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Lúpus não é uma doença exclusiva entre mulheres de 15 a 35 anos

Embora acometa principalmente mulheres entre 15 e 35 anos, o lúpus não é uma doença exclusivamente feminina, e dentro desta faixa etária. De acordo com o reumatologista do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo -, Camilo Tubino Schuindt,...

Embora acometa principalmente mulheres entre 15 e 35 anos, o lúpus não é uma doença exclusivamente feminina, e dentro desta faixa etária. De acordo com o reumatologista do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo -, Camilo Tubino Schuindt, o lúpus é uma doença crônica, sistêmica e de causa desconhecida, que também aparece em homens e mulheres acima dos 50 anos.

“É bem verdade que entre a grande maioria de pacientes com lúpus estão mulheres dos 15 aos 35 anos. Mas temos pacientes homens, acima dos 50 anos também. É falso pensar que a doença está restrita ao universo feminino, naquela faixa etária. Mas as estatísticas mostram que para cada homem acometido, há oito ou nove mulheres com lúpus”, revela o médico. Segundo ele, os sintomas variam de paciente para paciente, mas os mais comuns são manifestações na pele, principalmente nas áreas expostas ao sol, dores articulares, anemia, alterações dos glóbulos brancos e plaquetas e doença renal.

O reumatologista explica que o diagnóstico é baseado em critérios clínicos e exames laboratoriais, a doença não é contagiosa e tem tratamento. “Um reumatologista deve ser procurado. O tratamento varia de paciente para paciente e depende dos sintomas apresentados. OU seja, é um tratamento individualizado. É preciso adotar uma dieta saudável, realizar exercícios físicos regulares e há remédios específicos para quem tem lúpus”, diz, pontuando que a exposição ao sol deve ser evitada e que o uso de bloqueadores solares é recomendado.


Lombalgia aguda e crônica: é preciso consultar um especialista

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 85% da população mundial sofre, sofreu ou irá sofrer dores na coluna. De fato, dores na região lombar são as que mais afetam as pessoas, perdendo apenas para a dor de cabeça. A lombalgia é a dor ou...

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 85% da população mundial sofre, sofreu ou irá sofrer dores na coluna. De fato, dores na região lombar são as que mais afetam as pessoas, perdendo apenas para a dor de cabeça. A lombalgia é a dor ou sensação de peso, ou mesmo de queimação na região lombar, ou próximo das nádegas, e pode irradiar para as pernas e nádegas, provocando dormências e formigamento, até mesmo nos pés. Ao menor sinal de dor na região, é preciso consultar um especialista para tratamento.

“A região lombar se localiza entre a última costela e o início da nádega. Não é nada incomum sentirmos dor nessa região. Muitas vezes, trata-se de um mal jeito, uma noite mal dormida, um esforço excessivo, mas também pode ser indicativo de algum problema maior. A dor lombar pode indicar uma inflamação, uma infecção, hérnia de disco, alguma doença abdominal ou pulmonar ou mesmo uma artrose. É preciso procurar um especialista, porque quando mais cedo tratamos problemas na coluna, melhores resultados alcançamos”, explica o Reumatologista e Fisiatra do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo – e Professor de Reumatologia da UFRJ, Haim Maleh.

Segundo Maleh, existem, basicamente, dois tipos de lombalgia: lombalgia crônica e lombalgia aguda. “A lombalgia aguda é mais comum nos jovens, e aparece normalmente após um esforço físico extra. Dura menos de duas semanas, embora possa chegar a quatro ou seis semanas, em casos mais graves. Já a lombalgia crônica é mais comum em pessoas com mais idade e permanecem mais longamente. A lombalgia aguda surge a partir de uma inflamação das estruturas da região lombar, provavelmente após uma queda, impactos diretos, má postura ou excesso de exercício físico. Já a lombalgia crônica nem sempre tem sua causa direta definida, mas questões genéticas, tabagismo, obesidade e falta de exercício físico ajudam a explicá-la.

