CONTEÚDO CREB SOBRE SAÚDE

News | Viva sem dor

 

Lombalgia: tratamento deve ser iniciado o quanto antes

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que 80% da população mundial sente, sentiu ou sentirá dor nas costas em algum momento da vida. Dessas dores, a dor lombar, conhecida como lombalgia, é a que estatisticamente mais leva pessoas aos consultóri...

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que 80% da população mundial sente, sentiu ou sentirá dor nas costas em algum momento da vida. Dessas dores, a dor lombar, conhecida como lombalgia, é a que estatisticamente mais leva pessoas aos consultórios médicos. Trata-se, segundo a entidade, uma doença de grande impacto para a economia mundial, pois acomete principalmente a população economicamente ativa, causando grande número de afastamentos temporários e indenizações trabalhistas.

A lombalgia é a que mais leva pessoas aos consultórios médicos

Segundo o Reumatologista Antônio D’Almeida Neto, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo – as principais causas da lombalgia são mecânicas, como movimentos bruscos, excesso de peso, mas também podem ser inflamatórias, nervosas e reumáticas. A flacidez muscular e a falta de condicionamento físico, por exemplo, podem ser causas da lombalgia. As dores vão aumentando, até se tornar um problema crônico. A degeneração dos elementos da coluna é uma das principais causas da doença. O disco invertebral, uma espécie de amortecedor de carga, envelhece, se desgasta e pode se tornar duro e quebradiço. É o que chamamos de degeneração discal. Esse disco pode inflamar e gerar dor nas costas”, explica o Dr. Antônio.

Ele explica que a coluna funciona como uma viga em balanço. “As vértebras são estruturas ósseas onde temos o corpo vertebral e processos espinhosos e transversos, por onde ancoram os ligamentos. Elas sobrepõem-se harmoniosamente, ligadas umas com as outras por discos intervertebrais, processos articulares, ligamentos e musculatura espinhal. Essa verdadeira viga suporta uma carga de peso. Obviamente que o excesso de peso irá comprometer essa viga”, explica o reumatologista. O Dr. Antônio observa que o funcionamento articular depende do equilíbrio entre a força muscular e sua flexibilidade, e um distúrbio sobre esse equilíbrio provoca dor se interferir em seu funcionamento. A coluna vertebral fica vulnerável e a dor é o sinal de que há algum problema acontecendo ali. Por isso é fundamental que ao menor sinal de dor, um especialista seja consultado”, avisa ele.

O tratamento é medicamentoso, com protocolos que incluem RPG, acupuntura, pilates terapêutico, hidroterapia e cinesioterapia, entre outros. “A prática de atividade física é essencial, assim como eliminar o sobrepeso. O tratamento devolve a qualidade de vida perdida, mas é muito importante que o paciente procure o médico o quanto antes, porque assim será mais fácil e mais rápido alcançar sucesso no tratamento”, define ele.


É possível evitar dores na coluna vertebral

Os números demonstram claramente o tamanho do problema: segundo a Organização Mundial da Saúde, nada menos do que 85% da população de todo o planeta tem, teve ou terá dores nas costas. Os hábitos da vida moderna reforçam tal situação. Segundo uma pes...

Os números demonstram claramente o tamanho do problema: segundo a Organização Mundial da Saúde, nada menos do que 85% da população de todo o planeta tem, teve ou terá dores nas costas. Os hábitos da vida moderna reforçam tal situação. Segundo uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde e pela Universidade de São Paulo, por exemplo, 80% das pessoas passam muito tempo diante do computador e da televisão. Ou seja, o comportamento sedentário pode causar vários problemas de saúde, entre os quais doenças na coluna.

Mas como fugir dessa estatística tão massacrante? A nova notícia é que, sim, é possível evitar dores na coluna com pequenos cuidados no dia a dia.

