CONTEÚDO CREB SOBRE SAÚDE

News | Viva sem dor

 

Fisioterapia é fundamental no tratamento do mal de Parkinson

Doença neurológica, de longa evolução, degenerativa e progressiva, o mal de Parkinson tem como principal característica um amplo distúrbio motor, com lentificação, tremor de repouso, rigidez muscular e, ainda, instabilidade postural. É muito comum, t...

Doença neurológica, de longa evolução, degenerativa e progressiva, o mal de Parkinson tem como principal característica um amplo distúrbio motor, com lentificação, tremor de repouso, rigidez muscular e, ainda, instabilidade postural. É muito comum, também, o surgimento de outras complicações motoras e pulmonares, além de dor, principalmente e na coluna, fraqueza muscular, comprometimento da mobilidade, alteração da marcha, alto risco de queda e complicações respiratórias.

A fisioterapia tem, assim, fundamental importância na reabilitação do mal de Parkinson, atuando diretamente sobre a qualidade de vida dos pacientes. “A fisioterapia, em geral, trata dos distúrbios relacionados ao movimento, marcha e equilíbrio. Seu objetivo, nesse caso, não é apenas tratar dos distúrbios já apresentados pelo paciente, mas também trabalhar a evolução do quadro e estabelecer metas de prevenção, adiando, o quanto possível, outras complicações. A fisioterapia irá atuar nos diferentes estágios da doença e é realmente essencial para os pacientes”, explica o Dr. Haim Maleh, fisiatra e professor de reumatologia da UFF e reumatologia do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

Segundo o Dr. Haim, o fisioterapeuta deve avaliar o quadro geral do paciente, conhecer suas queixas e dificuldades funcionais, assim como limitações, para elaborar um plano de tratamento individualizado. “Serão prescritos exercícios de alongamento, mobilização, movimentação e de força muscular para manter a mobilidade e diminuir a rigidez do paciente. Esses exercícios buscarão a melhora da postura, do equilíbrio e da marcha, e também ajudarão a diminuir as dores. Isso tudo é fundamental, inclusive para prevenir o alto risco de quedas que têm pacientes com mal de Parkinson”, afirma ele.

O fisiatra pontua que muitas vezes é preciso prescrever um auxílio para a marcha, como bengala ou andador, e o fisioterapeuta também irá auxiliar na adaptação ao uso desse auxílio. Outro ponto importante na atuação do fisioterapeuta se relaciona às possíveis complicações respiratórias, que também podem ser tratadas com exercícios específicos. “As complicações respiratórias acontecem em função da evolução da doença e dos distúrbios relacionados à deglutição. As alterações posturais também podem interferir na capacidade pulmonar. A fisioterapia também atua nessa questão”, pontua o médico do CREB.


Videogame é saudável para as crianças?

É verdade que pesquisas indicam que jogar videogame pode trazer vários benefícios às crianças, desde o desenvolvimento de habilidades psicomotoras, estímulo e facilitação de pesquisas, acesso a atividades lúdico-pedagógicas, até a promoção da autoest...

É verdade que pesquisas indicam que jogar videogame pode trazer vários benefícios às crianças, desde o desenvolvimento de habilidades psicomotoras, estímulo e facilitação de pesquisas, acesso a atividades lúdico-pedagógicas, até a promoção da autoestima. Videogames que utilizam o movimento do corpo, como o Wii, da Nintendo, inclusive, são utilizados como ferramenta de reabilitação física, nas principais clínicas do mundo, como no CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

Mas a utilização de videogame cada vez mais precocemente e em períodos consecutivos cada vez maiores continua preocupando os pais e médicos. É cada vez mais comum que os consultórios recebam crianças com manifestações musculoesqueléticas, como dedo em gatilho, tendinites e outros.

