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Artrite reumatóide: dor pode ter consequências graves

Um amplo estudo apresentado no Congresso Europeu da Liga Contra Reumatismo, que ocorreu em Roma, na Itália, demonstra que 75% das mulheres com artrite reumatóide sofrem diariamente com dores e que a doença incomoda de tal forma que chega a impactar negativamente em aspectos sociais e emocionais. Foram entrevistadas 1958 mulheres com idade entre 25 e 65 anos, na Inglaterra, França, Alemanha, Itália, Espanha, Estados Unidos e Canadá. Em suma, um sentimento único: as entrevistadas contaram que se sentem isoladas e deslocadas da vida social.

Das entrevistadas, 40% disseram que portadoras desta doença têm mais dificuldades de encontrar um parceiro. As 22% divorciadas ou separadas que participaram do estudo disseram que a artrite reumatóide foi uma causa importante na decisão de se afastarem dos parceiros, e 68% confessaram que escondem a dor das pessoas próximas. A pesquisa também indicou que 67% das pacientes estão constantemente procurando novos tratamentos para lidar com a dor. E 71% das participantes que estavam trabalhando na época em que responderam o questionário disseram que produziam menos profissionalmente por causa da doença.

“Amarrar o cadarço do tênis, pentear os cabelos, abrir a torneira e segurar um copo são atividades do dia a dia que podem parecer simples para a maioria das pessoas. Mas não para muitos daqueles que são acometidos pela artrite reumatóide, uma doença inflamatória auto imune de longa evolução e progressiva, que destrói as articulações. Essa doença é mais comum do que se pode imaginar: estatísticas apontam que mais de 1,5 milhão de brasileiros têm artrite reumatóide e muitas vezes ficam impossibilitados de trabalhar e realizar atividades simples do cotidiano”, explica o fisiatra e reumatologista Eduardo Sadigurschi, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo. Segundo ele, a artrite reumatóide caracteriza-se por inflamação das articulações, provocada por uma reação inflamatória, com presença de algumas substâncias, entre elas a interleucina 6, que destroem progressivamente a cartilagem e os ossos ao redor das articulações, causando dor, edema e prejudicando sua função e limitando os movimentos.

O médico do CREB alerta que a artrite reumatóide não acomete apenas pessoas da terceira idade. “Muitas pessoas acreditam que as doenças reumáticas são exclusivas na terceira idade, o que é um engano. Mulheres na faixa dos 30 aos 50 anos são as principais vítimas da doença. A artrite reumatóide, por exemplo, afeta diretamente a qualidade de vida do paciente e logo que surge, aos primeiros sinais, como, por exemplo, dor nas juntas, em especial das mãos e dos pés, deve-se procurar um médico reumatologista”, diz.

– Essa pesquisa demonstra uma realidade que constatamos em nossos consultórios: a dor que sentem as pessoas acometidas pela doença tem conseqüências graves e precisa ser tratada com todo cuidado. É fundamental adotar um tratamento para reduzir a dor, evitar a queda da produtividade profissional e lidar com os impactos sociais desta doença. Afinal, temos o direito de ser feliz e não sentir dor – finaliza o médico.


Pilates, poderoso aliado no tratamento de lombalgias

O Pilates pode ser um poderoso aliado no tratamento de lombalgias crônicas não específicas, que causam dores e desconforto aparente na região inferior das costas. “O Pilates permite excelentes exercícios sem a necessidade de esforço físico intenso. É cada vez mais indicado para trabalhar a flexibilidade, o fortalecimento dos músculos, além da respiração e da conscientização corporal. É muito diferente dos exercícios praticados em academia de ginástica”, explica o fisiatra e reumatologista Haim Maleh, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo, que oferece Pilates médico, ou seja, orientado e supervisionado  por médicos fisiatras.

– Dor na coluna é uma das a maiores reclamações da maioria das pessoas quando se trata de mudança de estilo de vida. As dores poderão aparecer de forma progressiva ou de uma só vez. Quando isso acontece, acontece, grande parte dos pacientes tomam a pior providência: a auto-medicação. Dor na coluna pode ser o grito de alerta de que alguma coisa não vai bem,  é um sintoma de uma série de problemas e só um médico poderá diagnosticá-la. Uma das  melhores  formas de manter seus músculos saudáveis é a prática de Pilates, que fortalece a musculatura, assegurando um melhor suporte para coluna, maior flexibilidade e uma melhor postura.  Este tipo de exercício pode ser praticado por qualquer pessoa, seja de que idade for, desde que devidamente orientado pelo médico. No CREB muitas vezes associamos também para esse tipo de lombalgia  medidas de fisioterapia analgésicas e a acupuntura, com ótimos resultados. Cada um faz os exercícios no seu ritmo e irá encontrar os resultados positivos no seu próprio tempo – finaliza ele.


Dores no pescoço podem ser evitadas seguindo dicas simples

A dor no pescoço é uma das principais reclamações em ambiente de trabalho no mundo inteiro. A má postura e uma carga horária de trabalho pesada, sem pausas para um descanso, podem explicar a origem da dor. Mas o estresse também contribui – e muito – para agravar a situação. “O estresse pode ser, com certeza, uma causa da cervicalgia em muitos casos. Atrás do pescoço temos músculos que devem estar sempre tensos para suportar a parte de cima do corpo. Quando são acionados além da conta, sofrendo contrações constantes de origem nervosa, a dor será inevitável. E esta dor pode se irradiar para os ombros, por exemplo, e também resultar em dor de cabeça”, explica o fisiatra e reumatologista Haim Maleh, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

A região cervical está mais sujeita a dores e contraturas musculares porque apresenta uma grande mobilidade em relação ao restante da coluna. Ao menor sinal de dor constante, orienta o médico do CREB, é preciso procurar ajuda profissional de um especialista. “O médico irá diagnosticar o problema e iniciar um tratamento individualizado para aquela pessoa, que pode contar com medicamentos, fisioterapia e protocolos que incluem, por exemplo, acupuntura”, diz ele.

Para evitar dores no pescoço, o Dr. Haim Maleh dá algumas dicas fáceis de serem seguidas. Nos dias de frio, por exemplo, é preciso se agasalhar bem e evitar tomar friagem. Já aqueles que trabalham por horas a fio diante do computador precisam fazer pausas para movimentar ombros e pescoço, com movimentos lentos, por alguns minutos, a cada duas horas de jornada. Outra dica relaciona-se ao ato de dirigir: é preciso manter os braços esticados e as mãos firmes ao volante e em engarrafamentos longos utilize um encontro de cabeça. Se a dor no pescoço for forte, orienta o médico, é melhor estacionar e descansar um pouco. “Ao pegar um objeto pesado no chão, a pessoa deve dobrar os joelhos e ao se levantar deve usar a força da perna. Pesos excessivos devem ser evitados. Praticar atividades físicas regulares é muito importante, bem como relaxar e descansar”, continua o médico.

Uma boa noite de sono é fundamental e o Dr. Haim Maleh acrescenta que deve-se ter cuidado com a escolha do travesseiro, que não deve ser fino nem grosso demais. “Se a pessoa dormir de lado opte por um travesseiro macio, que se encaixe perfeitamente entre a extremidade do ombro e o início do pescoço, cobrindo sempre as curvas e espaços entre a cabeça/ombro e o colchão”.

– Sentir dor e se acostumar com ela é algo que jamais deve ser feito, porque aquele problema certamente vai progredir. Ninguém é obrigado a sentir dores. Ao menor sinal, procure um especialista – finaliza.