O médico ressalta que o tipo e grau da lombalgia e as características do paciente indicarão o melhor tratamento. É fundamental um correto diagnóstico para que o tratamento possa ter o melhor resultado, o que é possível. O tratamento pode ser medicamentoso e utilizar de protocolos que incluem hidroterapia, RPG, Pilates e acupuntura, crioterapia compressiva e eletroterapia, serviços oferecidos pelo CREB, que dispõe, por exemplo, de duas piscinas próprias para hidroterapia e estúdio de Pilates. “As dores da lombalgia são incômodas mesmo e podem deixar a pessoa sem condições de andar e praticar suas atividades diárias, mas o tratamento correto irá trazer alívio para o paciente”, garante.


Uso de salto alto pode explicar alto índice de artrose entre mulheres

A incidência da artrose é duas vezes mais comum em mulheres do que em homens. Tal fato pode ser explicado, entre outras razões, pelo resultado de uma pesquisa da Universidade de Stanford, no Reino Unido, que chegou a conclusão de que o uso de calçado...

A incidência da artrose é duas vezes mais comum em mulheres do que em homens. Tal fato pode ser explicado, entre outras razões, pelo resultado de uma pesquisa da Universidade de Stanford, no Reino Unido, que chegou a conclusão de que o uso de calçados com salto alto, em média de nove centímetros, provoca alterações no andar, e tais alterações são semelhantes àquelas observadas durante o envelhecimento de joelhos com artrose.

Uma das mais comuns doenças reumáticas, a artrose acomete homens e mulheres, principalmente na terceira idade. Um número cada vez maior de pessoas entre 30 e 50 anos, no entanto, têm sofrido dores provocadas pelo desgaste das articulações de joelhos, quadris, tornozelos e coluna. O número de mulheres com artrose é o dobro do número de homens, e a pesquisa de cientistas do Reino Unido ajuda a entender melhor tal quadro.

– Todos temos um eixo central, que nos dá equilíbrio. O uso regular do salto alto altera esse eixo, forçando o posicionamento do pé para frente. As estatísticas apontam que 60% das pessoas na terceira idade sofrem com a artrose. Neste caso, é um desgaste comum devido à idade. Mas no caso de pessoas entre 30 e 50 anos, a artrose geralmente é fruto de trauma, uma carga excessiva de exercícios quando mais jovem. E o número de pessoas nesta faixa etária nos consultórios médicos, com diagnóstico de artrose, é cada vez maior – afirma o Reumatologista e Fisiatra do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo – e Professor de Reumatologia da UFRJ, Haim Maleh.

O médico explica que inicialmente a artrose pode não apresentar sintomas, mas pode ser diagnosticada por meio de exames de imagem, como a radiografia e ultrassonografia articular. O principal sintoma é a dor, dificuldade em iniciar o movimento, crepitação (estalos) da articulação e diminuição da mobilidade articular (rigidez articular).

– O desvio do eixo articular visto pelo raio-x, associado a dor e a dificuldade de mobilidade articular pode significar artrose. Quanto mais precoce diagnosticarmos a doença, melhor será a orientação do tipo de atividade fisioterápica de reabilitação, assim como o exercício físico que mais se adapta a essa pessoa. Por isso consultar um médico especialista ao menor sinal de dores é tão importante. As pessoas muitas vezes costumam não dar atenção a estas pequenas dores, acreditando que são passageiras e normais. Mas dor é um sintoma. Em qualquer esporte há sobrecarga articular, que se associado a uma forma errada de pisada (forma não neutra) pode agravar o quadro de artrose – diz.

No CREB, o exame de avaliação tridimensional do movimento, em que determinamos o tipo exato de pisada e as zonas de maior pressão de apoio, nos dá a oportunidade de corrigir a forma de pisar, por meio de palmilhas específicas e individualizadas, melhorando dores nos pés, joelhos, quadris e coluna lombar, assim como marcha e equilíbrio. A boa notícia é que há possibilidade de se tratar, na maioria das vezes sem cirurgia. Técnicas de fisioterapia, hidroterapia e Pilates são recursos utilizados, mas que devem ser prescritos pelo Reumatologista e Fisiatra. É preciso estar atento aos sintomas e consultar o seu médico.