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Estudo revela que homens acima de 65 anos, quando estão utilizando estatina, realizam menos atividade física

Um recente estudo publicado na Jama Internal Medicine revelou que homens acima de 65 anos, quando estão utilizando estatina, realizam menos atividade física. A estatina é um medicamento utilizado para o controle de colesterol, e a população estudada...

Um recente estudo publicado na Jama Internal Medicine revelou que homens acima de 65 anos, quando estão utilizando estatina, realizam menos atividade física. A estatina é um medicamento utilizado para o controle de colesterol, e a população estudada pelos pesquisadores era formada por participante de um programa para avaliação de fratura osteoporótica, onde a realização de atividade física é fundamental para o ganho de massa óssea.

Apenas no Brasil, dez milhões de pessoas sofrem com a osteoporose, uma doença silenciosa, que enfraquece os ossos e, exatamente pela fragilidade dos ossos, aumenta consideravelmente a probabilidade de fraturas. Realizar exercícios físicos, optar por uma dieta rica em cálcio e tomar banho de sol regularmente são atitudes fundamentais para prevenir a doença, diz Haim Maleh, professor de Reumatologia da UFRJ e Fisiatra e Reumatologista do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

– Um dos fatores determinantes na fixação do cálcio é o chamado efeito piezo elétrico, que é a troca de cargas positivas e negativas entre a superfície e a patê interna do osso. Obtemos esse efeito quando ocorre a estimulação do osso. E isso pode ser gerado através de exercícios, como acontece com o fortalecimento muscular. É preciso haver sempre um acompanhamento profissional. A prevenção é sempre o melhor caminho. E a melhor forma de prevenir a osteoporose é praticar exercícios regulares, ter uma alimentação rica em cálcio e tomar sol sempre que possível – afirma o Dr. Haim Maleh.


Artrose em mulheres: maior consumo de leite, menor progressão da doença?

Um recente estudo realizado pela Universidade de Harvard analisou o fato de mulheres com hábito de consumo regular de leite apresentarem uma menor progressão da artrose de joelhos. A redução do espaço articular do joelho foi comparado entre mulheres...

Um recente estudo realizado pela Universidade de Harvard analisou o fato de mulheres com hábito de consumo regular de leite apresentarem uma menor progressão da artrose de joelhos. A redução do espaço articular do joelho foi comparado entre mulheres portadoras da doença ao longo de quatro anos pelos pesquisadores de Harvard. Naquelas que nunca consumiram leite, a redução do espaço articular foi de 0,38 mm ao longo de quatro anos. Em mulheres que consumiam até seis copos de leite por semana, a redução do espaço articular foi de 0.29mm. E em mulheres com consumo de sete ou mais copos de leite por semana, a redução foi de 0,26mm .
Portanto, além de ajudar a manter uma boa suplementação de cálcio para o fortalecimento dos ossos e prevenção de fraturas, o leite ajuda ao tratamento da artrose de joelho. “Recomendamos aos nossos pacientes que além da medicação, reabilitação física por meio da hidroterapia, exercícios específicos para o joelho e a viscossuplementação, incluam em sua dieta alimentar o leite”, afirma Haim Maleh, professor de Reumatologia da UFRJ e Fisiatra e Reumatologista do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo, que acaba de voltar de Paris, onde participou ativamente do Congresso Europeu de Reumatologia.


Artrite reumatóide: avanços terapêuticos devolvem qualidade de vida perdida

Nos últimos 25 anos, revelou um recente estudo britânico, houve um aumento considerável na expectativa de vida entre pacientes com artrite reumatóide

De acordo com essa pesquisa, a média da idade de morte dos paciente portadores da doença foi de 76,7 anos, entre os anos de 1986 a 1998, e de 86,7 anos entre 2002 a 2012. Isso representa uma queda de 3,5% no risco relativo para todas as causas de mortalidade a cada ano, no período de 1986 a 2012. A pesquisa relaciona a melhora da expectativa de vida desse grupo de pessoas aos avanços tecnológicos, que permitem um diagnóstico cada vez mais precoce da doença, além de avanços terapêuticos no tratamento em si.

Segundo Haim Maleh, fisiatra e reumatologista do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo – e professor de Reumatologia da UFRJ, a artrite reumatóide caracteriza-se por inflamação das articulações, provocada por uma reação inflamatória, com presença de algumas substâncias, entre elas a interleucina 6, que destroem progressivamente a cartilagem e os ossos ao redor das articulações, causando dor, edema e prejudicando sua função e limitando os movimentos.

“Além do comprometimento das articulações, ocorrem sintomas físicos como cansaço intenso, decorrente da anemia que a doença provoca. Os sintomas iniciais são fadiga inexplicável, rigidez prolongada das articulações pela manhã, além de edema e vermelhidão. Esse quadro muitas vezes é confundido com o reumatismo comum, o que retarda o diagnóstico correto e o início precoce do tratamento”, explica ele.

Para chegar ao diagnóstico da artrite reumatóide, explica o Dr. Haim, o reumatologista ana-lisa a história clínica do paciente, realiza exames físicos das articulações e solicita análise laboratorial, radiografias e, em algumas ocasiões, ultrassonografia das áreas acometidas. Exames de sangue também auxiliam na avaliação do processo inflamatório. Ele concorda com a pesquisa e pontua que a atrite reumatoide não tem cura, mas é possível devolver ao paciente a qualidade de vida perdida.

“A artrite reumatóide é uma doença de longa evolução. Há tratamentos, que estão cada vez mais avançados, sendo possível devolver ao paciente a qualidade de vida perdida. O tratamento traz alívio da dor, bem estar e, principalmente, pode evitar e prevenir alterações articulares, quando iniciado precocemente. O tratamento deverá sempre, além de medicamentos, contar com a reabilitação física, entre as quais eletroterapia, cinesioterapia, acupuntura e hidroterapia, que é uma medida de grande auxílio para esses pacientes, especialmente quando realizada em piscinas apropriadas, como nas que utilizamos no CREB“, finaliza o médico.