CONTEÚDO CREB SOBRE SAÚDE

News | Viva sem dor

 

Joanete, a mais comum patologia do pé

Conhecido popularmente como joanete, o hálux valgo não é um osso que cresceu ou surgiu de repente, como muita gente pensa. Na verdade, é um desvio do primeiro metatarsiano (osso do pé) e das falanges (ossos dos dedos), que se expressa como uma espécie de saliência lateral do pé. “O joanete é a mais comum patologia do pé adulto. Embora raro, também pode acontecer entre crianças e jovens. Essa deformidade acontece a partir de desalinhamentos articulares e desequilíbrios musculares, causando mais posicionamento dos ossos. E suas causas vão desde a predisposição genética até o uso regular de calçados inadequados, principalmente sapatos de bicos finos e de salto alto”, explica o fisiatra Antônio d’Almeida, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

A estimativa é de que 33% da população das grandes cidades tenham algum tipo de deformidade nos pés, as a incidência do joanete entre aqueles que não têm o hábito de usar calçados fechados, como os índios, cai para 2%. E segundos essas mesmas estatísticas, para cada cinco mulheres, um homem desenvolve o joanete. “Pode haver uma natural predisposição para o aparecimento da deformidade, mas o uso prolongado de sapatos de bico fino e de salto alto acaba por acelerar o surgimento do joanete. Também por isso temos essa relação de cinco mulheres para cada homem que tem joanete”, explica ele.

Dores e incômodo regular são as queixas mais comuns entre aqueles que têm joanete. Evitar sapatos de salto alto e bico fino e, no caso de homens, sapatos apertados, que mal acomodam os pés, é o primeiro passo para prevenir o aparecimento do joanete. Os médicos também recomendam o uso de órteses (como pequenas almofadas) entre o dedão e o segundo dedo, e o uso de sapatos de qualidade, confortáveis. O que o paciente precisa saber, no entanto, é que não basta tratar somente do pé, já que é um conjunto de desequilíbrios que está contribuindo para o aparecimento da deformidade. Um moderno exame, indolor, não invasivo e de grande confiabilidade, que ajuda a identificar esses problemas, é a baropodometria dinâmica, que avalia os pés parados e em movimento e está disponível no CREB.


Uso de palmilhas posturais pode eliminar dores constantes nos pés

Dores constantes na coluna, no quadril, joelho, tornozelo ou pé podem indicar algum tipo de distúrbio nos pés, com alteração no tipo de pisada e consequente desequilíbrio postural. Um médico especialista deve ser consultado para apontar o diagnóstico e o tratamento correto. A baropodometria é um moderno exame, utilizado nestes casos, que auxilia no diagnóstico de inúmeros problemas dos pés e das dores que afligem as pessoas em caminhadas e corridas. 

“A baropodometria localiza os pontos de apoio na planta do pé durante a pisada e faz a mensuração  precisa da  pressão exercida sobre cada um destes pontos. O paciente deve ser avaliado parado e em movimento e esse exame auxilia o médico a determinar se o paciente tem algum problema ou doença. Alterações posturais observadas nesta avaliação podem desencadear dores em regiões como a coluna, quadril, tornozelo, joelho e no próprio pé. Essas alterações podem ser tratadas com a confecção e uso de uma palmilha chamada palmilha postural. Essa palmilha tem como objetivo reduzir o pico de pressão da pisada e redistribuir corretamente a força de reação ao solo por toda a região plantar”, explica o ortopedista Marcio Taubman, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

Segundo ele, a baropodometria deve ser solicitada para avaliar por exemplo, alterações como pé plano ou cavo, calcâneo valgo ou varo, esporão de calcâneo, fasciíte plantar, tendinites, metatarsalgias, neuroma de Morton, diferença de comprimento de membros inferiores (perna curta), hálux valgo (joanete), artroses, dores nas plantas dos pés, dor na coluna, quadril, joelho e tornozelo, periostites (canelite) e fraturas por estresse. “A reprogramação postural através de palmilhas auxilia na abordagem preventiva e terapêutica. O funcionamento da técnica se baseia no princípio da correção da origem dos desequilíbrios encontrados no corpo. O paciente tem avaliada as entradas sensório-motoras, que podem estar pertubando sua postura. O pé é um local freqüente de origem de distúrbios e alterações no tipo de pisada demonstram isso. Assim, a pessoa poderá ter uma alteração no funcionamento de seu tornozelo, seus joelhos e quadris poderão ficar sobrecarregados, até que uma estrutura ou articulação no corpo não consiga se adaptar ao estímulo, provocando sintomas com o a dor ”, explica o médico.

– O uso destas palmilhas corrige assimetrias posturais, nivelando a bacia, diminuindo a torção de troncos e contribui para a melhora da congruência das articulações e amenizando a sobrecarga na coluna vertebral, nos joelhos e nos pés. A baropodometria é um exame indolor, não invasivo e de alta precisão. Indivíduos de qualquer idade que querem iniciar uma atividade física, atletas amadores e profissionais e portadores de deformidades posturais e nos pés têm indicação de fazer o exame – finaliza o Dr. Marcio.


Uso regular de salto alto: problemas à vista

A Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, promoveu uma pesquisa que comprova que o uso de sapato de salto alto pode causar danos à saúde da mulher. Através de sensores, câmeras e outros modernos equipamentos de baropodometria, como o utilizado no CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo -, os pesquisadores mediram as forças e ondas de choque nos pés de mulheres, entre 18 e 40 anos, enquanto caminhavam com sapatos com saltos de cinco e 7,5 cm. A pesquisa mostrou que o uso do salto alto altera a postura, causando a inclinação do tornozelo para dentro e desestabilizando as articulações. Também foi observada uma carga bem maior sobre os joelhos, especialmente quando se usava sapato com 7,5 cm de salto.

Outra pesquisa, desta vez realizada na Inglaterra, constatou que mulheres que usavam salto alto ao menos cinco vezes na semana tinham os músculos da panturrilha até 13% menores do que mulheres que usam sapato de salto baixo ou tênis. Além disso, o tendão de Aquiles destas mulheres que usam sapato de salto alto regular era mais rígido e grosso. Essas mulheres disseram que sentem dor na panturrilha quando caminham sem sapatos.

“O uso regular de sapato de salto alto é ruim e dores são conseqüência disso. As mulheres que usam salto alto sabem disso. Mas quanto maior o salto e mais regular o uso, maior é o risco do desenvolvimento de doenças como a artrose. O uso frequente de sapatos com salto alto provoca o encurtamento nos músculos da parte de trás da perna, danos à coluna, dores no joelho, calosidades, joanetes e unhas encravadas, entre tantos outros possíveis problemas. E isso piora ainda mais quando falamos de adolescentes e jovens, que estão em um período em que o corpo ainda está moldando a postura”, explica o ortopedista Marcio Taubman, do CREB.

– O uso de sapato de salto alto, por horas seguidas, como é tão comum, pode trazer sérios problemas para a mulher. Causa alterações sensíveis na postura e na marcha e isso, a  longo prazo, gera dor, desequilíbrio muscular, estresse articular e até degeneração nas articulações. Outro problema que encontramos é o uso de sapatos menores do que o tamanho do pé e sapatos de bico fino. Isso realmente contribui para o aparecimento de problemas que podem ser sérios. Se a pessoa sente dores nos pés, joelho, quadril, tornozelo ou coluna, deve fazer uma avaliação com um especialista. Há um moderno exame,  chamado de baropodometria dinâmica,  que é capaz de oferecer essas informações, que ajudarão a identificar o diagnóstico e a melhor orientação de tratamento – diz o médico do CREB.