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Salto alto e samba: risco de lesões

Com a proximidade do carnaval, as academias de dança de salão recebem cada vez mais mulheres que querem aprender ou se aperfeiçoar no samba no pé. O interesse pelo samba aumenta nesta época do ano e é preciso “fazer bonito” na maior festa popular do mundo. Não há dúvidas de que sambar é muito bom para o corpo, mas dançar com salto alto, para quem não está acostumada, pode transformar o prazer em dor. E trazer problemas generalizados, que vão dos dedos dos pés à coluna lombar.

“Não há dúvidas de que o salto alto aumenta, e muito, o risco de lesões. A mulher que vai sambar deve ter consciência do tipo de calçado que irá usar. A gente sabe que o salto alto traz elegância para a mulher, mas se ela não está acostumada a sambar de salto alto poderá ter uma série de problemas. Sambar não é tão simples assim, exige muito do corpo”, alerta o ortopedista do CREBCentro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo, especialista em medicina do esporte, Dr. João Marcelo Amorim.

O médico do CREB explica que todos temos um eixo central, que nos oferece equilíbrio. “Quando uma mulher utiliza um sapato de salto alto, necessariamente altera este eixo porque força o posicionamento do pé para frente. Esta má posição e o desconforto do próprio sapato podem provocar uma série de problemas. Ainda mais quando a idéia é sambar, o que exige coordenação, equilíbrio e ginga. A situação pode se agravar se o sapato tiver salto alto e bico fino, que aperta os dedos dos pés”, explica o Dr. João Marcelo.

Segundo ele, os problemas podem começar no ante-pé (cabeça dos metatarsos), pois o uso do sapato de salto alto faz com que o pé fique inclinado, forçando essa região. “A mulher poderá ter uma lesão da cabeça da metatarso. A metatarsalgia ocasiona dor e calosidade no local”, explica o médico. E mais: como o pé fica constantemente inclinado, essa posição força a panturrilha, o que pode gerar uma tendinite. “O uso do salto alto também força a lordose, que causa lesões na musculatura da região lombar, trazendo dores na coluna e até problemas no joelho”, acrescenta.

– As mulheres que saem para sambar querem se divertir. Por isso, precisam estar adequadamente vestidas para isso, não é verdade? É preciso ter consciência do tipo de calçado que irá utilizar. Se por um lado o salto alto traz elegância, o sapato de salto baixo traz segurança e conforto. E, assim, a mulher pode sambar melhor, com mais prazer – finaliza o médico do CREB.


Acupuntura é cada vez mais utilizada contra inúmeras doenças

Recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) desde 1979 e reconhecida como especialidade médica pelo Conselho Federal de Medicina no Brasil em 1995, a acupuntura cada vez mais ganha espaço e é procurada para os mais diversos tratamentos, tanto para doenças crônicas como agudas. “A medicina chinesa entende que a doença geralmente se inicia a partir de um desequilíbrio energético. A acupuntura trata dessas alterações com maior eficácia, restaurando a saúde do paciente. Ela se preocupa com a causa do problema. Mas também pode representar um papel coadjuvante em caso de alterações orgânicas. A acupuntura deve ser utilizada como um tratamento complementar, que busca a melhora da qualidade de vida do paciente, diminuindo a ansiedade e trazendo mais qualidade ao sono e a resistência. Temos muitos exemplos onde a acupuntura atua eliminando as dores, como no caso de problemas da coluna vertebral”, explica o reumatologista e acupunturista do CREBCentro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo, Dr. Sérgio Rosenfeld.

A acupuntura utiliza-se de agulhas muito finas, que são colocadas em pontos específicos no corpo humano. É um processo indolor. “O primeiro passo é fazer uma avaliação clínica do paciente, quando abordamos tanto os aspectos da medicina alopática como da chinesa. A partir do diagnóstico, determinamos os pontos onde as agulhas serão colocadas. As sessões duram em torno de 20 minutos e muitas vezes os efeitos são imediatos. Em processos de longa evolução, a freqüência é semanal, mas pode ser intensificado em casos agudos”, diz o médico do CREB, que oferece aos seus pacientes salas específicas para a prática da acupuntura.

Dr. Sérgio reforça que a acupuntura pode e deve ser utilizada ao lado da medicina alopática. “É preciso, primeiro, diagnosticar o problema da pessoa e muitas vezes precisamos solicitar exames complementares. São avaliações que um médico reumatologista, fisiatra ou ortopedista fará para oferecer o tratamento adequado ao paciente. A acupuntura é uma excelente opção para reforçar ainda mais o tratamento”, finaliza ele.


Uso intenso de computador e videogame pode causar problemas muscoloesqueléticos em crianças

A utilização de computadores e videogames é cada vez maior e as crianças estão se dedicando cada vez mais precocemente a estas atividades. Segundo estudos brasileiros, crianças de três e quatro anos já brincam com computadores e videogames diariamente, ao menos por mais de uma hora consecutiva. Não há dúvidas de que a utilização de computadores e videogames trazem benefícios como o desenvolvimento de habilidades psicomotoras, estímulo e facilitação de pesquisas, acesso a atividades lúdico-pedagógicas e promoção da auto-estima, entre outros. No entanto, também há aspectos negativos, que preocupam muito os reumatologistas. “Cada vez são mais comuns casos que associam o uso intenso de videogames e computadores a manifestações musculoesqueléticas, como dedo em gatilho, tendinites, entre outros”, alerta o médico reumatologista e fisiatra do CREBCentro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo – Dr. Eduardo Sadigurschi.

O médico do CREB reconhece que é muito difícil tirar as crianças da frente de um monitor ou de um televisor, mas afirma que os pais devem limitar o tempo da atividade. Segundo o Dr. Eduardo, é preciso estar atento à postura da criança. “A ergonomia adequada está relacionada à postura e ao mobiliário utilizado para estas atividades. Crianças e adolescentes devem se sentar em cadeiras auto-ajustáveis para a altura, com as costas e pés apoiados e de modo a manter os olhos na altura e de frente para o monitor, com distância de 30 a 40 cm do usuário. O braço e o antebraço devem manter angulação de 90 graus, com alinhamento e apoio do antebraço, punho e dedos, de modo a evitar a angulação com o teclado”, explica ele.

Organizações na área de saúde recomendam que as crianças e adolescentes não passem mais de 2 horas diárias entretidos com o computador ou videogame. “A cada hora dedicada a estas atividades, é importante que a criança dê uma pausa para relaxar e se alongar. Entre crianças menores isso é fácil, pois elas param para comer, ir ao banheiro ou mesmo para ir até um adulto contar o resultado do seu jogo. Já com os adolescentes é preciso firmar um compromisso, pois se deixar eles ficam diante do computador ou do videogame por horas e horas”, acrescenta o médico do CREB.

– Obviamente que reconhecemos que o uso do computador e do videogame é, para as crianças e adolescentes, algo muito divertido. E tem seus benefícios. Mas é preciso controlar o tempo dedicado a estes jogos e, o mais importante, nunca deixar de praticar atividades físicas regulares. E se a criança passa muito tempo diante da tela e, depois, se queixa regularmente de dores nas costas, por exemplo, é preciso levá-la para uma avaliação médica. É muito importante ter consciência disso – finaliza o Dr. Eduardo Sadigurschi.