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Pacientes com dores crônicas na coluna lombar: tratamentos de reabilitação antes de procedimentos cirúrgicos

Pacientes com dores crônicas na coluna lombar devem se submeter a tratamentos de reabilitação antes de qualquer procedimento cirúrgico. Esta é a conclusão de estudos científicos recentes, como artigo publicado em 1 de maio, no Journal Spine, e no guia da American Pain Society (APS), que divulgou estudo de pesquisadores da Oregon Health & Science University, com 161 pacientes com lombalgia.

Os pacientes pesquisados pelos médicos da Oregon Health & Science University foram divididos em dois grupos – aqueles que obtiveram tratamentos de reabilitação e os que seriam submetidos a procedimentos invasivos de imediato. A pesquisa comprovou os benefícios dos tratamentos de reabilitação aplicados a pacientes com dores na coluna lombar sem radiculopatia, naqueles que apresentavam alterações degenerativas na coluna,  em casos de dores persistentes e de sintomas que prejudicavam a mobilidade do paciente. De acordo com o médico responsável pelo guia, o Dr. Roger Chou, acredita-se que “todos os pacientes devem ser beneficiados ao manter a forma e fazer exercícios orientados caso a caso, como hidroterapia, RPG e acupuntura, entre outras medidas, além da prescrição de medicamentos”.

Segundo o fisiatra e reumatologista Haim Maleh, os resultados observados na prática diária do Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo – CREB – são similares aos encontrados pelos pesquisadores da Universidade de Oregon. “Temos uma experiência muito grande com atendimentos a pacientes com dores crônicas na coluna lombar. No CREB, incluímos a prática da hidroterapia, através de um programa apropriado a esses tipos de lombalgia, quando alcançamos uma maior rapidez e sucesso nos resultados do tratamento”, afirma o médico.


Força muscular e qualidade de vida na terceira idade

A força muscular atinge o seu ápice entre os 20 e 30 anos de idade, com leve perda ou manutenção até os 60 anos. A partir daí, há uma perda de 15% da força muscular a cada década subseqüente. Um idoso de 80 anos, por exemplo, tem sua força muscular reduzida em 30%, o que pode comprometer sua qualidade de vida.
 
Segundo o reumatologista e fisiatra Haim Malech, do Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo – CREB, “a força muscular está relacionada a independência funcional de cada indivíduo e pode ser definida como a quantidade máxima de força que um músculo ou grupo muscular é capaz de gerar durante um movimento específico. Atualmente há uma grande preocupação com a qualidade de vida na terceira idade, sendo a mesma influenciada pela capacidade cognitiva e física. Entre pessoas com idade acima de 80 anos, as estatísticas apontam que 57% dos homens e 70% das mulheres são incapazes de realizar trabalhos domésticos pesados”.

– A independência funcional é fundamental para o aumento da atividade física, refletindo diretamente na densidade mineral óssea. Logo, chegar à terceira idade de forma ativa pode ser um dos fatores que impedem a redução drástica da densidade mineral óssea nessa faixa etária. E isto pode ser realizado controlando a densidade óssea e a qualidade muscular do idoso – explica o médico do CREB.

O Dr. Haim diz que o melhor remédio é a prevenção, através da prática regular de exercício físico, dentre eles o pilates, associado a técnicas especificas de alongamento e fortalecimento muscular com o RPG, atividades oferecidas pelo CREB, com a supervisão de médicos. A consulta a um especialista é, aponta o médico, é o primeiro passo para a busca da prevenção e, conseqüentemente, da qualidade de vida.


De volta a atividade física? É preciso fazer uma avaliação postural

Os campeonatos regionais de futebol começaram mas, como todos os anos, só começam a esquentar após quatro ou cinco rodadas. Não devido aos resultados, mas ao condicionamento físico dos jogadores, que chegam das férias fora de forma. “Todos os clubes cumprem o que chamam de pré-temporada. Geralmente, viajam para uma outra cidade, onde treinam em tempo integral. Obviamente que os treinadores aproveitam esse tempo para trabalhar a parte tática e técnica, mas o objetivo principal é recondicionar fisicamente os jogadores. A preparação física não vislumbra apenas a parte cardio  respiratória, mas trambém a muscular, para evitar, assim, lesões, distensões e estiramentos”, explica o ortopedista do CREBCentro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo – e especialista em medicina do esporte, o dr. João Marcelo Amorim.

O médico do CREB utiliza o exemplo dos atletas de futebol para alertar sobre algo muito sério. Segundo ele, é muito comum pessoas que estão fora de forma, em longos períodos de inatividade, começarem a praticar esportes sem realizar uma avaliação postural. “Quando muito, a pessoa procura um cardiologista para avaliar a parte cardio respiratória. Mas dificilmente vai ao consultório de um ortopedista para avaliar sua postura. Os jogadores de futebol fazem essa avaliação, no começo da temporada, para evitar problemas sérios, como as temidas distenções e estiramentos. O mesmo deve acontecer com quem está iniciando atividades regulares após longo tempo de inatividade física. Os riscos são grandes, é preciso contar com a orientação de um especialista”, explica o ortopedista.

– Os cardiologistas são procurados porque as pessoas sabem que existe risco de óbito, mas ortopedistas também precisam ser consultados para que se faça uma avaliação postural, avaliando angulações articulares, desvios posturais, desnível de membros inferiores, diferença de musculatura entre membros e, também, encurtamentos, entre outros itens. A partir desta avaliação, podemos evitar lesões que podem ser sérias e afastar a pessoa do objetivo de se exercitar regularmente – explica o dr. João Marcelo Amorim.