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Dor no quadril pode ser por bursite trocantérica

Dor lateral no quadril pode indicar uma bursite trocantérica. Além da dor no quadril, o paciente acometido também pode sentir dor na coxa e ter dificuldade de caminhar. “A pressão direta sobre a bursa aumenta a dor, o que torna difícil para o pacient...

Dor lateral no quadril pode indicar uma bursite trocantérica. Além da dor no quadril, o paciente acometido também pode sentir dor na coxa e ter dificuldade de caminhar. “A pressão direta sobre a bursa aumenta a dor, o que torna difícil para o paciente deitar sobre o lado afetado. A bursite trocantérica pode prejudicar o sono, trazer dificuldades no caminhar e, assim, reduzir a qualidade de vida do paciente”, afirma o ortopedista Bruno Vargas, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

O Dr. Bruno explica que a bursa trocantérica é um tecido sinovial localizado superficialmente ao trocanter maior, a parte do fêmur proximal que é saliente lateralmente no quadril. Segundo ele, temos quatro bursas em cada quadril e elas funcionam como se fossem um saco vazio sobre as proeminências ósseas, o que facilita o deslizamento de tendões e fáscias sobre o osso. “A inflamação de uma ou mais bursas trocantéricas é conhecida como bursite trocantérica e é uma das mais comuns causas de dor no quadril”, explica.

Um exame muito importante é a avaliação tridimensional do movimento computadorizada



A causa da doença pode ser explicada por movimentos exagerados dos tendões e fáscias sobre o trocânter maior. Um exame muito importante é a avaliação tridimensional do movimento computadorizada, que avalia o movimento e a forma de pisar do paciente. “Há opções de tratamento que devem ser avaliadas caso a caso, com excelentes resultados.  Podemos utilizar fisioterapia, hidroterapia e RPG e medicamentos. Também podemos indicar a Terapia por Ondas de Choque (TOC), um método praticamente indolor e não invasivo, através de ondas acústicas, que vem sendo utilizado com sucesso em substituição e evitando a cirurgia com cerca de 85% de sucesso. O tratamento da TOC é feito em consultório médico, por médico capacitado, geralmente em três sessões, de 20 a 30 minutos cada”, finaliza o médico do CREB.


Capsulite adesiva tem tratamento

A Capsulite adesiva, também conhecida como “ombro congelado”, apresenta dor e rigidez da articulação glenoumeral aos movimentos realizados passivamente. Segundo a fisioterapeuta Júlia Cavalcante Xavier, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo, em geral a doença se dá devido à longos períodos de imobilidade que causam o desuso da articulação.

A doença tem três fases: a congelante, a adesiva e a de resolução

“Na capsulite adesiva, ou “ombro congelado”, ocorre um processo inflamatório dentro da articulação que leva a uma redução progressiva do fundo de saco axilar, a um encurtamento de todos os ligamentos, a formação de aderências e a um aumento da espessura da capsula a qual perde seu alongamento”, explica a fisioterapeuta. Segundo ela, a causa desta patologia não é muito bem definida, por conta de uma variedade de fatores que contribuem com a rigidez articular.

O ortopedista Ricardo Sheps, do CREB, acrescenta que mesmo em repouso, o paciente sente uma dor intensa, principalmente pela noite. “A mobilidade torna-se rapidamente limitada em todos os movimentos do ombro.  Ocorre um processo inflamatório dentro da articulação levando ao encurtamento de todos os ligamentos, a formação de aderências e ao aumento na espessura da cápsula”, explica o médico.

A doença tem, segundo explica o médico do CREB, três fases: a fase congelante e dolorosa, que dura de dez a 26 semanas e há aumento gradativo da dor; a fase adesiva, de 4 a 12 meses, quando a dor começa a diminuir, e a fase de resolução, de 12 a 42 meses, quando há melhora progressiva do ombro. “O diagnóstico é feito por exame de radiografia e clínico”, diz ele.

A boa notícia é que a doença pode ser tratada e curada. “Dentro dos tratamentos fisioterapêuticos convencionais mais utilizados estão a crioterapia, recursos de eletroterapia e termoterapia, a cinesioterapia convencional ou a utilização de técnicas manuais específicas, todas com o objetivo de aliviar a dor e retomar a biomecânica normal da articulação do ombro. O alongamento é uma manobra terapêutica, que tem como finalidade aumentar o comprimento de estruturas que foram encurtadas devido a patologia. A mobilização passiva das articulações também pode ser uma das técnicas de tratamento, com a intenção de soltar a articulação e nutrir a cartilagem com a estimulação da produção de líquido sinovial, com o objetivo de “soltar” a articulação do ombro. A fisioterapia pode ser associada a termoterapia e cinesioterapia objetivando aumentar a amplitude de movimento do membro superior afetado. Quanto mais precoce, melhor o prognóstico do paciente, sendo a fisioterapia imprescindível para o retorno do paciente as atividades de vida diária, pois a capsulite limita muito o movimento do indivíduo”, finaliza o Dr. Ricardo.


Você sabe o que é “ombro congelado”?

O complexo do ombro possui quatro grupos de movimento, no plano sagital: flexão, extensão e hiperextensão; no plano frontal: abdução e adução; e no plano transverso: rotação medial e rotação lateral; abdução horizontal e adução horizontal e circundaç...

O complexo do ombro possui quatro grupos de movimento, no plano sagital: flexão, extensão e hiperextensão; no plano frontal: abdução e adução; e no plano transverso: rotação medial e rotação lateral; abdução horizontal e adução horizontal e circundação. Ele é constituído por três: a escápula, o úmero (osso da parte superior do braço) e a clavícula, e por três articulações sinoviais, sendo elas: esterno-clavicular, acrômioclavicular e glenoumeral e uma articulação fisiológica: a escapulo-torácica. Os músculos compreendidos entre o complexo do ombro são: Deltoide, redondo maior, e o manguito rotador, que tem como parte inegrante, os músculos: Supraespinhal, Infraespinhal, Redondo Menor e Subescapular.

Pode ser originada devido à longos períodos de imobilidade que causam o desuso da articulação

 

“A capsulite adesiva, também conhecida como “ombro congelado”,  é o período de dor e rigidez da articulação glenoumeral aos movimentos realizados passivamente. Essa patologia pode ser originada devido à longos períodos de imobilidade que causam o desuso da articulação”, explica a fisioterapeuta Júlia Cavalcante Xavier, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo. Segundo ela, a doença apresenta “um processo inflamatório dentro da articulação que leva a uma redução progressiva do fundo de saco axilar, a um encurtamento de todos os ligamentos, á formação de aderências e a um aumento da espessura da capsula a qual perde seu alongamento”.

Júlia esclarece que a causa desta doença não é muito bem definida, por conta de uma variedade de fatores que contribuem com a rigidez articular. “Sua origem pode ser de forma idiopática ou secundária a uma doença como diabetes mellitus, hipotireoidismo ou consequência de um trauma ou cirurgia na articulação glenoumeral”, relata, pontuando que o  quadro clinico da doença caracteriza-se por dor mal localizada no ombro de início espontâneo, sem qualquer história de trauma, fazendo com que o paciente possa perder rapidamente o movimento do ombro. “Mesmo em repouso, essa dor encontra-se muito intensa, principalmente à noite. A mobilidade torna-se rapidamente limitada em todos os movimentos do ombro. Ocorre um processo inflamatório dentro da articulação levando ao encurtamento de todos os ligamentos, a formação de aderências e ao aumento na espessura da cápsula”, finaliza ela.