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Acupuntura é cada vez mais utilizada em busca de uma melhor qualidade de vida

Há pelo menos três mil anos, a tradicional medicina chinesa utiliza-se da acupuntura para inúmeros tratamentos e alívio da dor. É cada vez maior o número de pesquisas, em todo o mundo, que comprovam a efetividade desta técnica milenar, que se utiliza de agulhas com a espessura de um fio de cabelo, aplicadas sobre pontos pré-determinados. O Hospital de Base de Brasília, por exemplo, realizou um estudo comprovando que o tratamento é um importante aliado na recuperação de pacientes submetidas à cirurgia para retirada da mama. Outras pesquisas internacionais apontam o uso da acupuntura, com benefícios, na recuperação de seqüelas provenientes de acidentes vasculares.

“A acupuntura se baseia na restauração do funcionamento neural do organismo. Ela promove uma neuromodulação de tudo que envolve o sistema nervoso central e periférico da pessoa. Além de provocar o alívio da dor, a acupuntura atua sobre a hipertensão arterial, transtornos do sono, síndromes de equilíbrio, asma, alergias, refluxos gástricos, disfunção erétil, incontinência urinárias e muitas outras patologias”, explica Haim Maleh, reumatologista e fisiatra do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

Um estudo do Centro Clínico da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, revelou o quão positiva pode ser a acupuntura no combate a dor e o enrijecimento articulares de pacientes que sofrem de câncer de mama e são tratadas com terapia hormonal. Outro estudo, do Northwestern Memorial Hospital e do Robert H. Lurie Comprehensive Cancer Center of Northwestern University, em Chicago, mostrou que a acupuntura traz uma melhor qualidade de vida e pode diminuir as dores neuropáticas dos pacientes de câncer. Há, também, o entendimento de que a acupuntura pode ajudar a combater problemas de origem psiquiátrica, além de dores físicas.

– A técnica da acupuntura é complexa. Há a necessidade de se estabelecer um diagnóstico minucioso, que deve ser feito por um médico habilitado. Na China, a acupuntura só pode ser exercida por uma pessoa graduada em medicina tradicional chinesa ou medicina ocidental. No Brasil, a acupuntura é reconhecida como especialidade médica desde a década de 80. Mas a prática da técnica não está limitada a médicos. No CREB, utilizamos a acupuntura em diversos protocolos  – finaliza o Dr. Haim Maleh.


Artrose: é possível ter uma melhor qualidade de vida, sem dor

Um estudo científico, realizado com mais de 3 mil adultos, na faixa etária entre 50 e 79 anos, demonstrou que as diferenças de comprimento dos membros inferiores acima de um centímetro podem ser causas de artrose dos joelhos, com o membro mais curto sendo afetado. O grupo foi observado por 30 meses. “É difícil diagnosticar essa condição de dismetria dos membros e a maioria das pessoas é assintomática. Pequenas diferenças, menores de um cm, podem ser corrigidas com uso de palmilhas dentro dos calçados. A pessoa precisa procurar um especialista”, explica Haim Maleh, reumatologista e fisiatra do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

A artrose é uma das mais comuns doenças reumáticas, que acomete tanto homens quanto mulheres, principalmente na terceira idade. Também conhecida como osteoartrose, osteoartrite, artrite degenerativa e doença articular degenerativa, é uma doença reumática que incide principalmente nas articulações dos joelhos, coluna, quadril, mãos e dedos. “Mais de 70% das pessoas, acima de 70 anos, tem evidência radiográfica desta doença, mas nem todas desenvolvem os sintomas”, afirma o Dr. Haim Maleh. “A artrose pode não apresentar sintomas no início, sendo diagnosticada através de exame radiográfico. O principal sintoma é a dor, que começa apenas com a movimentação da articulação afetada, melhorando com descanso, mas que pode progredir para dores até mesmo durante o repouso. Pode ocorrer também diminuição dos movimentos, ruído na articulação (crepitações), inchaço na articulação, deformidades e falta de firmeza ao realizar movimentos”, acrescenta ele.

– O tratamento deve ser iniciado o quanto antes, por isso ao menor sinal de dor constante um especialista deve ser consultado. O tratamento traz o alívio para a dor e melhora na qualidade de vida e pode ser medicamentoso e com fisioterapia, além de protocolos que incluem hidroterapia e acupuntura. A atividade física regular é essencial, bem como uma alimentação regrada. O reumatologista irá propor um tratamento individualizado para cada paciente – finaliza o médico do CREB.


Lúpus: tratamento pode oferecer excelentes resultados

O lúpus é uma doença de longa evolução sistêmica e de causa desconhecida, que acomete principalmente as mulheres, em sua maioria na faixa etária entre os 15 e 35 anos. Segundo Haim Maleh, fisiatra e reumatologista do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo, os sintomas variam de paciente para paciente, entre os quais dores articulares, manifestações de pele, principalmente nas áreas expostas ao sol, inflamação da pleura e do pericárdio, anemia, alterações dos glóbulos brancos e plaquetas e doença renal

“O diagnóstico da doença é clínico e laboratorial. É fundamental que a paciente se consulte com um reumatologista experiente, que identifique o lúpus e proponha o melhor tratamento”, explica o Dr. Haim Maleh. O tratamento, adianta ele, pode variar de acordo com o quadro clínico apresentado, sendo indicado, normalmente, anti-inflamatórios e, em alguns casos, corticoides. “O reumatologista prescreverá os remédios, mas faz parte do tratamento uma dieta equilibrada e saudável e a prática de exercícios físicos regulares. Uma observação importante é que a pessoa com lúpus não deve se expor ao sol. É preciso suar sempre bloqueadores solares. E a mulher com a doença pode engravidar, mas é preciso que o lúpus esteja controlado há pelo menos dois anos e que não haja doença renal”, acrescenta o médico do CREB.

– O lúpus não é contagioso, tem tratamento e ao contrário do que acontecia há duas décadas, o prognóstico é hoje muito favorável. Mas é preciso procurar um reumatologista – finaliza ele.