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Surfista precisa se alongar e cuidar do condicionamento físico

O surfe é um esporte que está se profissionalizando muito nos últimos anos. Foi-se o tempo em que o surfista era aquele sujeito descompromissado, que perdia horas e horas pegando ondas na praia. Profissionais vivem disso, uma indústria gera uma receita extraordinária com produtos, revistas, filmes, roupas e até alimentos e o surfe definitivamente ganhou a mídia. Daí termos cada vê mais pessoas de ambos os sexos, e das mais variadas idades, se dedicando ao esporte.

Mas engana-se que basta colocar uma prancha debaixo do braço e enfrentar as ondas com coragem e equilíbrio. “Mudanças da maré, grandes ondas, correntezas e o desgaste do esporte exigem muito do surfista. É preciso ter um bom condicionamento físico para se dedicar ao esporte, ainda que a intenção da pessoa seja apenas se divertir. O surfe é hoje uma excelente oportunidade de condicionamento físico. Mas é preciso estar preparado para adotá-lo”, avisa o ortopedista especialista em medicina do esporte, João Marcelo Amorim, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

O médico do CREB diz que é indispensável se aquecer antes de praticar o surfe. “Da mesma forma que o atleta se alonga antes de correr ou jogar futebol, é preciso fazer o mesmo antes de praticar o surfe. Ele lembra que a própria coluna vertebral fica exposta nas quedas, que muitas vezes são fortes o suficiente para machucar o surfista. O médico acrescenta que o condicionamento cardiovascular e o treinamento devem fazer parte da preocupação daqueles que querem praticar esta atividade.

– Não é raro receber surfistas no consultório, com queixas como dores na coluna vertebral, inflamações, enfim, com algum problema gerado pelo esporte. Ao sinal de qualquer dor, é preciso procurar um especialista, inclusive por aqueles que querem começar a pratica o esporte – finaliza o médico.


Artrose: 20% dos adultos brasileiros são acometidos pela doença

Os números revelam com exatidão o tamanho do problema. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), a artrose afeta nada menos do que 15 milhões de brasileiros. As estatísticas demonstram que 20% dos adultos brasileiros são acometidos pela doença, que está ligada diretamente ao envelhecimento, evoluindo de forma degenerativa pelo desgaste da cartilagem.

Outro número revelador é que mais de 70% das pessoas na faixa etária acima de 70 anos têm evidência radiográfica da artrose, mas nem todos desenvolvem os sintomas. A artrose acomete homens e mulheres indistintamente, atingindo, principalmente, articulações que sustentam o nosso peso, como joelhos, coluna e quadris.

“A artrose é uma das mais comuns doenças reumáticas, que acomete tanto homens quanto mulheres, principalmente na terceira idade. Também conhecida como osteoartrose, osteoartrite, artrite degenerativa e doença articular degenerativa, é uma doença reumática que incide principalmente nas articulações dos joelhos, coluna vertebal, quadril, mãos e dedos. Mas quem pensa que essa doença acomete apenas idosos está muito enganado. Um número cada vez maior de pessoas entre 30 e 50 anos têm sofrido dores provocadas pelo desgaste das articulações de joelhos, quadris, tornozelos e coluna”, afirma o reumatologista e fisiatra Eduardo Sadigurschi, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo. Segundo ele, a doença é um desgaste comum na terceira idade, mas entre pessoas entre 30 e 50 anos geralmente é fruto de algum trauma ou uma carga excessiva de exercícios.

De acordo com o Dr. Eduardo, o diagnóstico precoce da doença é fundamental. “O desvio do eixo de um membro que dói e a dificuldade de movimentá-lo pode significar artrose. Se diagnosticarmos a doença mais cedo, podemos mudar a rotina de exercícios pesados da pessoa. Por isso consultar um médico especialista ao menor sinal de dores é tão importante. As pessoas muitas vezes costumam não dar atenção a estas pequenas dores, acreditando que são passageiras e normais. Mas dor é um sintoma. Em qualquer esporte há sobrecarga. È preciso estar atento”, explica ele.

O médico do CREB lembra que a artrose pode não apresentar sintomas no início, mas poderá ser diagnosticada através de exames de imagem. O principal sintoma é a dor, que pode progredir para dores que são sentidas mesmo durante o repouso. O tratamento é feito com medicamentos e reabilitação física, com protocolos que incluem eletroterapia, exercícios corretivos, hidroterapia e acupuntura. Atividade física regular e alimentação adequada também são importantes. “É possível recuperar a qualidade de vida perdida. Mas, volto a dizer, um especialista deve ser procurado ao menor sinal de dor”, finaliza ele.


Massagem é excelente contra dores e pode reduzir inflamações nos músculos

Uma massagem com duração de apenas dez minutos pode ajudar a reduzir uma inflamação nos músculos. É o que garantem pesquisadores da Universidade de McMaster, no Canadá, que através de pesquisa acreditam que a massagem tem potencial não só para ajudar atletas cansados, mas pessoas que sofrem de inflamações como artrite ou distrofia muscular. De acordo com os cientistas canadenses, a massagem alivia tensões musculares e dores e aciona sensores bioquímicos que podem enviar sinais de redução de inflamação nas células musculares.

Os cientistas acompanharam 11 homens na faixa dos 20 anos. Em um primeiro momento, a capacidade de se exercitarem foi avaliada individualmente. Depois, eles pedalaram em uma bicicleta por mais de 70 minutos, até a exaustão e, em seguida, descansavam por dez minutos. Durante o descanso, um massagista aplicava óleo nas pernas dos voluntários e faziam massagem com técnicas utilizadas em reabilitação física. Resultado: biópsias musculares eram feitas nas duas pernas e repetidas duas horas e meia depois e os pesquisadores viram que a inflamação diminuiu na perna massageada.

A pesquisa foi publicada na revista “Science Translational Medicine”. Os resultados apontam para o fato de que a massagem age sobre a dor muscular pelo mesmo mecanismo biológico que a maioria dos medicamentos contra dor e pode ser uma alternativa efetiva.

– Um músculo saudável é fundamental para o movimento e para as atividades do dia a dia. Atualmente, se dá muita atenção a sarcopenia, ou seja, a diminuição da massa e força muscular, especialmente em pessoas mais idosas. Ao menor sinal de dores, a pessoa deve procurar um especialista. Temos protocolos, que incluem massagens terapêuticas, hidroterapia, acupuntura, RPG e fisioterapia que devolvem ao paciente a qualidade de vida perdida – comenta Haim Maleh, reumatologista e fisiatra do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.