CONTEÚDO CREB SOBRE SAÚDE

News | Viva sem dor

 

Os aspectos psicológicos da enurese

Enurese é o hábito involuntário de urinar durante o sono, mais conhecido como “xixi na cama”. Até 5 anos, esse comportamento é considerado normal, mas após os 7 anos, crianças com enurese noturna devem ser tratadas. “A enurese pode ser considerada um...

Enurese é o hábito involuntário de urinar durante o sono, mais conhecido como “xixi na cama”. Até 5 anos, esse comportamento é considerado normal, mas após os 7 anos, crianças com enurese noturna devem ser tratadas. “A enurese pode ser considerada um problema biocomportamental, pois, além do processo físico de molhar-se, é um comportamento inadequado não provocado por uma condição clínica, como uma doença ou o uso de remédios. Sendo assim, muitas vezes associa-se a diversos fatores emocionais, comportamentais e de relacionamento”, explica a fisioterapeuta Waleska Rocha, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

Muitos pais acreditam que seus filhos molhem a cama por terem o sono pesado. De fato, crianças enuréticas podem ser mais difíceis de acordar do que outras crianças, mas não há diferença no padrão de sono entre um grupo e outro. “Às vezes, atribui-se a causa do problema a fatores emocionais. É sabido que o estresse provoca mudanças fisiológicas. Situações estressantes como divórcio dos pais, nascimento de um irmão, perda de um ente querido, ou uma forte ansiedade podem levar a criança a voltar a molhar a cama, mesmo após já ter obtido o controle. Um outro fator complicador da enurese é o medo do escuro ou de levantar à noite, ao ponto de impedir a ida ao banheiro. Contudo, já foi observado que crianças enuréticas, ao dormir fora de casa, mantêm-se secas a noite inteira. É um fenômeno cujo funcionamento não se compreende inteiramente. Assim sendo, requer-se dos familiares compreensão diante da situação”, observa Waleska.

Ao tratar a enurese, espera-se uma melhora no ajustamento social da criança

Alguns fatores psicossociais podem estar associados ao xixi na cama. Por exemplo, a enurese tende a ser mais frequente em ambientes sociais menos favorecidos. “Crianças enuréticas geralmente são altamente impactadas pela sua condição, passando por isolamento social, humilhação, estresse, ansiedade, medo da exposição e sensação de imaturidade. Com isso, espera-se que, ao tratar a enurese, haja também uma melhora no ajustamento social da criança, na relação familiar e na própria percepção da criança ou adolescente sobre si mesmo”, finaliza a fisioterapeuta, pontuando que o CREB dispõe dos mais modernos recursos de fisioterapia urológica, que alcança excelentes resultados no tratamento da enurese.


Bexiga neurogênica em crianças: mau funcionamento da bexiga

Bexiga Neurogênica é o termo usado para definir o mau funcionamento da bexiga devido a doenças do sistema nervoso central ou nervos periféricos envolvidos no controle da micção, o que impede o controle adequado do ato de urinar. A Bexiga Neurogênica...

Bexiga Neurogênica é o termo usado para definir o mau funcionamento da bexiga devido a doenças do sistema nervoso central ou nervos periféricos envolvidos no controle da micção, o que impede o controle adequado do ato de urinar. A Bexiga Neurogênica é comum em crianças portadoras de Mielomeningocele, uma malformação congênita da coluna vertebral, com exposição da medula espinhal. Algumas crianças apresentam sintomas relacionados à Bexiga Neurogênica ao nascer e, outras, no decorrer de seu desenvolvimento.

A Bexiga Neurogênica pode ser hipoativa ou hiperativa

“Os principais sinais e sintomas são esvaziamento incompleto da bexiga, perdas de pequenas ou grandes quantidades de urina e infecções urinárias frequentes”, explica a fisioterapeuta Waleska Rocha, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo. Segundo ela, a Bexiga Neurogênica pode ser hipoativa ou hiperativa. “Na bexiga neurogênica hipoativa, o músculo da bexiga (detrusor) não contrai. Para a urina sair, o músculo precisa contrair e o esfíncter externo abrir. Nesse caso, quando a urina sai, é por transbordamento, ou seja, a urina vaza quando a bexiga está cheia demais e, com isso, ela vai ficando cada vez maior, pois nunca esvazia corretamente e sempre sobra muita urina dentro dela. Isso pode ocasionar o crescimento de bactérias e formação de cálculos porque a urina residual (aquela que sobra na bexiga) acumula muco e sedimentos. Crianças com bexiga neurogênica não apresentam micção, ato espontâneo e fisiológico de eliminar a urina, elas perdem urina e sem sentir”, afirma ela. Em relação a bexiga hiperativa, o músculo detrusor contrai involuntariamente, independente da bexiga estar cheia ou vazia. “Na maior parte das vezes, temos uma bexiga pequena, porque não está acostumada com grandes quantidades de urina, e com paredes grossas, porque contrai o tempo todo e acaba ganhando tônus muscular. Esse tipo de bexiga tende a ser acompanhada de Refluxo Vesicoureteral (urina volta da bexiga para os rins) devido às altas pressões que ela trabalha”, acresenta.

Waleska pontua que é importante que os pais destas crianças monitorem o desenvolvimento vesical de seus filhos, porque o funcionamento da Bexiga Neurogênica pode melhorar ou não de acordo com o crescimento da criança, podendo até comprometer os rins. “Os pais devem consultar um urologista pediátrico, que indicará o tratamento apropriado. Temos, hoje, recursos fisioterápicos que trazem ótimos resultados. Cuidar da bexiga evitará complicações renais, o que, realmente, é grave”, finaliza ela.


Enurese: uma palavra que os pais precisam conhecer

Não culpe seu filho. A enurese – emissão involuntária de urina, na maior parte das vezes no período noturno – pode ser angustiante, pois traz dificuldades no convívio familiar e social da criança. Ela impacta de forma negativa na sua autoestima e qua...

Não culpe seu filho.

A enurese – emissão involuntária de urina, na maior parte das vezes no período noturno – pode ser angustiante, pois traz dificuldades no convívio familiar e social da criança. