CONTEÚDO CREB SOBRE SAÚDE

News | Viva sem dor

 

Dor na coluna, saiba como evitá-la

A Organização Mundial da Saúde informa que 85% da população de todo o planeta tem, teve ou terá dores nas costas. E uma pesquisa recente do Ministério da Saúde, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), mostrou que cerca de 80% das pessoas passam muito tempo em frente ao computador e a televisão. Esse comportamento sedentário pode causar vários problemas de saúde, como as doenças de coluna.

Mas é possível fugir de estatísticas tão definitivas? A boa notícia é que pequenos cuidados no dia a dia podem trazer uma melhor qualidade de vida e evitar dores na coluna. “As pessoas têm trabalhos exaustivos e por longas jornadas. Uma pessoa que passa o dia inteiro sentado, diante de um computador, deve tomar alguns cuidados, como por exemplo, a cada hora – ou no máximo duas horas – se levantar, fazer uma pequena caminhada e realizar alongamentos dos braços e pernas”, diz o fisiatra e reumatologista Haim Maleh, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

Segundo ele, erros de postura cometidos no dia a dia e vícios posturais podem se transformar em danos à coluna e, consequentemente, dor. “Ao menor sinal de dor, é preciso procurar um médico para não deixar o problema evoluir. Além do hábito da boa postura, a prática de caminhadas, exercícios de alongamento e as atividades esportivas são importantes para a prevenção de dores nas costas”, explica.

Segundo o Dr. Haim Maleh, seis pequenas dicas podem ser muito úteis no combate a problemas na coluna. “Ao permanecer sentado, o ideal é que os pés estejam apoiados para que os joelhos fiquem levemente mais altos do que o quadril”, ensina o médico. Segunda pequena dica é ao atender o telefone, não apoiar o gancho do telefone  entre o pescoço e o ombro. “Este hábito pode provocar dor na cervical e agravar alguns problemas pré-existentes na coluna”, avisa. A terceira dica é flexionar sempre os joelhos e agachar ao pegar um objeto no chão. A quarta dica é jamais utilizar sapatos apertados e saltos altos, no caso das mulheres.

– Outra dica é passar a ter o saudável hábito de se espreguiçar regularmente. É um alongamento que solta às estruturas articulares e musculares. E a sexta dica, fundamental, é a prática regular de exercícios. A musculatura forte protege e fortalece a coluna, além de prevenir diversas doenças. E não se esqueça: ao sentir o menor sinal de dor, procure um médico – finaliza.


Metade da população idosa do país sofre com doenças crônicas

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam oficialmente que 48,9%, ou seja quase metade dos idosos do país, sofrem de doenças crônicas como problemas cardiovasculares, diabetes e câncer. A hipertensão é a doença que mais afeta os idosos, segundo a pesquisa, com 50%. Dores na coluna e artrite ou reumatismo também são frequentes e atingem 35,1% e 24,2% dos idosos acima de 60 anos.

Mas há como recuperar um pouco da qualidade de vida perdida e um médico especialista irá prescrever um tratamento amplo e personalizado, que prevê medicamentos, alimentação regrada, atividade física regular e protocolos que incluem hidroterapia, acupuntura e RPG, entre outros. “O primeiro passo é deixar o sedentarismo para trás, praticar exercícios regulares e adotar uma dieta balanceada, rica em cálcio, por exemplo. O sedentarismo deixa articulações ainda mais rígidas. O exercício moderado constante, ao longo da vida, ajuda a adiar essa degeneração. Além disso, o exercício regular fortalece os músculos, realinha a postura, promove o alongamento e dá consciência corporal. Bem orientado, o idoso poderá praticar uma atividade física regular de baixo impacto”, explica Eduardo Sadigurschi, fisiatra e reumatologista do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo, pontuando que a prática de exercícios físicos e uma alimentação adequada são condições básicas na busca pela melhor qualidade de vida.

– A idade avançada é um dos fatores que contribuem para essa condição. E anos de má postura geram efeitos cumulativos que alteram o funcionamento músculo-esquelético do indivíduo. As doenças degenerativas também têm impacto na postura, mesmo que seus efeitos não sejam sobre o esqueleto ou grupos musculares, porque podem desencadear um mecanismo de compensação. O paciente sente dor ou desconforto ao realizar um movimento, por exemplo, e altera o alinhamento postural para compensar a sensação ruim. Isso muda todo o equilíbrio físico e compromete as demais articulações. Um joelho afetado pela artrite, por exemplo, pode alterar o padrão da caminhada, o alinhamento do quadril, da coluna e até o movimento dos braços – explica o médico.

