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Fibromialgia também acomete meninas adolescentes

Embora as estatísticas apontem que a fibromialgia acomete sete mulheres, a partir dos 40 anos, para cada homem, a doença definitivamente não se limita a esse grupo específico de pessoas. Estimativas apontam que a Fibromialgia juvenil afeta, atualment...

Embora as estatísticas apontem que a fibromialgia acomete sete mulheres, a partir dos 40 anos, para cada homem, a doença definitivamente não se limita a esse grupo específico de pessoas. Estimativas apontam que a Fibromialgia juvenil afeta, atualmente, nada menos do que de 2% a 6% das crianças em idade escolar, em sua maioria meninas adolescentes. Em geral, essas meninas têm entre 13 e 15 anos.

“A fibromialgia não é uma doença fácil de diagnosticar. O Reumatologista precisa ser experiente. Ainda mais quando se trata de uma paciente adolescente. Poucos médicos iriam avaliar uma menina com 13 anos, com cansaço e dores musculares, como portadora de fibromialgia. Mas o número de adolescentes com a doença vem crescendo e é preciso estar atento a esse fato”, avalia a Reumatologista Elisa Fernandes, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

O número de adolescentes com a doença vem crescendo

Segundo a Dra. Elisa, em geral essas adolescentes chegam ao consultório médico queixando-se de dores difusas generalizadas, dores de cabeça, dificuldade para dormir e sono não reparador, além de dores e cólicas no abdome inferior, déficit cognitivo e sintomas de depressão. “Não é diferente do quadro apresentado por um adulto. Mas muitos médicos teimam em não diagnosticar a fibromialgia, por desconhecimento mesmo. Se já é difícil diagnosticar um adulto com fibromialgia, imagine uma adolescente. Não há critérios específicos para diagnosticar uma criança. Utilizamos os mesmos critérios do American College of Rheumatology para diagnosticar adultos”, alerta.

A reumatologista do CREB diz que o tratamento também segue as mesmas diretrizes utilizadas para os adultos. Além de medicamentos específicos, protocolos que incluem hidroterapia, acupuntura, pilates e RPG poderão ser utilizados, devolvendo à paciente a qualidade de vida perdida. “A atividade física regular orientada é fundamental. Temos tido sucesso no tratamento de adultos e adolescentes, seguimos basicamente as mesmas diretrizes. Vale lembrar que o tratamento é individualizado”, finaliza ela.


Artrose no quadril: tratamento deve começar imediatamente

Desconforto e uma sensação de rigidez na virilha, nádega ou coxa, ao acordar, pela manhã, são os primeiros sinais. Ao longo do dia, em movimento, as dores ficam mais fortes, mas melhoram quando há uma pausa para um descanso. Com o tempo, o alívio da...

Desconforto e uma sensação de rigidez na virilha, nádega ou coxa, ao acordar, pela manhã, são os primeiros sinais. Ao longo do dia, em movimento, as dores ficam mais fortes, mas melhoram quando há uma pausa para um descanso. Com o tempo, o alívio da dor diminui mesmo sem movimento, e a articulação do quadril fica “dura”. Esse é o quadro da artrose de quadril, que atinge um número cada vez maior de pessoas. Só nos Estados Unidos, mais de 10 milhões de norte-americanos estão diagnosticados com a doença no quadril.

“A cartilagem se desgasta e à medida que isso acontece os ossos começam a se atritar uns nos outros, o que causa dor durante o movimento. Com a aceleração desse processo, além da dor constante, a pessoa tem dificuldade de cruzar as pernas, de colocar meias e sapatos, lavar o pé, caminhar, dormir à noite, não consegue ficar em pé por longos períodos e tem uma marcha prejudicada. É muito importante que o tratamento comece cedo, pois assim será mais fácil devolver a qualidade de vida perdida. Ao menor sinal de dor, é preciso procurar um médico especialista”, alerta o Reumatologista e Fisiatra Haim Maleh, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo e professor de reumatologia da UFF.

