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Mesmo em estágio avançado, existe tratamento sem cirurgia para a artrose

A artrose é uma doença degenerativa, cuja característica principal é o desgaste da cartilagem protetora da estrutura óssea, o que acaba por afetar as articulações e comprometer os movimentos, principalmente de joelhos e quadris.  A atrose pode provocar muita dor e limitação expressiva do movimento. O problema é muito sério e os números comprovam isso: 17% da população acima de 45 anos e 65% dos idosos têm artrose e a Previdência Social afirma que e trata da segunda maior causa de prorrogação do auxílio-doença (10,5%) e a quarta causa de aposentadoria precoce (6,2%).

De acordo com o reumatologista do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo –, Marco  Antonio Arnez, a evolução da artrose é lenta e ela se instala aos poucos. “As pessoas só procuram um especialista quando as dores incomodam muito e a artrose compromete o movimento.  Artrose no quadril, por exemplo, provoca bastante dor e há restrições de movimento que acabam por comprometer a qualidade de vida do paciente. Muitas vezes, a pessoa não consegue sequer calçar um sapato.

O Dr. Marco afirma que o tratamento é individualizado e além de medicamentoso, utiliza-se de protocolos que incluem hidroterapia, acupuntura, RPG e fisioterapia convencional, com exercícios que melhoram a qualidade da musculatura e a amplitude do movimento.  “Atualmente, contamos com procedimentos que ajudam a melhorar a qualidade da cartilagem, diminuem sensivelmente a dor e recuperam o movimento perdido, eliminando a necessidade de uma cirurgia. Um especialista irá prescrever um tratamento individualizado”, finaliza ele.


Hidroterapia é cada vez mais utilizada no mundo inteiro

A reabilitação física em piscinas especiais, com água em torno dos 32 a 34 graus, vem sendo cada vez mais recomendada pelos médicos no mundo inteiro. Esta técnica, popularmente conhecida como hidroterapia, oferece uma recuperação mais rápida e eficiente para inúmeras doenças dos músculos, tendões e ossos. Mas não é somente aqueles que sentem dores na coluna ou no joelho, por exemplo, que estão se tratando na água. Pacientes com diagnósticos neurológicos, como acidente vascular cerebral (AVC), paralisia cerebral, hidrocefalia, traumatismo crânio-encefálico (TCE), sequelas de meningite, poliomielite, ELA ( Esclerose Lateral Amiotrófica), atraso no desenvolvimento motor e mal de Parkinson também se beneficiam da hidroterapia.

“Primeiro, é preciso ressaltar que se trata de uma atividade física prazerosa e mais fácil de se realizar. O paciente segue seu próprio ritmo. O trabalho físico na água promove o aumento da amplitude do movimento (ADM), melhora o equilíbrio e a coordenação motora do paciente, e oferece aumento da força muscular. Para pacientes ortopédicos recém-operados, a hidroterapia acelera o processo de recuperação. Isso sem falar que melhora a respiração, a circulação sanguínea, melhora a condição física e até a condição psicológica do paciente”, garante o fisiatra Antônio D’almeida, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

O médico do CREB ressalta que a hidroterapia também é excelente para cadeirantes e portadores de necessidades especiais. “O paciente é acompanhado, dentro da água, por fisioterapeutas qualificados, preparados para atender o paciente. Técnicas específicas são utilizadas para cada diagnóstico. E o contato com a água relaxa e promove reações físicas, nervosas, circulatórias e térmicas”, explica. O CREB conta com duas piscinas para a prática exclusiva de hidroterapia.


É preciso ter atenção à assimetria da coluna dos adolescentes

Os consultórios de especialistas em coluna recebem um número cada vez maior de adolescentes e engana-se quem crê que a culpa é apenas das mochilas pesadíssimas que estes jovens carregam, diariamente, entre suas casas e as escolas. “De fato, as mochilas estão cada vez mais pesadas e a recomendação é que não ultrapassem 10% do peso da pessoa. Mas temos recebido adolescentes entre 10 e 12 anos, idade em que estão no final da infância e início da adolescência, ou seja, em fase de crescimento, com cifose e, principalmente, escoliose. E ambas não são causadas pelas mochilas pesadas. São doenças consideradas idiopáticas, ou seja, surgem espontaneamente, com causas diversas, como erros de formação nas vértebras e assimetria da musculatura ou problemas neurológicos”, explica o fisiatra e reumatologista do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo – e professor de reumatologia da UFRJ, Haim Maleh.

O Dr. Haim diz que os pais precisam estar atentos ao crescimento de seus filhos, percebendo qualquer alteração na coluna. “Uma coluna normal, sadia, é reta e quando for olhada de lado, deve apresentar uma curvatura na região lombar e outra próxima do pescoço. Um adolescente com escoliose apresenta um desvio da coluna para a esquerda ou para a direita. As costelas seguem para um dos dois lados, como se formasse um s. Até 15º, essa curvatura é considerada normal. De 15º a 30º, trata-se de um sinal de alerta. Acima deste valor, é preciso investigar  e tratar. No caso da cifose, que é popularmente conhecida como corcunda, ao ser vista de lado a coluna apresenta uma curvatura acentuada na região torácica. De 20º a 40º, essa curvatura é normal. Acima disso, é preciso acompanhamento médico”, explica o Dr. Haim.

Segundo ele, uma boa dica para os pais observarem seus filhos é pedir que eles fiquem de pé e encostem os dedos das mãos nos pés. Desta forma, a coluna fica evidente, assim como alguma alteração. O médico sugere também que os pais notem a altura das escápulas, altura dos ombros e, nas meninas, uma diferença significativa das mamas,  procurando observar  possível assimetria.“A escoliose e a cifose afetam a qualidade de vida dos adolescentes e se não forem tratadas podem evoluir rapidamente. Ao menor sinal de dor, um especialista deve ser procurado. O ideal é que a partir dos nove anos de idade, a criança seja levada a um especialista para avaliação”, finaliza o médico.