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Mais de 54 milhões de norte-americanos têm artrose

De acordo com estatísticas oficiais apresentadas pelo governo dos Estados Unidos, um em cada quatro adultos norte-americanos sofre de artrose. São nada menos do que 54 milhões de portadores da doença e, ao contrário do que se pode imaginar, a maior p...

De acordo com estatísticas oficiais apresentadas pelo governo dos Estados Unidos, um em cada quatro adultos norte-americanos sofre de artrose. São nada menos do que 54 milhões de portadores da doença e, ao contrário do que se pode imaginar, a maior parte do grupo não é da terceira idade: em torno de 60% deste contingente têm idade entre 18 e 64 anos, ou seja, uma faixa etária economicamente ativa.

É cada vez maior o número de jovens e adultos acometidos pela doença

“A artrose é uma doença caracterizada principalmente pelo desgaste da cartilagem das articulações, principalmente em indivíduos com mais de 60 anos. Mas, definitivamente, não é exclusiva da terceira idade. Cada vez é maior o número de jovens e adultos acometidos pela doença. Em jovens, a artrose pode acontecer secundariamente a um trauma, doenças osteometabólicas e artrite”, explica o Dr. Haim Maleh, professor de reumatologia da UFF e reumatologista do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

Segundo o governo norte-americano, desde 2002 que os impedimentos de atividades diárias devido à artrose vem aumentando em 20%, chegando a atingir 24 milhões de pessoas. As estatísticas também indicam que a prevalência de artrose é elevada em adultos com doenças preexistentes, como doenças cardíacas e obesidade, e metade dos adultos diagnosticados com doença cardíaca têm artrite, enquanto um terço dos adultos obesos têm artrose. “A artrose é parcialmente tratada com anti-inflamatórios não esteroides e analgésicos. Para um tratamento mais abrangente e completo, além do uso de medicamentos, devemos utilizar técnicas de fisioterapia e uma excelente opção é a hidroterapia, que visa a recuperação da função articular por meio do exercício. O pilates terapêutico também é outra excelente opção, trazendo ótimos resultados e auxiliando no fortalecimento articular, tão importante para quem tem artrose. Podemos, também, optar pela viscossuplementação, com o uso do ácido hialurônico, aliviando a dor nos portadores de artrose nos joelhos e quadris, ajudando a restabelecer a qualidade de vida e a mobilidade articular”, finaliza o Dr. Haim.


Incontinência fecal em crianças

A Incontinência fecal infantil caracteriza-se pela perda da capacidade de controlar a eliminação dos gases e das fezes e geralmente ocorre com crianças acima de 4 anos. Nessa condição, a criança não controla a eliminação das fezes devido a problemas...

A Incontinência fecal infantil caracteriza-se pela perda da capacidade de controlar a eliminação dos gases e das fezes e geralmente ocorre com crianças acima de 4 anos. Nessa condição, a criança não controla a eliminação das fezes devido a problemas de prisão de ventre ou traumas psicológicos, fazendo com que perca as fezes de forma involuntária. A incontinência fecal é motivo de constrangimento para a criança. Essa condição pode acarretar problemas emocionais, com afastamento do convívio social, vergonha, medo de descobertas, perda da autoestima e da confiança.

“Entre 15 e 30% das crianças com distúrbios intestinais funcionais continuam a apresentar dor e infrequência na defecação, dor abdominal e escape fecal muito depois de atingirem a puberdade. O tratamento da incontinência fecal varia de acordo com a gravidade e causa da doença. Os problemas ligeiros podem ser tratados com mudança de hábitos alimentares, como eliminação do álcool e cafeína e ingestão de alimentos ricos em fibras para aumentar o volume das fezes. Nos casos em que a alteração na dieta não trouxer resultados, o uso de medicamentos está indicado”, explica Waleska Rocha, fisioterapeuta do CREB – Centro de Reumatologia e ortopedia Botafogo.

A fisioterapia pode ser utilizada para fortalecer os músculos da região anal e ensinar técnicas de autorregulação

Segundo ela, a fisioterapia para tratamento da incontinência fecal – disponível no CREB – pode ser utilizada para fortalecer os músculos da região anal e ensinar técnicas de autorregulação em que o paciente reaprende a defecar e a controlar a eliminação de fezes. “Os sintomas da incontinência fecal começam com a perda de capacidade de segurar os gases intestinais. Com o passar do tempo, o ânus pode tornar-se mais flácido e frouxo e fezes líquidas deixam de ser retidas, bem como fezes sólidas”, finaliza Waleska Rocha.


Síndrome Cruzada Superior tem tratamento e resultados podem ser excelentes

Embora tenha sido descrita e definida em 1979 como uma alteração postural levando ao encurtamento de alguns músculos e inibindo a força de outros em padrão cruzado, a Síndrome Cruzada Superior (Upper cross Syndrome) vem sendo sub-diagnosticada, muita...

Embora tenha sido descrita e definida em 1979 como uma alteração postural levando ao encurtamento de alguns músculos e inibindo a força de outros em padrão cruzado, a Síndrome Cruzada Superior (Upper cross Syndrome) vem sendo sub-diagnosticada, muitas vezes segmentada e não analisada de forma global no indivíduo. A correria estressante do dia a dia e a utilização cada vez mais de dispositivos móveis, como smartphones e tablets, têm aumentado exponencialmente o índice de pacientes que apresentam essa síndrome, apresentando uma postura com anteriorização da cabeça, aumento da lordose cervical e cifose dorsal e elevação e anteriorização do ombro e escápula alada, o que provoca um “desembalanço” muscular acentuado.

A Síndrome Cruzada Superior  vem sendo sub-diagnosticada

“Os desequilíbrios musculares padrões são o encurtamento na parte dorsal dos músculos trapézio (fibras superiores) e elevador da escápula, na parte ventral encurtamento dos músculos peitorais (maior e menor) e devido a essas hipersolicitações/tensões há uma inibição cruzada, sendo na região frontal fraqueza de flexores profundos cervicais e serrátil anterior, cruzando dorsalmente fraqueza nas porções medial e inferior do músculo trapézio e rombóides. O diagnóstico realizado de forma separada, seja ele de patologia apenas cervical, ou apenas de patologia do ombro, não soluciona o quadro clínico do paciente como um todo, por isso a porcentagem de pacientes que retornam com recidiva das dores é alta, pois só parte do problema foi solucionado”, explica o ortopedista Márcio Taubman, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

Segundo ele, quando se fala do ombro, “a postura de anteriorização de cabeça cria uma cascata de compensação postural, diminuindo a estabilização da articulação, principalmente devido a fraqueza do músculo serrátil anterior alterando o posicionamento da escápula (escápula alada). Esta perda de estabilidade decorrente da escápula alada faz com que a atividade dos músculos elevador da escápula e trapézio superior aumente a sua tensão, criando um ciclo vicioso para poder prover estabilidade ao complexo do ombro, intensificando o desequilíbrio muscular e aumentando o padrão postural patológico”. O ortopedista do CREB explica que os principais sintomas desta síndrome são dor de cabeça, tensão cervical, dor na região dorsal, dor e crepitação no ombro e leve formigamento que se estende pelo membro superior.

A boa notícia é que o tratamento pode apresentar excelentes resultados, com correção postural e fortalecimento muscular. “No CREB adotamos protocolos que incluem a RPG, o pilates terapêutico e acupuntura, e os resultados têm sido excelentes. Ao menor sinal de dores, é preciso consultar um médico especialista”, finaliza o Dr. Márcio.