O problema é a quantidade de horas diante do videogame

– Sem dúvidas, jogar videogame utilizando o corpo é excelente. Há jogos de dança, por exemplo, que funcionam como uma verdadeira atividade física. As crianças se movimentam com todo o corpo, mexem as articulações, até suam. O problema é a quantidade de horas diante de um videogame e os jogos em que o jogador fica sentado, mexendo apenas com os dedos no controle – alerta o reumatologista e fisiatra do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo – Dr. Eduardo Sadigurschi.

Ele diz que o problema pode começar na postura das crianças. A ergonomia adequada está relacionada à postura e ao mobiliário utilizado para estas atividades. Crianças e adolescentes devem se sentar em cadeiras auto-ajustáveis para a altura, com as costas e pés apoiados e de modo a manter os olhos na altura e de frente para o monitor, com distância de 30 a 40 cm do usuário. O braço e o antebraço devem manter angulação de 90 graus, com alinhamento e apoio do antebraço, punho e dedos, de modo a evitar a angulação com o teclado, explica ele.

Para o médico do CREB, os pais devem estabelecer um horário para a criança jogar videogame, não passando de duas horas diárias da atividade.

– A criança pode jogar duas horas, sendo que após a primeira hora, é preciso dar uma pausa, relaxar, se alongar, ir ao banheiro, enfim, descansar um pouco da atividade. E ao menor sinal de desconforto ou dor, é preciso levar a criança a um especialista para avaliação – finaliza ele.


Osteoporose: gordura visceral aumenta chance da doença

Estudos científicos recentes comprovaram que a gordura, principalmente a gordura localizada entre os órgãos na cavidade abdominal – a chamada gordura visceral – aumenta as chances de risco de osteoporose. Os cientistas avaliaram a densidade mineral ó...

Estudos científicos recentes comprovaram que a gordura, principalmente a gordura localizada entre os órgãos na cavidade abdominal – a chamada gordura visceral – aumenta as chances de risco de osteoporose. Os cientistas avaliaram a densidade mineral óssea e o índice de massa corporal (IMC) de 50 mulheres obesas, com idade média de 30 anos. Todas foram submetidas a uma tomografia computadorizada e ressonância magnética, para avaliação, respectivamente, da perda óssea e da quantidade de gordura na medula de seus ossos.

Quanto maior a gordura visceral das mulheres, menor a densidade mineral óssea

O resultado foi que, na maior parte dos casos, quanto maior era a gordura visceral das mulheres, menor era a densidade mineral óssea. Essas mulheres não tinham osteoporose, mas em algumas a densidade mineral óssea estava abaixo do normal e, assim, tinham quadro de osteopenia, um estágio anterior a osteoporose. Os pesquisadores constataram, também, que as mulheres obesas com mais gordura visceral tinham gordura na medula óssea, o que sugere que essa gordura nos ossos os torna mais fracos.

– As mulheres abaixo do peso têm maior risco para osteoporose, de acordo com as estatísticas, daí sempre se acreditou que a gordura na barriga protegeria contra a doença. Mas os estudos atuais comprovam que não. A gordura visceral aumenta a possibilidade de osteoporose – afirma o ortopedista Bernardo Stolnicki, coordenador do Prevrefrat – Programa de Prevenção da Refratura do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

O Dr. Bernardo pontua que a osteoporose acomete mais de 10 milhões de pessoas no Brasil e 200 milhões no mundo todo. Uma em cada quatro mulheres, após a menopausa, tem osteoporose e uma a cada cinco mulheres que já tiveram fratura sofrerão outra fatura, em menos de um ano. Muito comum na terceira-idade, a doença deve ser tratada a partir d eum amplo programa com prática regular de exercícios orientados, uma dieta rica em cálcio e medicamentos específicos.

– A osteoporose é caracterizada pela diminuição da massa óssea. Consequentemente, enfraquece e fragiliza o osso, criando, assim, maior possibilidade de fraturas. A boa notícia é que a doença pode ser diagnosticada com precisão e precocemente, por meio da densitometria óssea, um exame de alta precisão, indolor, que é capaz de detectar a perda óssea quando essa perda não chegou ainda a 1%. Detectada precocemente, a osteoporose pode ser tratada – finaliza ele.