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Disfunção miccional no climatério: fisioterapia tem ótimos resultados

Estamos vivendo mais, em parte pela melhora da qualidade de vida mas também dos avanços da medicina e da assistência médica. Em decorrência da maior expectativa de vida da população, cada vez mais mulheres atingem a menopausa. É comum mulheres, que s...

Estamos vivendo mais, em parte pela melhora da qualidade de vida mas também dos avanços da medicina e da assistência médica. Em decorrência da maior expectativa de vida da população, cada vez mais mulheres atingem a menopausa. É comum mulheres, que se encontram no climatério, apresentarem incontinência urinária, prevalecendo a de esforço.

“A incontinência urinária de esforço é quando o indivíduo tosse, espirra, dá gargalhadas ou levanta peso e perde urina involuntariamente. Nas mulheres, isso pode ocorrer devido a diminuição do hormônio estrogênio, que está intimamente ligado a manutenção do trofismo da vagina e do sistema esfincteriano uretral, assim como na adequada inervação deste”, explica a fisioterapeuta Nicole Durham, do staff de reabilitação do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

A boa notícia é que a fisioterapia traz excelentes resultados, devolvendo a qualidade de vida perdida. Segundo Nicole, a fisioterapia do assoalho pélvico vai atuar no fortalecimento da musculatura associada ou não a reposição hormonal. “Na sessão de fisioterapia são utilizados os recurso de biofeedback, eletroestimulação, instruções comportamentais e cinesioterapia específica para as situações de perda urinária”, pontua a fisioterapeuta.


Bexiga Hiperativa pode ser tratada, com sucesso, com fisioterapia

Bexiga Hiperativa pode ser tratada, com sucesso, com fisioterapia   Estatísticas apontam que mais de 30% das pessoas com idade acima de 75 anos são afetados pela Síndrome da Bexiga Hiperativa (BH). A doença afeta negativamente a qualidade de vida, ca...

Bexiga Hiperativa pode ser tratada, com sucesso, com fisioterapia

 

Estatísticas apontam que mais de 30% das pessoas com idade acima de 75 anos são afetados pela Síndrome da Bexiga Hiperativa (BH). A doença afeta negativamente a qualidade de vida, causando isolamento social, frustração, ansiedade e até depressão. “A Sociedade Internacional de Continência (ICS) define a Síndrome da Bexiga Hiperativa como urgência miccional, com ou sem incontinência de urgência, geralmente acompanhada por frequência e noctúria. O diagnóstico é clínico e é determinado quando afastada a infecção urinária ou outra causa evidente. Consiste na presença de contrações vesicais involuntárias durante a fase de enchimento, não permitindo o controle da bexiga. Isso gera desconforto, urgência para urinar e até perda miccional”, explica a fisioterapeuta Waleska Rocha, do staff de reabilitação uroginecológica do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

Segundo ela, a BH é causada por vários fatores, como diminuição da resposta inibitória do arco reflexo da micção pelo sistema nervoso central. “Doenças como o AVE podem contribuir para esse quadro. Também podemos encontrar causas miogênicas, como alteração estrutural e ultraestrutural primária do detrusor; e alterações do urotélio, que podem aumentar as informações aferentes, que são interpretadas pelos centros superiores como uma necessidade imperiosa de urinar. Quando a causa é indeterminada, ela é chamada Bexiga Hiperativa Idiopática”, explica.

A Bexiga Hiperativa, ressalta Waleska, tem tratamento, devendo ser cuidada o mais cedo possível. “A Fisioterapia é um tratamento conservador simples, de baixo custo e é considerado de primeira linha no trato da Bexiga Hiperativa. De natureza não invasiva e com pouquíssimas contraindicações, proporciona a reabilitação do assoalho pélvico através de exercícios de contração e relaxamento da musculatura, com uso de eletroestimulação e biofeedback. Seu resultado é comprovadamente eficaz, levando a bexiga a contrair menos e oferecendo ao paciente a consciência do próprio corpo e o controle da micção”, finaliza a fisioterapeuta do CREB.


Como tratar de uma lesão do ligamento cruzado anterior

É comum ouvirmos falar que um determinado jogador de futebol ficará afastado de suas atividades profissionais por conta de uma lesão no ligamento cruzado anterior. O mesmo acontece com atletas de outras modalidades, como tênis, basquete e atletismo....

