Uma pesquisa científica realizada na Noruega comprovou que portadores de diabetes podem sentir mais dor nas formas erosivas de artrose das mãos, o que não ocorre nas formas não erosivas da doença. Este estudo ganhou, inclusive, destaque em um congresso europeu de reumatologia, quando se discutiu especificamente a relação entre a diabetes e dores nas mãos acometidas pela artrose. De acordo com a pesquisa e com o entendimento do próprio congresso, os médicos precisam dar uma atenção especial para as mãos daqueles que sofrem de artrose e de diabetes.
“É muito importante alertar aos pacientes diabéticos que podem sentir mais dores por conta da artrose, além de outros sintomas comuns a este caso, como sensação de dormência e formigamento das mãos. Os estudos indicam que, sim, há uma relação entre a diabetes e o aumento de dores nas mãos, por exemplo, provenientes da artrose”, concorda a reumatologista Priscila Magalhães, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.
Diabetes X artrite reumatoide
A Dra. Priscila informa que estudos do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital de Clínicas de São Paulo indicaram que pacientes diabéticos têm o dobro de chance de desenvolver artrite reumatoide devido à obesidade. Segundo estes estudos, a gordura abdominal se transforma em uma glândula que produz uma proteína chamada adipocina, que pode provocar o processo inflamatório das cartilagens, podendo gerar a artrite reumatoide.
“Tanto a diabetes quanto a artrite reumatoide são doenças autoimunes, onde o sistema imunológico ataca a si mesmo. No caso da Diabetes do tipo 1, o organismo ataca as células pancreáticas, que produzem a insulina. Já no caso da artrite reumatoide, anticorpos atacam a membrana sinovial, ocorrendo a inflamação. Pacientes com predisposição genética para uma destas condições podem manifestar, sim, a outra. A diabetes tipo 1 é mais um dos fatores de risco para desenvolvimento da artrite reumatoide”, explica a Dra. Priscila.
Controlando a diabetes
A médica do CREB diz que é fundamental que o paciente controle a diabetes. “É uma doença que não tem cura, mas é possível viver bem, com qualidade de vida, controlando a doença. É preciso adquirir hábitos saudáveis, monitorando sempre a glicemia, alimentando-se de três em três horas, sempre de forma saudável e adotando a prática regular de atividade física, entre outros bons hábitos. Um médico deve ser consultado periodicamente”, define a Dra. Priscila.
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