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CREB é pioneiro na aplicação de Miofibrólise Percutânea

Desenvolvida no Brasil desde 2005, a Miofibrólise Percutânea é um método de tratamento não invasivo, que intervém sobre as fibroses e contraturas funcionais do tecido muscular, com o objetivo de livrar o movimento de grande parte das dores, sejam traumáticas ou inflamatórias. Esta técnica é uma evolução moderna da Fibrólise clássica de Ekman, também conhecida como “Crochetage Mioaponeurótica”, que surgiu na Europa, em especial na Itália nos anos 90.

O CREB- Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo – é pioneiro na aplicação do método, que é realizado por nossa equipe especializada e devidamente treinada, sob supervisão de médicos fisiatras e reumatologistas. A técnica conta com um aparato instrumental constituído por três empunhaduras de suporte e oito instrumentos efetivos, cada um com seu papel na evolução prática, respondendo a cada acesso anatômico e respeitando os fatores ergonômicos.

Segundo o fisiatra e reumatologista do CREB, Haim Maleh, as indicações para a realização do método são variadas e alguns exemplos mais frequentes são as aderências cicatriciais pós-cirúrgicas, neuralgias por irritação mecânica e dores provocadas por fenômeno inflamatório ou traumático do aparelho locomotor, entre outros. “Através deste método é possível aumentar o aporte sanguíneo, romper aderências, aumentar a amplitude de movimento e reduzir à dor”, explica ele.

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Run, baby, run

Durante o Especial Fitness, o Modices falou de calçados proprícios para a prática esportiva, complementos para ginástica, roupas para malhar e atividades alternativas à academia. Mas para quem prefere esportes tradicionais, a corrida é uma ótima opção. Considerada um exercício completo, ela melhora a circulação, a respiração, tonifica os músculos, evita a perda óssea e fortalece o coração. E os benefícios não param por aí. Após o exercício, o cérebro libera substâncias que dão sensação de prazer e aliviam até sintomas da TPM.

Marcius Duarte, professor de educação física e diretor técnico do grupo Runners Club faz algumas ressalvas à fama do esporte: “Se falarmos somente em termos de sistema cardiorespiratório, a corrida é um exercício completo. Ela é o que mais emagrece, por isso que está tão na moda. Entretanto, deixa a desejar no quesito aparelho muscular, pois não trabalha os membros superiores. Por isso, é preciso complementar com ginástica ou musculação.“, afirma.

Segundo a dermatologista Carla Vidal, esta atividade física ajuda a minimizar a celulite e evitar varizes, por aumentar a circulação sanguínea. Entretanto, ela pode causar envelhecimento precoce, pois o aumento da frequência respiratória gera maior oxidação das células. Em contrapartida, a circulação sanguínea se ativa e as células recebem mais nutrientes, então existem prós e contras.

Mas antes de começar a correr é preciso tomar alguns cuidados essenciais. Consulte seu médico para um check-up clínico, com direito a teste de esforço e de tipo de pisada, e não esqueça de se aquecer. Basta iniciar a corrida devagar e ir aumentando o ritmo conforme o corpo permitir.Rodrigo Kaz, ortopedista do Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo (CREB) e membro titular da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (SBME), explica as precauções que devem ser tomadas: “A repetição dos movimentos das articulações do tornozelo, joelho, quadril e coluna vertebral podem levar à sobrecarga de tecidos como ossos, músculos, tendões e ligamentos. Os indivíduos que querem correr dever ter um acompanhamento, que deve ser multiprofissional.“.

Já durante a prática, as roupas devem ser aliadas dos atletas. Os bonés devem ser feitos de tecido com filtro solar e ter aba longa. Tops são melhores quando têm forro de suplex, que evapora o suor mais rápido, e decote cavado nas costas, pois dá mais liberdade para o movimento dos braços. A mesma lógica vale para os shorts. Modelos em elastano comprimem a perna, dimuindo a vibração dos músculos e possibilidades de fadiga. Para finalizar, meias devem absorver o suor e oferecer proteção extra aos pontos de atrito, enquanto tênis devem combinar com o tipo de pisada e ter um bom sistema amortecedor. “O uso da técnica correta da corrida, calçados e roupas adequadas, protetor solar e um treinamento pré-definido são fundamentais para que não ocorram as lesões. Os principais males causados pela corrida são as assaduras, frieiras e calos nos pés, dores na coluna e inflamação nos joelhos e tornozelos (como tendinite do tendão patelar e Aquiles). Mas estes problemas podem ser prevenidos com os cuidados necessários“, lembra Dr. Rodrigo.