Ao menor sinal de dor, é preciso procurar um médico especialista

Além do exame clínico, o médico poderá solicitar um raio-x ou mesmo uma tomografia ou uma ressonância magnética para diagnosticar a artrose. Mas para um melhor resultado do tratamento, também poderá ser solicitado uma avaliação muscular isocinética por dinamometria computadorizada, moderno exame que indica exatamente o grupo muscular fragilizado, permitindo foco na reabilitação e, assim, resultados mais rápidos. “Idade avançada, obesidade e alguma lesão que tenha forçado a cartilagem do quadril, além de histórico familiar, são os principais fatores de risco da artrose”, explica o Dr. Haim.

A boa notícia é que é possível restabelecer a qualidade de vida perdida. Há tratamento para a artrose do quadril, que inclui medicamentos específicos e a utilização de protocolos que incluem hidroterapia (em piscina especial para essa atividade, com a temperatura da água entre 32 e 34 graus centígrados, com as duas piscinas disponíveis no CREB exclusivamente para esse fim, além de Pilates, acupuntura, RPG e fisioterapia. “O tratamento é individualizado. Temos alcançado sucesso, eliminando a dor e devolvendo ao paciente uma boa mobilidade articular. Em muitos casos, temos usado a viscossuplementação, para restaurar a qualidade visco elástica da articulação, melhorando a dor e a mobilidade da articulação. O importante é que podemos devolver a qualidade de vida perdida, mas reforço que ao menor sinal de dor, é preciso procurar um especialista”, finaliza o Dr. Haim.


Fibromialgia: Senado quer classificar como doença crônica

A Comissão de Assuntos Sociais do Senado se reuniu no dia 17 de agosto e defendeu a classificação da fibromialgia como uma doença crônica. Os membros da comissão relataram que a doença ainda não é aceita por muitos médicos e de difícil diagnóstico, e...

A Comissão de Assuntos Sociais do Senado se reuniu no dia 17 de agosto e defendeu a classificação da fibromialgia como uma doença crônica. Os membros da comissão relataram que a doença ainda não é aceita por muitos médicos e de difícil diagnóstico, e muitos pacientes sofrem preconceitos, já que a principal característica da fibromialgia são dores por todo o corpo, mas cujas causas são aparecem em exames.

A Comissão recebeu, na audiência, representantes do Ministério da Saúde, da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor, da Associação Brasileira de Fibromiálgicos (Abrafibro) e de médicos. Segundo o coordenador de Atenção às Pessoas com Doenças Crônicas do Ministério da Saúde, Sandro José Martins, presente ao encontro, a diretriz clínica para o controle do paciente com dor crônica apresenta a orientação para o paciente com fibromialgia, destacando a importância de tratamentos não farmacológicos, como acupuntura, exercícios físicos, terapia, entre outros. A senadora Ana Amélia, membra da comissão, informou que pretende propor um projeto para que a doença seja classificada como crônica.

A fibromialgia se caracteriza por dores por todo o corpo, cujas causas são aparecem em exames

A fibromialgia é uma das doenças reumatológicas que mais levam o paciente ao consultório do médico. De 3 a 5% da população pode apresentar esse quadro clínico, sendo que de 80 a 90% são mulheres, entre 30 e 60 anos. “A fibromialgia ainda é uma doença pouco conhecida. Pela dificuldade em se estabelecer um diagnóstico seguro devido à falta de objetividade dos exames radiológicos e laboratoriais, é muito importante que o paciente procure um reumatologista experiente com essa doença. Ele irá se basear em aspectos clínicos, na avaliação da história familiar e no exame físico do paciente”, explica o médico reumatologista e fisiatra do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo, Antonio D’Almeida.

Segundo o médico do CREB, os principais sintomas da doença são dores por todo o corpo, nas articulações, nos músculos, na coluna vertebral, e nos tendões, além de dor de cabeça, sensibilidade ao frio, formigamento nos pés e ou nas mãos, tonteiras, desânimo, fadiga, dificuldades para dormir, sono não reparador e, por fim, desmotivação e tristeza. “A fibromialgia é uma doença de longa evolução, mas o tratamento individualizado pode controlar as dores e demais sintomas. Utilizamos medicamentos específicos e protocolos, que podem incluir hidroterapia, pilates, acupuntura e fisioterapia. É possível devolver a qualidade de vida perdida. O tratamento deve ser acompanhado por uma equipe interdisciplinar, com reumatologista, fisiatra e fisioterapeuta, para o devido acompanhamento do paciente”, explica o médico do CREB.

 

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado