura no tornozelo do atleta, que foi submetido a uma cirurgia no fim da tarde da última quarta-feira. Logo após o anúncio da lesão, especulou-se que o lateral ficaria seis meses fora e, com isto, se ausentasse do restante do Campeonato Brasileiro. No entanto, isto não deve acontecer.

“Na próxima semana, ele já começa a reabilitação com fisioterapia e são seis semanas sem colocar o pé no chão. Na teoria, a recuperação de um atleta nesse caso é entre três e seis meses, mas o Lucas é disciplinado na recuperação de lesões, que são poucas”, completou o médico.

Apesar do desfalque pelos próximos três meses, o Botafogo não irá contratar outro lateral. A diretoria avalia que Gilberto e Edilson são capazes de “segurar a bronca” até a volta de Lucas. O primeiro, jovem revelado nas categorias de base do clube, já deve ser titular neste sábado, contra o Náutico, em São Januário.