É comum ouvirmos falar que um determinado jogador de futebol ficará afastado de suas atividades profissionais por conta de uma lesão no ligamento cruzado anterior. O mesmo acontece com atletas de outras modalidades, como tênis, basquete e atletismo. Mas por que essa lesão é tão comum, principalmente no esporte?

“O ligamento cruzado anterior (LCA) possui, dentro da biomecânica, importante papel na estabilidade do joelho. Auxiliado pelo ligamento cruzado posterior (LCP), ele mantém o contato das superfícies articulares do fêmur e da tíbia, nos movimentos de flexo-extensão Durante a flexão o LCA é responsável pelo deslizamento do côndilo femural para frente e seu rolamento para trás e corresponde ao fator passivo que explica este mecanismo entre côndilos e platôs tibiais. Assim, como no caso das fibras musculares, as fibras do LCA não são todas-solicitadas ao mesmo tempo. Trata-se de um verdadeiro recrutamento no decorrer do movimento devido a desigualdade no comprimento de suas fibras que variam de acordo com a posição e local de inserção. Durante a flexão do joelho entre 90° e 120°, por exemplo, as fibras ântero-inferiores do LCA estão afrouxadas e as póstero- superiores estão tensionadas. Na extensão completa, o LCA como um todo está tenso, sendo, por isso, um dos “freios” da hiperextensão. Os movimentos de rotação, também tensionam o LCA. A rotação interna provoca um contato mútuo entre os ligamentos cruzados que se enrolam, tensionando-se mutuamente. A partir dos 15°- 20° de rotação externa o LCA começa a tensionar-se cada vez mais, enrolando-se sobre a face axial do côndilo femural externo, quando a rotação externa prossegue. O LCA, portanto, está sempre tenso em algumas de suas fibras, independentemente da angulação de movimento em que o joelho se encontre”, explica a fisioterapeuta Tatiana Matos, do staff de reabilitação do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

Segundo ela, é possível dividir os mecanismos de lesão em lesões associadas e isoladas. “As lesões associadas são, por exemplo, um traumatismo em valgo, mais flexão e rotação externa, acarretam, sucessivamente, seguindo uma força crescente: lesão do LCM, LCA e desinserção do menisco medial. Este mecanismo de lesão é muito comum em esquiadores e pode vir associado à lesão da musculatura da pata de ganso que tenta conter o valgo. Quando ocorre um deslocamento completo através de hiperextensão maior que 30°, há rotura primeiro do LCP (Ligamento Cruzado Posterior) e depois do LCA. Uma força posterior direta contra a extremidade superior da tíbia provoca um deslocamento anterior enquanto o joelho é fletido, e produz a lesão do LCA geralmente associada com uma lesão oculta do LCP e cápsula articular. Já as lesões isoladas acontecem durante o movimento forçado de flexão, varo, rotação interna, os ligamentos cruzados enrolam-se, o compartimento lateral se abre e o côndilo interno do fêmur pressiona o LCA, lesando-o. A rotação interna da tíbia quando o joelho é estendido pode produzir uma rotura isolada do LCA pois tanto a porção póstero – lateral quanto a ântero-medial deste ligamento estão tensas neste movimento”, explica a profissional.

Para tratar de uma lesão no ligamento cruzado anterior, é preciso de mobilização patelar, isometria para ganhar amplitude de movimento (ADM), imobilização de joelho em extensão, controlar o edema e a dor, deambulação com muletas sem apoio do membro operado, mobilização passiva continua (CPM). Na segunda fase do tratamento, relata Tatiana, é feita a deambulação com carga parcial com auxílio de muletas e imobilizador em extensão, exercícios isotônicos sem carga, exercícios para flexão e extensão de joelho, propriocepção sem carga de peso, alongamentos leves. Depois, é preciso realizar exercícios específicos de cadeia cinética fechada (CCF), elevação da perna com peso, bicicleta, alongamentos mais fortes, e iniciam-se trotes em linha reta e com mudança de direção. Na última fase do tratamento, os pacientes continuam a realizar alongamentos e começam os exercícios de cadeia cinética aberta (CCA), além de atividade esportiva, corrida em linha reta, mudança de direção, corrida em oito, por exemplo e musculação, liberando o paciente para praticar suas atividades. No CREB temos protocolos em que incluímos hidroterapia, RPG, pilates e acupuntura, buscando o alívio da dor.