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Fibromialgia – Prevenção e tratamento

A fibromialgia é uma doença dolorosa, não inflamatória, caracterizada por queixas de dor músculo-esquelética difusa (dor em vários músculos, tendões e articulações, incluindo a coluna vertebral).

A doença incide na nuca, lateral do pescoço, musculatura entre o pescoço e o ombro, ombro, segunda costela, cotovelo, nádegas, quadril e joelhos.

Atualmente, a fibromialgia é uma das principais síndromes avaliadas e tratadas pelos reumatologistas. Também é comum em crianças, embora ainda não tenha sido determinada a prevalência nessa população.

Os principais sintomas são a dor e o desconforto muscular, cuja intensidade varia de moderada a forte. Além a dor, outros sintomas podem ocorrer: cansaço, fadiga inexplicável, tristeza, depressão, dificuldade de concentração, palpitação,sono não reparador, dor de cabeça do tipo tensional ou enxaqueca, disfunção na articulação temporomandibular, períodos de diarréia ou prisão de ventre, aumento na frequência para urinar, fenômeno de Raynaud (mãos pálidas, seguidas por rouxidão e vermelhidão), sensibilidade ao frio, sensação de formigamento em mãos e pés e tonteira.

O tratamento da fibromialgia tem por objetivo acabar com a dor, melhorar os distúrbios do sono, melhorar os distúrbios do humor e a qualidade de vida. Divide-se em medicamentoso e não medicamentoso. O tratamento medicamentoso feito isoladamente apresenta resultados frustrantes. Não existe uma “pílula mágica”. O tratamento deve ser individualizado e com uma correta associação de medicamentos. As medicações mais utilizadas são as substâncias que agem sobre a serotonina, promovendo a melhora do sono e da dor. Para o tratamento da depressão, pode-se utilizar os inibidores da recaptação de serotonina e os relaxantes musculares. É fundamental a realização de exercícios orientados, como: ginástica corretiva, RPG, Pilates e especialmente a Hidroterapia. (fonte Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo).

Publicado no Jornal da Marinha


Dr. Arnaldo Libman faz palestra em sinagoga

Convidado para falar sobre qualidade de vida, o Dr. Arnaldo Libman, reumatologista e fisiatra do CREB Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo -, fez uma palestra sobre como evitar problemas e dores na coluna na Sinagoga Shell, em Botafogo.

Mais de cem pessoas – em sua maioria da terceira idade – estiveram presentes e participaram da palestra. Dr. Arnaldo apresentou uma série de dicas simples, que devem ser adotadas no dia-a-dia e que podem trazer mais qualidade de vida e evitar problemas de coluna. Essas dicas também fazem parte do livro que o médico publicou – “Cure sua coluna: 50 passos para alivar suas  dores” -, pela editora Best Seller.


Artrose no joelho

Aqueles que sofrem de artrose no joelho podem perder a agilidade, resultante dos sintomas da doença, ou seja, dores, fraqueza e dificuldade física. Estes pacientes tendem, também, a sofrer de hipertensão, diabetes, obesidade e doenças cardiovasculares. Porém, este quadro tem como ser revertido através de exercícios, que podem causar a diminuição das dores e aumentam a qualidade de vida do paciente. O importante é o paciente praticar exercícios de forma contínua, que ajuda na produção de glycosoaminoglicanas na cartilagem, substância esta que é um indicador fundamental da propriedade viscoelástica.

Muitos pacientes vivem de forma restrita e sofrem constantemente com dores. A visita ao médico é de extrema importância para o acompanhamento clínico e medicamentoso adequado e personalizado; mas, em contra-partida, as consultas não podem se restringir a prescrição de medicamentos: o médico deve indicar e estimular o paciente a praticar exercícios, como aqueles dentro da água – hidroterapia -, caminhadas, bicicleta e até mesmo musculação. Tudo, porém, deverá ser analisado sempre caso a caso e após a avaliação e a orientação do médico reumatologista, ortopedista ou fisiatra.

Além de medicar e acompanhar o desenvolvimento do paciente, o médico deve orientar o paciente a encontrar o melhor caminho: o da atividade física.