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A pergunta não cala: celular dá câncer?

Celular faz mal à saúde? Dois grandes estudos recentemente publicados na internet dizem que sim. Alertam contra os perigos da radiação emitida pelos telefones móveis, que poderia causar certos tipos de tumores após o uso prolongado. E frisam que a utilização dos aparelhos por crianças pode ser ainda mais arriscada. O primeiro estudo se chama “Celulares e tumores cerebrais: 15 razões para preocupação”, da International EMF Collaborative (EMF é a sigla de “campo eletromagnético” em inglês), que congrega entidades internacionais dedicadas ao tema; e o segundo é do Environmental Working Group (EWG), chamado “Radiação celular: revisão científica sobre riscos de câncer e saúde infantil”.

A divulgação do estudo do EWG, organização ecológica americana, coincidiu com uma sessão no Senado dos EUA para discutir o assunto, que é bastante controverso e divide a comunidade acadêmica mundial. Estava presente à sessão o professor Álvaro Augusto Almeida de Salles, da Engenharia Elétrica da UFRGS – um dos 43 cientistas que endossam o primeiro estudo (e o único brasileiro). Segundo Álvaro, que se debruça sobre a radiação das tecnologias sem fio há anos, ainda não é possível afirmar que elas de fato causam câncer, mas os estudos avançaram bastante nos últimos tempos, já que o uso dos celulares já se prolonga por muitos anos, o que permitiu chegar a resultados importantes.

– Esses resultados são de dois tipos, e acendem a luz vermelha sobre o tema – diz Álvaro. – Primeiro, estudos biológicos já mostraram que a exposição por longo tempo a baixos níveis de radiação pode causar efeitos danosos às células, como nas estruturas de DNA, por exemplo.

Segundo o professor, se uma das “fitas” da estrutura de DNA é quebrada, ela ainda pode se recompor; mas se as duas o forem, pode haver uma mutação que leve a degenerescência orgânica e possivelmente a câncer. Outro efeito observado nos estudos biológicos é a alteração da barreira hematoencefálica (uma membrana no cérebro), que poderia igualmente ser um fator cancerígeno.

– O segundo tipo de resultado a que se chegou foram as pesquisas epidemiológicas, que observam por longo tempo os efeitos de algo no organismo – explica Álvaro. – Por exemplo, os efeitos causados pelo cigarro levam entre 20 a 30 anos para aparecerem. No caso dos celulares, esses estudos mostraram que quem usa celular há mais de dez anos tem maior probabilidade de gerar tumores cerebrais do lado da cabeça onde mais encosta o celular. Tais pesquisas foram feitas em países escandinavos como Suécia, Finlândia e Noruega, que começaram a usar o telefone celular bem antes daqui.

É justamente isso o que dizem os dois relatórios publicados. O estudo do EWG aponta um risco de 50% a 90% de desenvolvimento de tumores.

Esses tumores seriam cerebrais: gliomas (afetam as células que dão suporte e nutrição aos neurónios) ou neuromas do acústico (que afetam um nervo craniano no canal auditivo). Outros pontos da pesquisa mostram mais efeitos da radiação: possibilidade de tumores nas glândulas salivares, segundo um estudo israelense; e enxaquecas e vertigem, segundo relatório com 420 mil assinantes de celular na Dinamarca. Todos os efeitos foram notados em usuários de longo prazo (dez anos ou mais).

O estudo também traz tabelas dos celulares e smartphones que emitem mais e menos radiação, que reproduzimos nesta reportagem. Entre as marcas apontadas como as mais “radioativas”, estão Blackberry e Motorola, entre outras (embora também apareçam um pouco na lista oposta), enquanto Nokia e Samsung aparecem entre as marcas com menos emissão de radiação. A propósito, nenhum dos fabricantes consultados respondeu a nossos pedidos de entrevista. A Nokia afirmou não ter porta-voz para falar sobre o assunto, e a associação 3G Americas disse que só “se pronuncia sobre temas ligados a telecomunicação [?!] e novas tecnologias”. Motorola, Samsung, SonyEricsson, Qualcomm (que fabrica chips) e Blackberry ficaram num eloquente silêncio.

O estudo da EMF Collaborative vai além da questão do câncer e cita estudos que relacionam o uso de telefones celulares ao declínio da fertilidade masculina. Segundo o relatório, adolescentes e homens que guardam seus celulares nos bolsos das calças podem ter menor número de espermatozóides (e menor mobilidade nestes).

