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Osteoporose: possibilidade é maior para quem tem gordura visceral

As estatísticas mostram que mulheres que estão abaixo do peso têm um risco maior de ter osteoporose. Por isso, por muito tempo, acreditou-se que a gordura na barriga protegeria contra a doença. Mas estudos científicos indicam que a gordura, especialmente a gordura visceral, localizada entre os órgãos na cavidade abdominal, aumenta o risco de osteoporose.

Um destes estudos científicos avaliou a densidade mineral óssea e o índice de massa corporal (IMC) de 50 mulheres obesas com idade média de 30 anos. As voluntárias fizeram uma tomografia computadorizada para medir a perda óssea e a uma ressonância magnética para avaliar a quantidade de gordura na medula de seus ossos. A quantidade de gordura na barriga das mulheres também foi medida.

  • Esse estudo mostrou que em geral quanto maior a gordura visceral das mulheres, menor era a densidade mineral óssea. Nenhuma voluntária tinha osteoporose, mas algumas delas tinham uma densidade mineral óssea abaixo do normal e estavam com osteopenia, um estágio anterior a osteoporose. As mulheres obesas com mais gordura visceral também tinham gordura na medula óssea, o que sugere que essa gordura nos ossos os torna mais fracos – explica o ortopedista Bernardo Stolnikci, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

Segundo ele, no Brasil mais de 10 milhões de pessoas são acometidas pela doença, caracterizada pela diminuição da massa óssea, com consequente enfraquecimento e fragilidade do osso e, portanto, maior possibilidade de fraturas. O Dr. Bernardo pontua que uma em cada quatro mulheres, após a menopausa, tem osteoporose e uma a cada cinco mulheres que já tiveram fratura sofrerão outra fatura, em menos de um ano.

  • Os principais fatores de risco da doença são: ser mulher; ter pele e/ou olhos claros; ser baixa e/ou magra; quem não toma leite ou ingira pouco alimento com cálcio; pessoas sedentárias; quem toma pouco sol; quem tem parente que sofre da doença; quem tem asma (bronquite), artrite ou alergia; fumantes; quem ingere muito café e bebida alcoólica; quem tem menopausa precoce por cirurgia ou não; quem usa antiácidos, anticonvulsivantes, certos diuréticos, heparina e/ou corticóides; e quem tem problema de tireoide – afirma ele.

Mulheres com Lúpus podem engravidar?

Mulheres com Lúpus podem engravidar?

O lúpus é uma doença de longa evolução e sistêmica, que tem causa desconhecida, e acomete principalmente as mulheres, em uma proporção de dez para um em relação aos homens. Uma das maiores dúvidas sobre a doença é: mulheres com lúpus podem engravidar? Quem responde é a reumatologista Isis Reis, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

  • Sim, mulheres acometidas pela lúpus podem engravidar. Mas há algumas condições: a mulher deve ter a doença controlada há ao menos dois anos e não pode ser portadora de doença renal. Já o uso de anticoncepcionais deve ser avaliado em consulta com um especialista – afirma a Dra. Isis.

Segundo a médica do CREB, um mito relacionado à doença é de que a lúpus é contagiosa. Isso não é verdade, garante a reumatologista.

  • É muito importante que fique bem claro que a lúpus não é contagiante. Trata-se de um mito. Os sintomas variam, de acordo com o paciente, porém os mais frequentes são dores articulares, manifestações de pele, principalmente nas áreas expostas ao sol, inflamação da pleura e do pericárdio, anemia, alterações dos glóbulos brancos e plaquetas e doença renal. A pessoa acometida pela doença deve procurar um especialista. O tratamento é individualizado – finaliza ela.

Lúpus também acomete homens e mulheres com mais de 50 anos

É verdade que a lúpus é uma doença crônica, sistêmica e de causa desconhecida que acomete principalmente mulheres entre 15 e 35 anos. Mas não se restringe a esse grupo. A reumatologista Isis Reis Carvalho, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia...

É verdade que a lúpus é uma doença crônica, sistêmica e de causa desconhecida que acomete principalmente mulheres entre 15 e 35 anos. Mas não se restringe a esse grupo. A reumatologista Isis Reis Carvalho, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo – afirma que a doença também acomete homens e em mulheres com mais de 50 anos.

– Não é verdade que seja uma doença estritamente feminina. Mas as estatísticas apontam que há oito ou nove mulheres com lúpus para cada homem acometido – afirma a médica do CREB.

O tratamento precisa ser individualizado

A Dra. Isis destaca que os sintomas da lúpus variam de paciente para paciente, mas manifestações na pele, principalmente nas áreas expostas ao sol, dores articulares, anemia, alterações dos glóbulos brancos e plaquetas e doença renal são as mais comuns. Ela acrescenta que a doença tem tratamento e não é contagiosa, ao contrário do que muita gente pensa.

– Os sintomas variam de pessoa para pessoa. Assim, o tratamento precisa ser individualizado. Uma dieta saudável e a prática de exercício físico regular são sempre recomendadas. A exposição ao sol deve ser evitada e o uso de bloqueadores solares é recomendado. Há remédios específicos para a doença, que tem tratamento – finaliza ela.