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Dor crônica aumenta no inverno

Nada menos do que 37% da população brasileira – quase quatro em cada dez brasileiros – sofrem com algum tipo de dor crônica, aquela dor que persiste por mais de três meses. A maior parte deste grupo é composto por mulheres, com idade média de 41 anos...

Nada menos do que 37% da população brasileira – quase quatro em cada dez brasileiros – sofrem com algum tipo de dor crônica, aquela dor que persiste por mais de três meses. A maior parte deste grupo é composto por mulheres, com idade média de 41 anos, moradoras das regiões Sul ou Sudeste. Esse é o resultado de uma pesquisa da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED), recém divulgada.

Quatro em cada dez brasileiros – sofrem com algum tipo de dor crônica

No primeiro lugar do ranking das dores crônicas – no Brasil e em todo o restante do mundo – estão as dores crônicas provenientes de algum problema na coluna vertebral. Em seguida estão as dores de cabeça e relacionadas a algum tipo de câncer. Também são muito comuns nos consultórios médicos pacientes com alguma doença reumática, com dores crônicas nas articulações. No inverno, essas dores tendem a aumentar.

– Muitas vezes, o paciente com artrose chega a apresentar limitação de movimentos por conta das dores crônicas. As vezes, atividades tão cotidianas, como pentear os cabelos ou escovar os dentes, são impossíveis de serem feitas. No inverno, isso se intensifica. Com as baixas temperaturas, as pessoas tendem a ficar mais retraídas e contraídas. Isso gera uma tensão muscular que pode se traduzir em mais dor. Muitas vezes, as pessoas acabam se exercitando menos, o tecido se contrai involuntariamente e as pessoas não percebem mas também andam mais curvadas para se protegerem do frio. É fundamental não abandonar as atividades físicas no inverno, aquecer bem antes de iniciar o treino e utilizar roupas aquecidas. Também é melhor realizar as atividades em um horário mais convidativo, como de manhã, quando há sol – afirma o Dr. Haim Maleh, reumatologista e fisiatra do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo, e professor de reumatologia da Universidade Federal Fluminense – UFF.


Surfista de fim-de-semana deve ter cuidados com a prática do esporte

Qualquer atividade física deve ser precedida por um aquecimento, por mais branda que seja. Na maior parte das vezes, o chamado “atleta de fim-de-semana” encara a atividade apenas como lazer, e não toma as devidas precauções, o que pode transformar o...

Qualquer atividade física deve ser precedida por um aquecimento, por mais branda que seja. Na maior parte das vezes, o chamado “atleta de fim-de-semana” encara a atividade apenas como lazer, e não toma as devidas precauções, o que pode transformar o prazer em dor e problemas de saúde.

Um exemplo disso é a prática de surfe. Segundo o ortopedista especialista em medicina do esporte, João Marcelo Amorim, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo, e médico do Flamengo, não é incomum receber, em seu consultório, surfistas com dores na coluna, inflamações e queixas de dor em alguma articulação.

É preciso estar bem condicionado e se aquecer antes de entrar no mar

– O surfe pode até ser tido como um esporte tranquilo, realizado dentro da água. Mas, na verdade, não é nada simples. Muitas vezes, o surfista pega onda apenas nos finais de semana, e não se condiciona. Ele tem, no entanto, que ter um bom preparo físico para surfar. É preciso remar contra a maré, enfrentar correnteza do mar, ondas grandes, impacto, equilíbrio sobre a prancha, não é simples não. E o resultado da falta de aquecimento e bom condicionamento pode ser a dor, um problema de coluna, problema em alguma articulação – afirma o médico.

Segundo ele, o surfe tem conquistado cada vez mais adeptos, por ser um esporte de fácil acesso e da moda. Muitas pessoas se dedicam à ele apenas nos finais de semana. Simplesmente entram no mar, e começam a surfar.

– A coluna vertebral fica exposta às quedas constantes. As vezes, essas quedas são fortes o suficiente para machucarem o praticante da atividade. É preciso estar bem condicionado e se aquecer antes de entrar no mar. E ao menor sinal de dor, um especialista deve ser consultado imediatamente – finaliza o Dr. João Marcelo.


Acupuntura, uma excelente opção no combate a dor

Um estudo científico realizado pelo Centro Clínico da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, comprovou o quanto positiva é a acupuntura no combate a dor e o enrijecimento articulares de pacientes que sofrem de câncer de mama e são tratadas com...

Um estudo científico realizado pelo Centro Clínico da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, comprovou o quanto positiva é a acupuntura no combate a dor e o enrijecimento articulares de pacientes que sofrem de câncer de mama e são tratadas com terapia hormonal. Já uma pesquisa realizada no Northwestern Memorial Hospital e do Robert H. Lurie Comprehensive Cancer Center of Northwestern University, em Chicago, revelou que a acupuntura traz uma melhor qualidade de vida e pode diminuir as dores neuropáticas dos pacientes de câncer. Já o Hospital de Base de Brasília realizou um estudo comprovando que o tratamento é um importante aliado na recuperação de pacientes submetidas à cirurgia para retirada da mama.

A acupuntura restaura o funcionamento neural do organismo

A verdade é que a acupuntura vem sendo cada vez mais utilizada no ocidente, para os mais diversos tipos de tratamentos e alívio da dor. Usada pela tradicional medicina chinesa há pelo menos três mil anos, a acupuntura utiliza de agulhas com a espessura de um fio de cabelo, aplicadas sobre pontos pré-determinados. “A acupuntura se baseia na restauração do funcionamento neural do organismo. Ela promove uma neuromodulação de tudo que envolve o sistema nervoso central e periférico da pessoa. Além de provocar o alívio da dor, a acupuntura atua sobre a hipertensão arterial, transtornos do sono, síndromes de equilíbrio, asma, alergias, refluxos gástricos, disfunção erétil, incontinência urinárias e muitas outras patologias”, explica Haim Maleh, reumatologista e fisiatra do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo e professor de reumatologia da UFF – Universidade Federal Fluminense.

O Dr. Haim pontua que a técnica da acupuntura é complexa, e só deve ser feita por profissional habilitado. “É preciso estabelecer um diagnóstico minucioso, que deve ser feito por um médico habilitado. Na China, a acupuntura só pode ser exercida por uma pessoa graduada em medicina tradicional chinesa ou medicina ocidental”, afirma ele. A acupuntura é reconhecida como especialidade médica no Brasil desde os anos 80, e sua prática não está limitada a médicos. O CREB oferece a especialidade em diversos protocolos.