O estudo também relata que França, Rússia, Reino Unido, Alemanha, Bélgica, Índia e Israel já chamaram a atenção para o uso de celulares por crianças, preocupados com seus efeitos.

– Nas crianças os efeitos podem ser ainda maiores, porque nelas a reprodução das células ocorre mais amiúde – explica Álvaro de Salles, remetendo à questão da mutação possivelmente provocada pela exposição prolongada à radiação. – E estamos falando de celulares, mas na audiência do Senado americano também se falou de tecnologias wireless como WiFi, Bluetooth, WiMax… No Brasil temos o projeto Um Computador por Aluno (UCA), que prevê o uso de tecnologias sem fio na sala de aula, o que pode ser nocivo às crianças.

Os alertas das pesquisas, entretanto, estão muito longe de ser unanimidade na comunidade científica. DIGITAL entrevistou um físico e três médicos que rejeitaram sem hesitar a relação comprovada entre celulares e tumores. O físico Gláucio Lima Siqueira, do Centro de Estudos em Telecomunicação da PUC-Rio, não deixa pedra sobre pedra no tema.

– Há 15 anos esses estudos, que são apoiados por uma parcela ínfima da comunidade científica (2%), dizem o mesmo blablablá, que o celular é o maior veneno que o homem já conheceu etc. Esses pesquisadores pertencem a um grupo chamado BioInitiative, que apregoa isso há anos – conta. – Mas os outros 98%, como eu, acreditam que, como os níveis de radiação emitidos pelos celulares são muito pequenos, e estão totalmente dentro dos padrões de segurança estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Portanto, o efeito biológico disso é praticamente nulo.

Segundo Gláucio, é fato que as ondas eletromagnéticas interagem com o corpo humano, e tudo em excesso faz mal. Mas, além de os níveis nos celulares serem baixíssimos, há uma confusão disseminada quanto à natureza da radiação celular.

– Confunde-se a onda eletromagnética abaixo da frequência ultravioleta (chamada não-ionizante) com a acima da frequência ultravioleta (ionizante). Esta última, sim, é perigosa – vem dos raios X, dos raios gama, dos próprios elementos químicos radioativos e assim por diante. A do celular (e usada em telecomunicações em geral) não é deste tipo. E, lembre-se, a OMS está com a maioria dos cientistas, o que não impede o debate, é claro.

O físico diz que os defensores dos perigos da radiação celular querem que a OMS baixe seus níveis de segurança para a indústria.

– Só que esses níveis já são tão baixos que isso não faz sentido.

A doutora Michelle Zimmermann, neurologista do Hospital Pasteur, diz que é muito difícil estabelecer e avaliar os reais níveis de radiação dos celulares, mesmo em estudos animais, e por isso há muita especulação na área.

– Na verdade, a maioria dos estudos a favor dessa relação radiação/males à saúde não se confirmou. O problema é que a metodologia dessas pesquisas é mal feita, e a comunidade científica não a aceita com tranquilidade. A maioria aponta como efeito “um tumor cerebral” genérico, e existem inúmeros tipos de tumores, com fatores distintos. Mesmo os mais bem feitos são inconclusivos, e por vezes têm amostras insuficientes de pacientes.

A mesma dificuldade é apontada pelo doutor Arthur Martinez, chefe do Serviço de Emergência do Hospital São Lucas. Como fazer uma pesquisa idônea, comparando efeitos, se hoje praticamente o mundo inteiro usa celular?, pergunta-se ele. (São 4 bilhões de usuários no planeta e 164,5 milhões no Brasil.)

– A discussão é nebulosa. Todos os trabalhos existentes são observacionais, e falta-lhes substância científica. Para provar algo, é preciso pegar um grupo de pessoas com características físicas predeterminadas que nunca usou celular na vida (hoje muito difícil de achar), dividi-lo em dois, botar uma parte para usar celular e comparar os dois grupos ao longo de vários anos – explica.

O doutor Arnaldo Libman, do Centro e Reumatologia e Ortopedia Botafogo, afirma que todos os estudos nesse sentido são especulativos e que o real problema de saúde causado pelo celular é o dano na musculatura do pescoço, quando o seguramos com a cabeça inclinada para anotar algo.

– Isso pode causar dor e queimação no pescoço, descer para o braço e até para a mão, causando formigamento – diz.

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