1) informar ao paciente da importância e da necessidade de se exercitar;
2) motivá-lo, formulando um simples programa de exercício, que o paciente possa realizar sozinho e no momento que seja possível;
3) orientar a melhor forma de fisioterapia para o seu caso, podendo ser analgésica, preventiva ou de melhora da qualidade muscular.

Segundo um estudo feito nos Estados Unidos, com reumatologistas e pacientes com artrite reumatóide, aqueles que foram orientados a seguir um programa de exercícios por seu médico acabaram praticando a atividade física contínua e obtiveram algum tipo de melhora. No caso da artrose no joelho, o médico deve sempre conversar com o paciente sobre a necessidade e os benefícios do exercício.

O exercício deve começar em casa

Os pacientes que sofrem de uma forma mais branda de artrose no joelho podem se beneficiar de um simples programa de exercícios possíveis de serem feitos em sua própria casa. Porém, o ideal é que estes programas de exercícios sejam seguidos com supervisão, para seu correto cumprimento. No site www.kcl.ac.uk/gppc/escape encontra-se um programa para as primeiras 6 semanas, próprio para aqueles pacientes que estão lidando com a artrose no joelho.

O ideal é recomendar que o paciente inicie a atividade física com um programa de fortalecimento muscular e aumento da flexibilidade, combinado com caminhadas, ou até mesmo bicicleta, ou seja, exercícios básicos e fáceis de serem feitos em casa. No site www.the-rheumatologist.com, em “download issues”, pode-se baixar um programa de exercícios. É preciso incentivar os pacientes a praticarem os exercícios em casa, no momento apropriado, aliados ao tratamento medicamentoso ou fisiátrico proposto.

Evidências Mostradas em Estudos

Aprender como se exercitar corretamente é fundamental para a melhora do paciente, pois será através da prática de exercícios físicos que ele sentirá uma diferença a longo prazo. A continuidade e a disciplina na realização é que permitirá com que se sinta alguma diferença. Aqueles pacientes que iniciam estes tipos de programas apresentam uma melhora significante.

Estes programas poder ser encontrados nos sites:

-Arthritis Foundation Chapter programs:
www.arthritis.org/programs.php

-CDC State Arthritis Program:
www.cdc.gov/arthritis/state_programs/programs/index.htm

-Enhance Fitness, a senior exercise program developed by the University of Washington:
www.projectenhance.org

-A list of self-management programs, including chronic disease, offering in Spanish, and international locations:
http://patienteducation.stanford.edu.

Vale ressaltar que pacientes com artrose no joelho precisarão de instruções e supervisão específica, para que possam aprender, de forma precisa, como devem se exercitar.

A fisioterapia deverá ser indicada pelo médico fisiatra, reumatologista ou ortopedista em casos que:
• o paciente sinta dor;
• o paciente tenha suas funções limitadas;
• haja tentativas sem sucesso de se exercitar; e
• para aqueles que apresentam fraqueza nos joelhos ou até mesmo para os que sofrem com o desalinhamento do pé ou tornozelo.

A tabela 2 (ao final) apresenta os problemas mais comuns, que limitam a habilidade e a mobilidade do paciente, sendo necessário o tratamento com a fisioterapia.

Para controlar a artrose no joelho, o paciente deve se exercitar, pois será através destas atividades físicas que apresentará uma diminuição nas dores, melhorará sua qualidade muscular e amplitude articular e alcançará maior capacidade em sua rotina.

TABELA 1: guia e recomendações de exercícios em pacientes com artrose

Bibliografia: Ottawa Panel:Evidence-based Clinical Practice Guideline for AO
Recomendações:

-Alongamento dos membros inferiores, reduzindo as dores e aumentando a capacidade do paciente. Estes exercícios incluem a isometria, treinamento de resistência dos quadríceps, posterior da coxa e outras extremidades, incluindo o fortalecimento muscular, melhora na
mobilidade e coordenação motora.
– exercícios que utilizam todo o corpo são os melhores para o tratamento de pacientes que sofrem de artrose. São eles: caminhar e correr dentro da água, pois ajudam a fortalecer e, como conseqüência, diminuem as dores. Sugerimos iniciar a hidrginástica quando já liberado da hidroterapia.

