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Pilates, uma eficiente opção para reabilitação pós-cirúrgica

A prática do Pilates cresce exponencialmente em todo o mundo. Cada vez é maior o número de praticantes dessa atividades, em busca de qualidade de vida e do prazer de praticar exercício físico. Sim, fazer atividade física pode ser muito agradável e pr...

A prática do Pilates cresce exponencialmente em todo o mundo. Cada vez é maior o número de praticantes dessa atividades, em busca de qualidade de vida e do prazer de praticar exercício físico. Sim, fazer atividade física pode ser muito agradável e prazeroso, e independe da idade e do condicionamento físico. “É um consenso entre os profissionais da área da saúde que um estilo de vida ativo é fator determinante para um envelhecimento com qualidade. A prática do exercício físico é importante em todas as faixas etárias, desde quando somos crianças. O pilates é uma atividade muito recomendada pelos médicos porque traz uma série de benefícios e respeita a capacidade do indivíduo. O Pilates Terapêutico, por sua vez, é uma atividade que vem consolidando-se e tornando-se popular entre todos aqueles que tem alguma doença musculoesquelética”, explica o fisioterapeuta Lucas França, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

O pilates terapêutico é, por exemplo, excelente para aqueles que estão se reabilitando após uma cirurgia de joelho, quadril ou mesmo coluna. “O pilar do método consiste na aplicação de seis princípios básicos fundamentais. O primeiro deles, o princípio da centralização, nos mostra o conceito de Centro de Força, que constitui-se pela musculatura abdominal superficial e profunda, músculos respiratórios, a musculatura lombar, glútea e pélvica. Tem como objetivo a sustentação da coluna e dos órgãos internos e é onde se localiza o centro de gravidade do corpo; seu fortalecimento, objetivado no método, proporciona um alinhamento biomecânico, além de estabilidade e melhora da postura, cooperando na prevenção de dores e outros males. Para isso, podem e devem ser utilizados diversos recursos materiais, como realizamos no CREB utilizando os próprios aparelhos do método, que permitem variedade de posições, maior ou menos controle da solicitação da força e acessórios que podem simular situações funcionais, tais como as bolas, pesos livres, molas, cabos, elásticos e superfícies com graus de instabilidade”, explica o fisioterapeuta.

Segundo ele, os exercícios de alongamento são realizados de acordo com a capacidade física do praticante. Por isso, é estimulante e absolutamente viável par quem quer que seja, inclusive para idosos. Pessoas que estão sedentários há muito tempo também devem procurar o Pilates terapêutico. Atividade respeita os limites e estimula o movimento paulatinamente. A conjunção do Pilates Terapêutico com a hidroterapia, como muitas vezes indicamos no CREB, oferece um resultado ao tratamento ainda muito melhor e mais rápido”, diz Lucas.

O fisioterapeuta do CREB pontua que a flexibilidade e o alongamento adquiridos ao se praticar o método cooperam para uma melhora de todo o sistema motor e biomecânico do praticante, restabelecendo antigos movimentos que podem ter sido afetados por alguma doença ou após uma cirurgia. “Os exercícios oferecem pouco impacto nas articulações, movimentos lentos, pouca repetição, priorização de alongamento e fortalecimento muscular. Ou seja, os riscos de lesões se praticados com profissionais qualificados durante a prática são praticamente nulos. O Pilates é um forte aliado para que as pessoas melhorem a saúde do corpo, a autoestima e a confiança em si mesmos, conservando a independência física e mental. Sua prática pode fazer com que o indivíduo reconheça suas limitações pessoais, conscientizando-se das próprias capacidades, o que é muito valioso”, finaliza ele, lembrando que no CREB são acrescentados outros métodos que trazem melhora da qualidade muscular e prevenção e melhora da dor.


Membro fantasma: amputados ainda sentem membro perdido

Ginásios lotados, ingressos esgotados, atletas que se tornaram populares… as Paralimpíadas do Rio de Janeiro chegaram ao fim alcançando todos os seus objetivos e dando uma lição de superação para o mundo. E o Brasil ganha um novo ídolo, o nadador Dan...

Ginásios lotados, ingressos esgotados, atletas que se tornaram populares… as Paralimpíadas do Rio de Janeiro chegaram ao fim alcançando todos os seus objetivos e dando uma lição de superação para o mundo. E o Brasil ganha um novo ídolo, o nadador Daniel Dias, dono de nada menos do que 24 medalhas paraolímpicas, das quais nove conquistadas nos últimos jogos.

O maior ganho, porém, é trazer o tema da inclusão para as rodas de conversa nos bares, escolas, escritórios e lares brasileiros. Os brasileiros descobriram que esses portadores de necessidades especiais podem se superar e levar uma vida comum, totalmente adaptada ao dia a dia. Um dos temas mais debatidos foi a amputação e o uso de próteses. Você sabia, por exemplo, que muitos desses atletas, em sua maioria, ainda sentem o membro amputado? É o que chamam de dor do membro fantasma.

