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Fumantes têm mais probabilidade de apresentar dores lombares

O American Journal of Medicine publicou, em sua edição de janeiro, um estudo que indica que fumanetes, especialmente os mais jovens, têm mais probabilidade de apresentar dores lombares do que pessoas que nunca fumaram. Para chegar a esta conclusão, cientistas do Finnish Institute of Occupational Health se aprofundaram em 40 diferentes estudos de várias partes do mundo, de 1966 a 2009, que relacionaram dores lombares, fumantes, ex-fumantes e pessoas que nunca fumaram.

Os cientistas concluíram que as pesquisas sugerem uma associação clara entre o fumo e a dor, apesar dos dados não provarem efetivamente que o tabagismo leva à dor nas costas. “Não se sabe exatamente qual é a relação entre o ato de fumar e a dor nas costas, mas acredita-se que há uma redução do fornecimento de sangue para a espinha dorsal, que há um risco mais alto de osteoporose e que há circulação aumentada de substâncias relacionadas à dor no organismo dos fumantes”, explica Haim Maleh, fisiatra e reumatologista do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.


Os cuidados na compra de uma nova mochila

Início do ano letivo, é hora de comprar material escolar. Um dos itens desta extensa lista merece um atenção especial: a mochila. Ainda que a criança queira escolher o modelo, com a estampa de seu personagem preferido, os pais precisam tratar a compra da mochila como uma questão de saúde. “O peso em excesso pode dar origem a problemas na coluna para o resto da vida, comprometendo a qualidade de vida daquela criança. Mochilas muito pesadas e inadequadas geram dor nas costas, postura incorreta e desvios na coluna vertebral, entre outros problemas”, alerta o ortopedista João Marcelo Amorim, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

O médico do CREB explica que é preciso estar atento não apenas ao modelo escolhido, como também a forma como a mochila é utilizada. Segundo ele, um dos erros mais comuns é a utilização da mochila em apenas um dos ombros, sobrecarregando um lado do corpo. “O certo é utilizar a mochila sempre com as duas correias uma em cada ombro, independente do peso carregado. Além disso, na hora de arrumar a mochila, é importante colocar os objetos mais pesados no fundo, próximo ao corpo”, ensina o Dr. João Marcelo Amorim, pontuando que a mochila deve ficar posicionada a oito centímetros acima da cintura e que o peso que ela carrega nunca deve ultrapassar a 10 % do peso da criança ou adolescente. “Outra dica importante é levar somente o que for necessário. As vezes, por preguiça ou esquecimento, a criança leva livros que não serão utilizados naquele dia, carregando peso a mais sem necessidade”, acrescenta.

Em relação ao modelo de mochila a ser escolhido, o ortopedista dá as seguintes dicas: o tamanho da mochila deve ser adequado ao tamanho da criança, não ultrapassando os limites da cintura e dos ombros; a mochila vazia não deve pesar mais de um quilo e as alças devem ter enchimento interno de silicone para maior conforto e, se possível, cinta abdominal. Há modelos com rodinhas que facilitam o transporte quando se carrega muito peso. “Uma boa dica é os pais comprarem a mochila com os filhos, para que possam checar se o tamanho é o ideal e, claro, para os filhos escolherem cor e padrão de estampa”, finaliza o médico do CREB, lembrando que ao menos sinal de dor na coluna, o correto é procurar um ortopedista para uma avaliação.


Travesseiro inadequado provoca problemas na coluna cervical

Uma recente pesquisa realizada pelo Hannover Medical School, na Alemanha, e publicada no jornal científico International Journal of Rehabilitation and Research, indica que dores na coluna, no pescoço, torcicolo e cansaço podem ser conseqüências de uma noite mal dormida com um travesseiro inadequado. A pesquisa reuniu 149 pessoas que sofriam com dores na coluna cervical para um teste: um grupo utilizou o travesseiro considerado correto e o outro utilizou o travesseiro habitual. Depois de um ano, o grupo que utilizou o travesseiro correto deixou de sentir os desconfortos na região do pescoço e passou a acordar mais descansado.

“Esse desconforto tem reflexos no dia a dia e pode trazer problemas mais sérios, influindo na qualidade de vida da pessoa. O travesseiro inadequado pode provocar, ainda, dormência nas mãos. A longo prazo, pode trazer dor crônica nas costas, artrose, pequenos desgastes nas vértebras, e desvio na coluna. O uso do travesseiro inadequado fazer com que a pessoa acorde com aquela sensação ruim de que não dormiu bem, não descansou. É importante observar, no entanto, que esses sintomas são também muitas vezes causados por outros fatores como genética, erros de postura, obesidade, falta de atividade física e movimentos repetitivos”, explica Eduardo Sadigurschi, fisiatra e reumatologista do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

O médico do CREB explica que a forma correta para dormir é de lado, pois assim a coluna permanece alinhada. “As pernas devem estar dobradas, com os joelhos flexionados, em posição fetal, o que ajuda a aliviar a tensão da lordose lombar – aquela curvatura logo acima do quadril”, ilustra ele, pontuando que dormir sem travesseiro é tão ruim quanto dormir com o travesseiro errado. “As pessoas que tem problemas para respirar ou refluxo, por exemplo, devem optar por modelos que mantenham o corpo mais elevado, para evitar um mal estar durante a noite. Basicamente, o mais importante é saber se o modelo escolhido ajuda a relaxar e não força a coluna, mas do que ele é feito também é um dos pontos a ser considerado. Quem tem alergia deve buscar tipos específicos. É preciso que o material permita ventilação, principalmente para quem transpira muito durante a noite”, explica. O Dr. Eduardo Sadigurschi lembra que travesseiros devem ser trocados regularmente, pois tem prazo de validade de uma  dois anos.