– Todos temos uma longa e exaustiva jornada de trabalho. É preciso estar atento ao seu corpo e, especialmente, à sua coluna. Uma pessoa que trabalha o dia inteiro sentada, diante de um computador, precisa se levantar a cada hora, fazer uma pequena caminhada e alongar pernas e braços. Uma pessoa que passa o dia inteiro em pé também precisa repetir esses alongamentos constantes, de hora em hora. Dá uma espreguiçada, alonga pernas e braços e volta a trabalhar. É simples e faz um bem danado – explica o ortopedista Marcio Taubman, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

A dor na coluna é um aviso

Erros e vícios de postura comprometem a coluna no dia a dia, alerta o ortopedista. De acordo com ele, ao menor sinal de dor, é preciso consultar um especialista.

– Muitas vezes, a pessoa acha que deu um mal jeito qualquer, toma um analgésico e pronto. Não é assim que deve acontecer. A dor na coluna é um aviso, e pode ser uma série de problemas diferentes. Um especialista precisa avaliar, mesmo porque quanto mais cedo começarmos a tratar, mais rápido teremos sucesso no tratamento – garante ele.

Márcio Taubman pontua que o sobrepeso, o sedentarismo, a má alimentação são inimigos da boa saúde da coluna. O exercício físico regular, por exemplo, é fundamental para fortalecer a musculatura e a coluna.

– Algumas dicas no dia a dia devem ser seguidas. Ao sentar, é importante que os pés estejam apoiados para que os joelhos fiquem levemente mais altos que o quadril. Ao atender o telefone, jamais apoie o gancho do aparelho entre o pescoço e o ombro. Flexione os joelhos ao se agachar, sempre, jamais utilize sapatos apertados e saltos alto em excesso, no caso das mulheres. Outra dica interessante é se espreguiçar algumas vezes ao dia. Mas, lembre-se: sentiu alguma dor, procure um especialista – finaliza ele.


Eletroneuro-miografia, um exame importante para dor na coluna, com irradiação para perna ou braço

A espondilose é uma doença degenerativa da coluna vertebral, que costuma acometer pessoas a partir dos 40 anos e cujos sintomas podem piorar progressivamente, principalmente se o paciente for sedentário, tiver sobrepeso ou ser obeso. “A espondilose a...

A espondilose é uma doença degenerativa da coluna vertebral, que costuma acometer pessoas a partir dos 40 anos e cujos sintomas podem piorar progressivamente, principalmente se o paciente for sedentário, tiver sobrepeso ou ser obeso. “A espondilose acomete principalmente as colunas cervical e lombar/lombossacral e envolve ossos (vértebras), ligamentos, articulações entre as vértebras e discos intervertebrais. Vai desde um osteófito, conhecido popularmente como bico de papagaio, até uma hérnia de disco, com possibilidade de compressão dá raiz nervosa e dá própria medula. É uma artrose na região”, explica o reumatologista Eduardo Sadigurschi, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

A Eletroneuromiografia estuda as estruturas do sistema nervoso

Segundo o Dr. Eduardo, dependendo do quadro do paciente, os sintomas mais comuns são dor, sensação de queimação,formigamento, sensação de edema, mesmo sem estar inchado e fraqueza muscular, nos membros superiores, no caso da espondilose na coluna cervical, ou nos membros inferiores, no caso da doença na coluna lombar/lombossacral. “Temos disponível no CREB um exame chamado eletroneuromiografia, que tem como objetivo estudar as estruturas do sistema nervoso.

Esse exame é fundamental em casos como esse, pois por meio dele podemos testar a condução nervosa que têm origem nos diversos níveis da medula e com esta análise é possível avaliar se existe ou não lesão compressivas, síndrome do túnel de carpo ou mesmo outro tipo de neuropatia. Os sintomas podem ser fruto de doença articular ou motivados pela compressão nervosa. Popularmente, essa compressão é chamada de dor ciática, quando nos membros inferiores”, explica o médico.

Ele explica que as dores ou formigamento da coluna lombar, que se irradiam para uma ou duas pernas, acontece por compressão das raízes nervosas na coluna vertebral. O mesmo vale para as dores da coluna cervical, que se irradiam para os braços, pontua ele. “As raízes são um prolongamento da medula, por onde saem os neurônios que, adiante, formarão os nervos. É muito importante realizar esse exame, para a tomada de decisão do melhor tratamento”, finaliza o Reumatologista do CREB.