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Dor no ombro pode indicar tendinite do manguito. Um médico deve ser consultado

Uma noite mal dormida, um esforço físico maior ou mesmo passar horas diante de um computador, praticamente na mesma posição, são ações corriqueiras,que acontecem no nosso dia a dia, e que as vezes resultam numa pequena dor no ombro. Muitas vezes, a pessoa prefere esperar a dor passar ou toma, por conta própria, algum analgésico. Na verdade, o problema pode ser muito maior, como, por exemplo, uma tendinite no manguito, ou seja, uma inflamação no conjunto de músculos do ombro.

“Dor no ombro pode ser uma inflamação que, se evolui, traz dor e limitação do movimento do membro. Um médico deve ser procurado, porque o problema pode evoluir, por exemplo, para um quadro de capsulite adesiva, ou seja, uma contratura da cápsula articular, que permite o movimento do ombro. Pode haver, também, até ruptura do manguito. Uma dor no ombro não deve ser encarada como algo corriqueiro. Um especialista deve ser consultado”, avisa o Dr. José Guilherme Serra Moura Correia, ortopedista especialista em ombro do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

Segundo o médico, o tratamento convencional, como medicamentos e fisioterapia, além de acupuntura, tem excelentes resultados. Mas quando o problema alcança um maior grau, o médico pode recomendar a TOC – Terapia por Ondas de Choque. São de três a quatro sessões de ondas acústicas, que alcançam a marca de 70 a 85% de bons resultados em pacientes que não obtiveram melhoria com outros tratamentos, evitando, em muitos casos, a cirurgia. A TOC está disponível no CREB.

– Uma simples inflamação no manguito é muito mais fácil de curar. Então, ao menor sinal de dor, um especialista deve ser procurado. Não se deve deixar para depois, para evitar a evolução do problema. Ninguém precisa sentir dor – afirma o médico.


Analgésicos podem mascarar a dor. Um especialista deve ser sempre consultado

Uma dor corriqueira pode ser combatida com um simples analgésico e logo logo a pessoa se sentirá melhor. Mas é preciso tomar muito cuidado com a automedicação, que é absolutamente condenada por todos os médicos. Afinal, somente um especialista pode receitar um medicamento, adequado ao quadro clínico apresentado. Uma pesquisa recente publicada no “Journal of Neuroscience” demonstra, por exemplo, que tomar analgésicos em demasia cria resistências do corpo e, assim, eliminam o efeito que o medicamento teria.

Segundo publicou o site G1, a pesquisa estudou a interação entre as moléculas do analgésico com os receptores, que são moléculas situadas na parede de cada célula humana. Estes receptores reagem às substâncias químicas que entram em contato com esta célula. “Até agora, os cientistas acreditavam que os ligantes (substâncias) serviam como interruptores para ligar ou desligar estes receptores, e todos produziriam o mesmo tipo de efeito, com variações na magnitude da resposta que eles obtêm. Agora sabemos que as drogas que ativam o mesmo receptor nem sempre produzem o mesmo tipo de efeitos no corpo, pois os receptores nem sempre as reconhecem da mesma forma”, explicou Graciela Pineyro, autora do artigo, em material divulgado pela Universidade de Montreal, no Canadá, onde ela trabalha.

Segundo os especialistas, entender a causa da resistência do corpo é importante para o desenvolvimento de novos tipos de remédios, que tragam respostas mais eficientes. O ortopedista Marcio Taubman, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo – lembra que o uso indiscriminado de analgésicos pode mascarar o problema. “Às vezes temos uma pequena contusão, que realmente um analgésico pode dar conta. Mas às vezes essa lesão pode ser mais séria. Apenas um especialista poderá avaliar o melhor medicamento para o quadro. Ao menor sinal de dor, o médico deve ser consultado”, lembra ele.


Osteoporose, um sério problema social

A osteoporose é um sério problema social. As estatísticas comprovam que essa doença representa um grande prejuízo nas contas públicas, porque 70% dos pacientes diagnosticados têm alguma morbidade e, por isso, recorrerão à previdência social. Daí a importância da disseminação da informação e a realização de um exame chamado densitometria óssea, tão recomendado pelos especialistas. Não é só: mais de 30% das mulheres na pós-menopausa e 15% dos homens acima de 50 anos são acometidos pela doença no Brasil e esta enfermidade é, hoje, a principal causa de fraturas por baixo impacto, especialmente em mulheres na pós-menopausa e em idosos, e pode levar a complicações sérias como dores crônicas, dificuldade para locomoção e deterioração da qualidade de vida.

O problema se torna mais sério ainda com o que revela uma pesquisa recente realizada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp): 90% dos entrevistados já tinham ouvido falar em osteoporose mas não sabem de detalhe algum sobre o assunto e em torno de 70% das mulheres e 85% dos homens que já haviam apresentado uma fratura por fragilidade óssea desconheciam que a mesma tinha sido causada pela osteoporose. Essa pesquisa conclui que o brasileiro não sabe como prevenir ou tratar essa doença e nem mesmo que especialista deve procurar. A falta de informação é um dos grandes problemas da osteoporose no Brasil.

“As pessoas só costumam se consultar quando sentem dores constantes. E mesmo assim quando estas dores começam realmente a incomodar e provocar uma perda considerável de qualidade de vida. A osteoporose é conhecida como uma epidemia silenciosa. Na maioria vezes, a dor surge apenas quando ocorrem numerosas fraturas, geralmente na coluna, o que traz dor crônica e até incapacidade”, explica o fisiatra e reumatologista Eduardo Sadigurschi, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo. “É importante divulgar a osteoporose, seus efeitos e tratamentos. A doença pode ser tratada e podemos oferecer ao paciente a qualidade de vida desejada. Os principais fatores de risco são idade avançada, baixo peso, raça caucasiana, histórico familiar, deficiência hormonal, dieta pobre em cálcio, uso de determinadas medicações como corticóides, fumo, álcool e uma vida sedentária”, completa o médico.

Segundo ele, outra estatística alarmante aponta que 40% das mulheres acima dos 50 anos vão desenvolver osteoporose em algum momento de suas vidas. Mas desse total, apenas 3 em cada 10 terão a doença diagnosticada. “As fraturas vertebrais aumentam em até 8 vezes a taxa de mortalidade. Isso demonstra como o assunto é sério. O diagnóstico desta enfermidade é feito através da densitometria óssea, um exame preciso, simples e indolor. Este exame pode prever o risco de fratura do paciente pelos próximos 10 anos. Assim, é possível prevenir sérios problemas no futuro. A prevenção começa cedo. É preciso ter uma dieta rica em cálcio desde a infância, manter atividade física regular, além de evitar o consumo de álcool e fumo”, finaliza ele.