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Chocolate pode ser bom para prevenir acidente vascular cerebral

Qualquer pessoa sabe os efeitos que o chocolate produz entre aqueles que precisam perder peso. Mesmo entre aqueles que mantém boa forma, a opção por este alimento deve ser moderada. Mas nem tudo é como parece ser: estudos científicos vem demonstrando que o chocolate pode ajudar na prevenção de doenças cardíacas, de acidentes vasculares cerebrais, doenças reumáticas e até um modesto efeito de redução da pressão arterial.

O conceituado jornal The New England Journal of Medicine publicou um artigo relacionando países com maior consumo de chocolate com os ganhadores de prêmios Nobel. Segundo a pesquisa, os países que mais receberam o prêmio são aqueles onde há maior consumo de chocolate. “Claro que este estudo não prova nada, mas a verdade é que o cacau é uma planta rica em flavonoides, que possuem atividade antioxidante. Isso pode, sim, trazer efeitos benéficos. Mas não devemos esquecer que não comemos o cacau puro, mas com açúcar e gordura”, aponta o professor da UFRJ e fisiatra e reumatologista Haim Maleh, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

O médico diz que uma boa alimentação é fundamental para qualquer tratamento e excessos sempre devem ser evitados.


Fumantes têm o dobro de risco de desenvolver artrite

Também conhecida como artrose, a osteoatrite é a degeneração da cartilagem que amortece o peso do corpo sobre as nossas articulações. O problema pode ser originado devido a flacidez muscular, tendões e ligamentos subutilizados e variações genéticas que levam algumas pessoas a ter cartilagens menos resistentes. “Outro fator muito comum é o sedentarismo ou o excesso da atividade física”, explica o fisiatra e reumatologista Eduardo Sadigurschi, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

Dois novos estudos, publicados nas conceituadas revistas Arthritis Research & Therapy e Annals of the Rheumatic Diseases, apresentam considerações sobre o fumo e a doença. No primeiro estudo, realizado na Suécia, foi constatado um aumento impressionante do risco de desenvolver artrite reumatoide em mulheres fumantes. Segundo a pesquisa, aquelas que fumam de um a sete cigarros diariamente têm o dobro do risco de desenvolver artrite quando comparadas com mulheres não fumantes. Já entre aquelas que pararam de fumar, o risco de contrair a doença caiu em 33%. O segundo estudo apontou o risco do fumo na evolução de pacientes portadores de um grupo de doenças chamadas espondiloartropatias, em que a mais conhecida é a Espondilite Anquilosante. Os cientistas autores do trabalho conseguiram demonstrar uma relação dose-dependente entre fumo e progressão das deformidades na coluna destes pacientes.

“Obviamente que nem todos fumantes irão contrair a doença, mas o estudo mostra que os fumantes têm risco muito maior de desenvolver a artrite. E quando essas pessoas têm artrite, a evolução da doença é pior”, diz o Dr. Eduardo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, mais de 50% da população acima de 45 anos apresenta algum sinal de osteoatrite, a mais comum entre as mais de 100 formas da artrite, a degeneração das articulações. A OMS diz que a doença vem ganhando uma abrangência de epidemia.

– Vale ressaltar que temos disponível atualmente medicamentos que podem influir na evolução da artrose, melhorando-a e impedindo em muitos casos a evolução. A boa notícia é que uma nova geração de drogas está enfrentando a doença com resultados muito satisfatórios, devolvendo a pacientes sua qualidade de vida.


Lombalgia: é preciso perder peso e fazer atividade física

Embora acometa principalmente pessoas idosas, cada vez é maior o número de pessoas jovens que procuram o consultório médico devido a uma lombalgia, que se caracteriza pela dor na região lombar. Segundo o ortopedista Marcio Taubman, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo – o sedentarismo e a obesidade são os principais motivos para que cada vez mais jovens tenham lombalgia.

“Idosos sentem naturalmente dor nas costas e isso é um processo degenerativo natural da vida. Mas jovens também estão procurando os médicos, e o número de pacientes nesta faixa etária aumenta cada vez mais. A sobrecarga na coluna vertebral e seu desalinhamento, em função de má postura, podem provocar a lombalgia. Mas sedentarismo e obesidade são fatores primordiais. Recebemos, no consultório, muitos jovens que passam o dia inteiro diante de um computador ou um videogame. Não se exercitam e têm vícios de postura”, explica o médico.

Segundo ele, as causas da lombalgia podem ser de origem degenerativa, inflamatória, infecciosa, gestacional, congênita ou mecânico postural. “A lombalgia pode provocar dores fortes e constantes. E quando essas dores irradiam para um ou os dois membros inferiores, trata-se de uma lombociatalgia. O importante é ao menos sinal de dor procurar um especialista. A lombalgia tem tratamento e os resultados podem ser excelentes. “Se a pessoa não buscar a ajuda médica, não praticar exercícios e não cuidar de sua postura, é possível que venha a ter problemas maiores como artroses, cardiopatias e hérnias de disco. Alterações na coluna vertebral, como as hiperlordoses – mais comuns nas mulheres – e a hipercifose torácica – frequente tanto no sexo masculino como feminino – são muito constantes. Quem sente dores regulares precisa primeiro conversar com o médico, para ser bem orientado”, finaliza ele.