Segundo ele, o idoso sofre com a perda natural da elasticidade e do tônus muscular do corpo e isso pode ser ainda mais intenso pela falta do hábito da atividade física regular e de uma alimentação balanceada. Assim, atividades que podem parecer simples, como segurar uma panela de feijão pelo cabo ou coçar as próprias costas podem significar um grande sacrifício para aqueles que têm comprometimento por causa de doenças degenerativas, como a osteoporose, artrite, artrose, problemas neurológicos e ortopédicos, agravados pelo sobrepeso e sedentarismo.

– Procurar um especialista do aparelho locomotor é fundamental, para que haja um acompanhamento constante e de perto. Certamente é possível recuperar parte da qualidade de vida perdida – finaliza.


Pequenos cuidados ajudam a gestante a evitar dor na coluna

Estatísticas da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que 80% da população de todo o mundo têm, tiveram ou ainda terão dor nas costas. As principais causas são a má postura, o sedentarismo e o sobrepeso. E as grávidas naturalmente não ficam de fora desta estatística. “O aumento natural do volume da barriga da mulher altera o centro de gravidade de seu corpo. Em busca do equilíbrio, a gestante tende a jogar os ombros para trás, mudando inclusive o seu andar. O corpo busca compensações para essa situação, o que acaba gerando tensão e sobrecarga muscular. E, consequentemente, dor nas costas”, explica o fisiatra e reumatologista Haim Maleh, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

Se não bastasse o significativo aumento de peso, alterações hormonais também influenciam nas lombalgias das gestantes, acrescenta o médico. “Existe um hormônio chamado relaxina, que aumenta em até dez vezes durante uma gravidez e atua nas articulações, relaxando ligamentos e tendões das estruturas ósseas da pelve e da coluna vertebral, para facilitar que a bacia se abra no momento do parto. Esse afrouxamento dos ligamentos sobrecarrega a coluna e membros inferiores, ocasionando, muitas vezes, dores”, explica o Dr. Haim Maleh. “Além de tudo isso, muitas mulheres gestantes engordam mais do que o considerado ideal, têm sobrepeso e histórico de problema de coluna, o que agrava o quadro”, completa.

Mas se a desejada gravidez invariavelmente provoca dores na coluna, o que a gestante pode fazer em busca de uma melhor qualidade de vida durante os nove meses de gestação? “O ideal é que a mulher antes mesmo da gravidez pratique atividade física regular e esteja bem condicionada. Os grupos musculares abdominais são os que mais protegem a coluna. Se fortalecidos previamente, um tanto melhor. De qualquer forma, a gestante deve praticar atividade física regular, sempre orientada pelo seu médico. Atividades na água, como hidroterapia, são muito bem recomendadas. “A hidroterapia é excelente, além do que a água morna da piscina beneficia o relaxamento muscular. O pilates também é uma atividade muito boa, pois trabalha a flexibilidade e o controle respiratório e postural. Mas cada gravidez deve ser tratada individualmente. Então é fundamental que o médico seja consultado”, diz.

O médico do CREB lista algumas pequenas dicas para o dia a dia que certamente irão ajudar a gestante a evitar problemas de coluna. Estar atenta em manter a coluna ereta e não permanecer de pé por muito tempo é fundamental para as gestantes. “Se for realmente necessário se manter de pé por um logo período, alterne o peso do corpo nos dois pés, colocando um deles em um plano um pouco mais alto, como um degrau ou uma caixa. Da mesma forma que não é bom ficar longos períodos em pé, não se deve ficar longos períodos sentada. Levante a cada hora para uma pequena volta. E quando se sentar, as costas devem estar apoiadas no encosto e o solado dos pés em contato com o chão”, ensina o médico.

Outra dica é optar por sapatos confortáveis, sem salto. É preciso evitar pegar ou carregar peso, mas ao fazê-lo é importante dobrar os joelhos. Bolsas grandes e pesadas devem ser evitadas, principalmente penduradas em um ombro só.

– Outra dica fundamental é quando a gestante estiver muito cansada deve elevar as pernas com o auxílio de uma cadeira ou almofada, facilitando a circulação sanguínea. Na gravidez, há uma elevação do volume de sangue de 40% a 50%. Dormir bem e repousar freqüentemente também ajuda muito a evitar dor de coluna. A posição do corpo em pé ou sentada pressiona os discos intervertebrais. Deitada, a pressão diminui. Esses são alguns cuidados que são fáceis de serem seguidos e que podem ajudar a evitar dor e problemas na coluna – finaliza o Dr. Haim Maleh.