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Espondilite anquilosante acomete principalmente homens na faixa dos 25 anos

Dor constante nas nádegas ou na coluna lombar, por mais de três meses, com rigidez nos locais doloridos pode ser um sintoma de uma patologia conhecida como espondilite anquilosante. “Trata-se de uma artropatia inflamatória crônica, autoimune, que acomete principalmente a coluna vertebral, a bacia, os quadris e os ombros. A espondilite também pode atingir o intestino, os rins, os ossos, o coração, os vasos sanguíneos e os olhos. Os homens são seis vezes mais afetados do que as mulheres”, explica o fisiatra e reumatologista do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo, Haim Maleh.

Segundo ele, as dores acontecem principalmente pela manhã e, ao contrário do que se possa imaginar, um período de repouso pode piorar o problema. “A prática de exercício físico é o melhor a fazer. A espondilite anquilosante aparece principalmente por volta dos 25 anos de idade, mas apesar de pouco comum também pode acometer jovens antes dos 16 anos e pessoas com mais de 45 anos. As mulheres geralmente apresentam um quadro clínico mais leve”, diz.

O médico do CREB esclarece que a doença possui predisposição genética e que além de fisioterapia e tratamento medicamentoso, algumas dicas devem ser seguidas pelos pacientes. “É preciso estar atento a alguns detalhes. O colchão utilizado, por exemplo, deve ser firme, sem depressões. Uma tábua pode ser usada entre o colchão e o estrado da cama. Atividade física regular também é muito importante. Ao menor sinal de dores, um especialista deve ser consultado, para que o diagnóstico seja determinado e o tratamento iniciado”, finaliza ele, realçando que a hidroterapia aumenta a capacidade pulmonar e a acupuntura auxilia no tratamento, ao lado da correção postural feita através do RPG.


Pessoas que estão acima do peso podem sentir mais dores

Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, com mais de um milhão de norte-americanos, revela que há uma relação entre obesidade e dor. Segundo a pesquisa, várias condições crônicas que causam dores são mais comuns em pessoas que estão acima do peso e, principalmente, entre aquelas que estão obesas. Entre outras condições crônicas estão a artrite, depressão, fibromialgia, diabetes tipo 2 e dor nas costas.

A pesquisa observou que pessoas com excesso de peso sentem mais dores do que pessoas com peso compatível. “Uma pessoa que está acima do peso ou, principalmente, obesa, está mais propensa, por exemplo, a ter problemas na coluna, nos joelhos e nos pés. A relação entre o excesso de peso e as dores no corpo é complexa, mas certamente influencia. Obviamente que uma pessoa magra pode sentir dores, mas aqueles que têm sobrepeso estão mais propensos a estes problemas”, afirma o Dr. Haim Maleh, fisiatra e reumatologista do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

O médico ressalta que não há comprovação alguma de que a gordura, por si só, causa dor. Trata-se, explica ele, de uma associação. “Mesmo porque é muito comum o excesso de peso estar acompanhado de uma alimentação desregrada e sedentarismo. Essa má qualidade de vida é uma porta para doenças”, explica.

– É muito comum encontrar pessoas obesas e com problemas na coluna. Mas o que muita gente não sabe é que não são apenas os obesos que enfrentam tal problema. Aqueles que brigam com a balança também estão expostos a esse mal. A cada dez quilos a mais do que o recomendado para o peso da pessoa, as chances de dor nas costas e problemas na coluna aumentam em 20%. Ter cuidado com a postura é fundamental. E fazer exercício físico regular também. Quem está acima do peso deve procurar um especialista, para fazer exames e ser orientado na prática de exercícios. Essa orientação é fundamental, para que não haja sobrecarga na coluna vertebral. E quando o paciente desenvolve uma hérnia de disco, é necessário fazer uma avaliação para indicar o melhor tratamento. Ao menor sinal de dor, procure um médico – finaliza ele.


Sambar com salto alto pode desafinar a saúde

Se no verão as academias ficam lotadas por aqueles que querem reaver ou realçar a forma física, na época de carnaval as escolas de dança recebem um número cada vez maior de alunos que querem fazer bonito no samba. Nada mais saudável e apropriado, indicam os médicos, mas com um senão: samba e salto alto é uma conjugação perigosa, que pode trazer consequências nada agradáveis. De acordo com o médico fisiatra do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo, Dr. Antônio D’Almeida, dançar com salto alto,principalmente para quem não está acostumada, pode transformar o prazer em dor. E trazer problemas generalizados, que vão dos dedos dos pés à coluna lombar.

“Não há dúvidas de que o salto alto aumenta, e muito, o risco de lesões. A mulher que vai sambar deve ter consciência do tipo de calçado que irá usar. A gente sabe que o salto alto traz elegância para a mulher, mas se ela não está acostumada a sambar de salto alto poderá ter uma série de problemas. Sambar não é tão simples assim, exige muito do corpo”, alerta o médico do CREB, explicando que o salto interfere no eixo central que todos temos, atrapalhando o equilíbrio e, a partir daí, podendo causar graves problemas.

– Quando uma mulher utiliza um sapato de salto alto, necessariamente altera este eixo porque força o posicionamento do pé para frente. Esta má posição e o desconforto do próprio sapato podem provocar uma série de problemas. Ainda mais quando a idéia é sambar, o que exige coordenação, equilíbrio e ginga. A situação pode se agravar se o sapato tiver salto alto e bico fino, que aperta os dedos dos pés, com risco de entorse e lesões dos ligamentos e tendões – explica o Dr. Antônio.

O uso do Salto alto, conjugado com a ginga do samba, pode causar problemas que começam no ante-pé (cabeça dos metatarsos), pois o pé fica inclinado, forçando tal região. A sambista poderá ter uma lesão da cabeça da metatarso, a chamada metatarsalgia, que ocasiona dor e calosidade no local. Como o pé fica constantemente inclinado, essa posição força a panturrilha, o que também pode gerar uma tendinite. Isso sem falar que o salto alto também força a lordose, que causa lesões na musculatura da região lombar, trazendo dores na coluna e até problemas no joelho.

– As mulheres que saem para sambar querem se divertir. Por isso, precisam estar adequadamente vestidas para isso, não é verdade? Mas é preciso ter consciência do tipo de calçado que irá utilizar. Se por um lado o salto alto traz elegância, o sapato de salto baixo traz segurança e conforto. E, assim, a mulher pode sambar melhor, com mais prazer. E pode se divertir, evitando problemas – finaliza o médico do CREB.