Dor do membro fantasma

“O membro fantasma é a sensação de que um membro removido ou amputado ainda está presente ali, desempenhando suas funções. A pessoa amputada geralmente ainda sente sensações daquele membro, inclusive dor. Tal situação acontece devido às alterações que ocorrem no córtex do cérebro, após a amputação de um determinado membro. O cérebro ainda recebe sinais a partir das terminações nervosas que originalmente são fornecidas por sinais deixados pelo membro amputado”, explica o fisiatra Antônio D’Almeida Neto, que coordena um setor de reabilitação para amputados de membro inferior, tanto em fase pós-operatória mediata, visando preparo de coto, quanto na fase de protetização no CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

De acordo com estudos científicos, de 90 a 98% dos pacientes sofrem do membro fantasma logo após a amputação ou perda do membro, tanto inferiores quanto superiores. Muitos pacientes sentem o membro fantasma durante anos. Segundo o Dr. Antônio, eles podem sentir cócegas, contrações, formigamento, fisgadas, dormência e até dor aguda, além de sensações como frio e calor. “Esses sintomas podem ser leves para uns, mas debilitantes e interferirem nas atividades o dia a dia para outros. Entre os fatores de risco que contribuem para essa síndrome estão dor ou infecção antes da amputação, presença de coágulos de sangue no membro amputado, amputação traumática e o tipo de anestesia utilizada durante a amputação”, explica o fisiatra.

O Dr. Antônio pontua que há tratamento, que incluem relaxamento muscular, biofeedback e acupuntura, além de prescrição de medicamentos específicos. Cada caso deve ser analisado individualmente, aponta ele, ressaltando que após a amputação e protetização, o amputado pode ter uma vida saudável e praticar esportes, o que ficou amplamente provado com as Paralimpíadas do Rio de Janeiro. O setor do CREB utiliza um ginásio específico, com o que de melhor existe em termos de avaliação e equipamentos, bem como orientação na escolha da melhor e mais adequada prótese para cada caso.


Paralimpíada trouxe à tona a discussão da inclusão

Não há dúvidas de que a Paralimpíada do Rio de Janeiro foi um sucesso total, alcançando, muitas vezes, um público até maior que as Olimpíadas. O maior ganho, certamente, foi social, trazendo à tona a discussão sobre a inclusão de portadores de necess...

Não há dúvidas de que a Paralimpíada do Rio de Janeiro foi um sucesso total, alcançando, muitas vezes, um público até maior que as Olimpíadas. O maior ganho, certamente, foi social, trazendo à tona a discussão sobre a inclusão de portadores de necessidades especiais no nosso dia-a-dia. Mas há outras conquistas com a realização dos jogos paraolímpicos, e uma delas é a utilização e teste de novas tecnologias – como a lâmina de fibra de carbono, extremamente leve e amplamente usada nas pistas de atletismo – que acabam se popularizando e trazendo uma melhor qualidade de vida aos portadores de necessidades especiais.

As novas tecnologias devem estar disponíveis para todos

O mercado oferece, por exemplo, diferentes pés de carbono, adaptados para diferentes necessidades. Um atleta tem um uso diferente de uma pessoa da terceira idade, por exemplo. Mas ainda assim, as novas tecnologias devem estar disponíveis para todos, inclusive substituindo modelos atuais. Pés com miolo de madeira estão ultrapassados e têm seus dias contados. “A fibra de carbono deforma e, depois, volta à posição original. É um material resistente e excelente, o que ficou provado nessa Paralimpíada do Rio de Janeiro. É muito importante que o grande público tenha acesso a essas informações. Não tenho dúvidas da importância dos jogos paraolímpicos, que trouxe esse tema da inclusão para o nosso dia-a-dia”, diz o fisiatra Antônio D’Almeida Neto, que coordena um setor de reabilitação para amputados de membro inferior, tanto em fase pós-operatória imediata, visando preparo de coto, quanto na fase de protetização no CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

Esse setor do CREB utiliza um ginásio específico, com o que de melhor existe em termos de avaliação e equipamentos, bem como orientação na escolha da melhor e mais adequada prótese para cada caso. “No Brasil, as estatísticas seguem em parte ao modelo internacional. São mantidas as causas vasculares, porém foi observado um aumento significativo de amputações devido a “paf”(projetil por arma de fogo), bem como acidentes de trânsito, sendo que destes, uma curiosidade, observa-se a prevalência do membro inferior esquerdo, devido ao sentido do trânsito, em nossas vias”, ilustra o Dr. Antônio. Segundo ele, existem oito níveis de amputação reconhecidos: hemipelvectomia, desarticulação do quadril, transfemural, desarticulação do joelho, transtibial, desarticulação do tornozelo, Syme e, finalmente, parcial do pé.