Bibliografia: MOVE Consensus for Pain

Recomendações:

– Tanto os exercícios de alongamento quanto os aeróbicos podem reduzir as dores e melhorar a capacidade de movimentos dos paciente com artrose.
– Para que estes programas de exercícios apresentem resultados, é preciso que o médico alerte e informe o paciente sobre os benefícios da atividade física.
-Não há diferença entre resultados de exercícios praticados só ou em grupos. Por isso, o que vale é a preferência do paciente.
-O paciente deve adotar estratégia para fortalecer e manter a continuidade da atividade física, como por exemplo, levar consigo um parente ou amigo para se exercitar junto.

Bibliografia: 2002 Exercise and Physical Activity Conference

Recomendações:

1. Exercícios aeróbicos para o quadril e joelhos em pacientes com artrose:
• 3 A 5 vezes por semana durante 30 minutos por cada vez, com a freqüência cardíaca em no máximo 50-70%.
• Se estiver com sobrepeso, procure fazer uma dieta, além de praticar exercícios.
• Se reeducar para a continuidade e importância de se exercitar.
2. Reabilitação neuromuscular para pacientes com artrose no joelho:
• Deve o paciente se ater a exercícios dos membros inferiores, resultando em fortalecimento, melhor coordenação motora, equilíbrio, capacidade em suas funções e melhor forma física.
• Os programas de exercícios somente irão trazer resultados se forem feitos durante longos períodos de tempo.O paciente deve acompanhar sua evolução com o seu médico.

TABELA 2: os benefícios do programa de reabilitação para aqueles que sofrem de artrose

Dificuldades e limitações: dores
Sintomas:
– dores antes e durante as atividades físicas.
– dores enquanto parado.
Intervenção da fisioterapia:
– estimulação elétrica neuro transcutânea
– acupuntura
– termoterapia
Resultados: diminuição das dores

Dificuldades e limitações: desalinhamento
Sintomas:
– genuvalgo ou genuvaro
– pronação dop tornozelo
– pés com tamanhos diversos
Intervenção da fisioterapia:
– uso de orteses
Resultados:
-melhoras biomecânicas
– diminuição das dores

Dificuldades e limitações: medo de se exercitar
Sintomas:
Aqueles que obtiveram uma experiência ruim no passado com atividades físicas ficam amedrontados e evitam se exercitar
Intervenção da fisioterapia:
– programas individuais e personalizados de ativdades físicas
– supervisão durante estas atividades para que haja um feedback
Resultados:
experiência com muito sucesso e melhora na aderência

Dificuldades e limitações: fraqueza
Sintomas:– dificuldade para se levantar sem usar os braços como apoio
– fraca contração muscular
– dificuldade de se levantar na ponta do pé repetitivamente
Intervenção da fisioterapia:
– treinamento neuromuscular e de equilíbrio
– uso de estimulador elétrico
Resultados:– maior capacidade em suas funções
– diminuição da dor
– melhora no equilíbrio

Dificuldades e limitações: medo de se exercitar
Sintomas:
Aqueles que obtiveram uma experiência ruim no passado com atividades físicas ficam amedrontados e evitam se exercitar
Intervenção da fisioterapia:– programas individuais e personalizados de ativdades físicas
– supervisão durante estas atividades para que haja um feedback
Resultados:
experiência com muito sucesso e melhora na aderência

Dificuldades e limitações: falta de condicionamento físico
Sintomas:
cansaço após 10 minutos ou menos de caminahda leve
Intervenção da fisioterapia:
exercícios aeróbicos progressivos
Resultados:
melhora da forma física do paciente, diminuindo as dores

Dificuldades e limitações: perda de movimentos
Sintomas:
– não consegue flexionar os joelhos
– dificuldade de estender o joelho contra a gravidade
– perda de movimento no quadril e nos tornozelos
Intervenção da fisioterapia:– programa de flexibilidade, alongamento e equilíbrio
– terapia manual
Resultados:
diminuição de dores e aumento na capaidade de se movimentar/locomover