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Por que encolhemos?

É comum os pais dizerem para seus filhos que não é a vovó quem está encolhendo, mas sim eles que estão crescendo e ficando cada vez mais altos. Pode ser uma resposta simpática para uma pergunta tão recorrente, mas a verdade é que sim, nós encolhemos ao passar dos anos. Esse fenômeno é natural e faz parte do processos de envelhecimento dos seres humanos. O organismo vai se modificando, desde os tecidos, que se tornam menos flexíveis, com perda de fluidos e hormônios, até a perda de força e estrutura de músculos e ossos. Esse fenômeno é conhecido como senescência, a biologia do envelhecimento. Acredita-se que até o efeito da gravidade contribui para esse encolhimento.

Segundo o ortopedista, independente da idade, mesmo pela manhã os nossos ossos ficam menores, devido a perda de líquido durante a noite de sono. Uma pesquisa realizada recentemente na Alemanha, com 1200 adultos, com uso de raio-X e outros exames, permitiu a construção de um banco de dados sobre o que acontece com a altura dos discos e a forma da coluna vertebral com a chegada à terceira idade. Essa pesquisa traz uma polêmica para o centro das atenções: há uma redução dos discos que ficam entre os ossos ou a altura dos discos aumenta com a idade? A diminuição da estatura é causada pelo fato de os ossos ficarem mais comprimidos?

A pesquisa revelou que os discos da parte baixa das costas, da lombar, aumentaram de altura até as pessoas atingirem 70 anos, em ambos os sexos. Ao mesmo tempo, a principal parte das vértebras ficou menor com a idade. O centro dos ossos aparentava ter baixado seu nível de propriedades. A parte superior de cada osso sofreu alteração em sua densidade, passou a ter massa mais reduzida se comparada com a inferior. A concavidade aumentou em toda a extensão.

Essa pesquisa indica que o encolhimento é provocado pelas mudanças nos ossos mesmo e não nos discos entre eles. A coluna vertebral é formada por várias vértebras, que são ligadas por articulações, os chamados discos intervertebrais. Esses discos são constituídos de material fibroso (ânulo fibroso) e gelatinoso (núcleo pulposo) que desempenham a função de amortecedores e são responsáveis pela mobilidade. O que diminui de tamanho são as vértebras, que sobrepõem-se umas às outras, integrando o canal vertebral.


A importância da densitometria óssea no combate à osteoporose

O risco de fratura de quadril em decorrência de osteoporose é considerável em homens de 65 anos ou mais, embora inferior ao das mulheres da mesma faixa etária. Foi o que revelou uma pesquisa exclusiva realizada pela ONG Instituto Ortopedia & Saúde, que também observou que a incidência de osteopenia na coluna é maior entre os homens – 50% contra 43% das mulheres analisadas. O estudo aponta que mesmo assim a maioria dos homens não tem o hábito de realizar exames específicos dos ossos, fato que impede a prevenção.

“Existe uma falsa impressão de que as mulheres idosas é que sofrem com a osteoporose. Essa doença óssea atinge ambos os sexos. A questão é que os homens em geral desconhecem o problema”, concorda Eduardo Sadigurschi, reumatologista e fisiatra do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo. A pesquisa revela bem esse desconhecimento por parte dos homens: 80% dos homens que participaram do estudo fizeram exames específicos dos ossos pela primeira vez, ao contrário das mulheres, que já conhecem o problema há mais tempo. No caso delas, apenas 18% faziam o exame pela primeira vez. A pesquisa foi realizada com 250 homens e 250 mulheres, com 65 anos ou mais.

A pesquisa utilizou exames, entre os quais a densitometria mineral óssea, moderno método que mostram o estado dos ossos, principalmente no que se refere à quantidade de cálcio. Em ambos os casos foi detectada perda de massa óssea. “As mulheres tendem a sofrer de osteoporose mais cedo, por conta da baixa hormonal na fase da menopausa, que faz com que percam massa óssea em média dez anos antes dos homens. Este exame – a densitometria óssea – é muito importante pois detecta a possibilidade de fratura de quadril nas pessoas em um horizonte de dez anos. Com os resultados deste exame, é possível fazer um intenso trabalho de prevenção”, comenta o médico do CREB.

A osteoporose se caracteriza pelo enfraquecimento dos ossos, tornando-os vulneráveis a pequenos traumas. Segundo o reumatologista, é uma doença assintomática, ou seja, sem sintomas, lenta e progressiva. “Esse silêncio muitas vezes faz com que a doença só seja diagnosticada quando ocorre uma fratura, principalmente nos ossos do punho, colo de úmero e quadril. Daí a importância de se consultar com um especialista e realizar a densitometria óssea. A melhor forma de se prevenir, e buscar uma melhor qualidade de vida, é realizar atividade física regular, tomar sol e manter uma alimentação rica em cálcio, encontrado principalmente no leite e derivados”, finaliza o Dr. Haim Maleh.


Babysling, a melhor solução para dar colo ao bebê

Ao lado de amamentar, carregar o bebê no colo é considerada uma das atividades mais prazerosas na relação mãe e bebê. Mas se o prazer se justifica pelo afeto e carinho, há que se concordar que muitas vezes essa atividade provoca intensas dores na coluna. E quanto mais cresce a criança, maior é a dor. A ponto que em determinados casos a mãe precisa até evitar pegar a criança no colo para não agravar seu quadro de dor.

“Dores na coluna são uma reclamação comum entre mães de bebês. E essas dores perduram até a criança chegar aos dois anos, período no qual o colo é uma constância. As transformações do corpo para abrir espaço para o desenvolvimento do feto no útero durante a gestação incluem a movimentação dos ossos da coluna. Após o parto, ainda com os ossos e músculos voltando a seus lugares, a mãe já entra na maratona de carregar o bebê. Essas dores podem se transformar em um problema crônico”, explica Haim Maleh, fisiatra e reumatologista do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

Segundo ele, é justamente para diminuir o peso que sobrecarrega a coluna e, conseqüentemente, evitar as dores, que diferentes povos buscam suas soluções. As mães africanas, indianas e índias nativas das Américas há milhares de anos desenvolveram uma técnica para prender seus bebês aos seus corpo para transportá-los ou mesmo para possibilitar o trabalho do dia a dia. É inspirado nesta técnica que se difundiu nos Estados Unidos o que eles chamam de babysling, que nada mais é do que uma faixa de dois metros de comprimento que amarrada nas pontas forma uma espécie de bolsa, onde é colocado o bebê. No Brasil esta técnica vem sendo cada vez mais difundida.

“O babysling é muito prático, pois deixa as duas mãos da mãe livres, para a execução de qualquer tarefa. E o bebê fica muito bem acomodado. Além disso, a proximidade permite que os bebês escutem os batimentos cardíacos da mãe, o que traz a sensação do aconchego do útero. O peso fica muito bem distribuído, oferecendo a mulher menos esforço porque o pano tem pontos de apoio nos ombros e nas costas. E se não bastasse, o acessório oferece muita segurança, pois o babysling é fechado com argolas e até velcro. As únicas recomendações que fazemos é que os pais verifiquem se a costura está em bom estado e se o pano não está cobrindo o rostinho do bebê. Também é preciso lembrar que o acessório não é adequado para uso ao andar de bicicleta e que no carro o certo é fazer uso da cadeirinha presa ao banco. Por último, uma dica: se vor utilizar o babysling por um longo período, faça alongamentos antes e depois”, finaliza o médico do CREB.