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Fibromialgia: é preciso procurar um reumatologista muito experiente

A Fibromialgia é uma doença reumática, que afeta o sistema músculo-esquelético humano. Suas principais características são dor muscular difusa e constante, associada a distúrbios psicológicos e alterações do sono. Estatísticas apontam que em torno de 2% da população mundial tem fibromialgia, sendo que a doença acomete oito vezes mais mulheres que homens, principalmente numa faixa etária entre 20 e 60 anos.

“A fibromialgia é uma doença dolorosa, de longa evolução, não inflamatória, caracterizada por queixas de dor músculo-esquelética difusa, com dor em vários músculos, tendões e articulações, incluindo a coluna vertebral). Além da dor, outros sintomas podem ocorrer: cansaço, fadiga inexplicável, tristeza, depressão, dificuldade de concentração, palpitação, sono não reparador, dor de cabeça do tipo tensional ou do tipo enxaqueca, disfunção na articulação temporo mandibular, períodos de diarréia ou prisão de ventre, bem como sintomas gástricos como dor abdominal e dificuldade de digestão”, explica o reumatologista do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo, Sérgio Rosenfeld. Segundo ele, a doença é de difícil diagnóstico pois é comumente confundida com doença psicológica ou com problemas de ordem reumática.

– O diagnóstico é apenas clínico, baseando-se no histórico do paciente e no exame físico. O médico precisa ter experiência com a doença. Muitas vezes, a pessoa tem fibromialgia, sente dores, mas como os exames nada apontam, o diagnóstico é dado pela experiência e conhecimento do médico com a doença. É preciso procurar um reumatologista que tem muita experiência no assunto – explica ele, lembrando que o CREB segue os critérios de classificação do Colégio Americano de Reumatologia  para Fibromialgia, que  incluem a presença de dor difusa pelo corpo em 11 ou mais pontos dolorosos.

A fibromialgia não tem cura, mas o tratamento pode devolver ao paciente a qualidade de vida perdida. O tratamento é medicamentoso, à base de analgésicos que reduzem as dores e melhoram a qualidade do sono, e não medicamentoso, que inclui fisioterapia, terapia ocupacional, prática regular de exercício físico e protocolos que envolvem, por exemplo, acupuntura e hidroterapia em piscinas especiais para essa prática, como as que o CREB tem. “A prática de uma atividade física regular é muito importante porque proporciona melhora na condição cardiorrespiratória, na flexibilidade, na força e resistência muscular, aumento da massa corporal magra e redução do percentual de gordura e ainda produz endorfina e serotonina, neurotransmissores capazes de melhorar o nosso humor e o sono”, finaliza o médico.


Corrida de rua merece cuidados especiais

Esporte regular extremamente popular, devido ao baixo custo e a facilidade para praticá-lo, a corrida atrai cada vez mais adeptos em todo o mundo. Muitos corredores acham que basta calçar um tênis e ir para rua para praticar o esporte. Mas a realidade não é bem assim. Se praticada de maneira incorreta, a corrida pode provocar lesões nas articulações, fraturas e outros problemas.

“O tipo de tênis utilizado é uma preocupação que o corredor não pode deixar de ter. O uso de um tênis inadequado tem relação direta com quatro das nove principais lesões causadas pela prática incorreta da corrida. Existem três tipos diferentes de pisadas. A neutra, a supinada, que é para fora, e a pronada, que é para dentro. E há um tipo de tênis para cada caso. Existe um exame, chamado baropodometria computadorizada dinâmica, que avalia o tipo de pisada e revela qual o calçado ideal. Esse exame é muito importante”, alerta o ortopedista Marcio Taubman, do CREB –  Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

Antes de correr, ressalta o Dr. Marcio, é preciso consultar um médico e realizar exames para avaliação da postura e da capacidade cardíaca e pulmonar. O exame cardiovascular afere a pressão arterial e a frequência cardíaca, o exame metabólico mede as taxas do sangue, como por exemplo o colesterol, e o exame biomecânico – a baropodometria computadorizada dinâmica, que temos no CREB, identifica a pisada do atleta e a angulação dos joelhos.

– Um estudo produzido pela Sociedade Brasileira de Traumatologia, em conjunto com uma grande empresa que organiza corridas em toda a América Latina, com 7.731 corredores amadores, apontou que nada menos do que 71,2% dos entrevistados já sentiram dores em decorrência do esporte e 53,1% já tiveram lesões. Então, a prática da corrida pode ser fácil, sim, mas deve seguir algumas condições básicas, com orientação de um médico – afirma.


Escolha correta do calçado é fundamental para saúde dos pés

Nossos pés são compostos por nada menos do que 26 ossos, na maioria pequenos, que têm a responsabilidade de nos levar para lá e para cá, o dia inteiro. Seria natural, então, que tivéssemos todos os cuidados com eles, mas nem sempre é isso que acontece. A escolha do calçado, por exemplo, jamais pode ser pautada apenas pela questão estética. É fundamental que o calçado seja confortável e adequado ao seu tipo de pé e pisada.

“As pessoas compram tênis e sapatos geralmente seduzidos pela estética, pela beleza do produto. É um grande erro, pois um calçado inadequado pode trazer inúmeros problemas aos pés a um ponto que apenas uma cirurgia poderá eliminar esse problema. Sapatos de salto alto e bico fino, então, são os grandes inimigos da saúde dos pés das mulheres”, afirma o fisiatra do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo, Antônio d’Almeida.

O uso constante do sapato de salto alto e bico fino causa alterações sensíveis na postura e na marcha e, assim, causa dor, desequilíbrio muscular, estresse articular e até degeneração nas articulações. “O pior é que muitas vezes as mulheres preferem utilizar um sapato menor que o tamanho de seu pé, o que piora em muito a situação. Elas usam o sapato o dia inteiro e acabam se acostumando com a dor. É um grande erro, pois o problema tende a se agravar cada vez mais. O uso frequente de sapatos com salto alto provoca o encurtamento nos músculos da parte de trás da perna, danos à coluna, dores no joelho, calosidades, joanetes e unhas encravadas, entre tantos outros possíveis problemas. E isso piora ainda mais quando falamos de adolescentes e jovens, que estão em um período em que o corpo ainda está moldando a postura”, explica o médico.

– Se a pessoa sente dores nos pés, joelho, quadril, tornozelo ou coluna, deve fazer uma avaliação com um especialista. Há um moderno exame, chamado baropodometria dinâmica,  que é capaz de oferecer informações precisas, que ajudarão a identificar o diagnóstico e a melhor orientação de tratamento – finaliza ele.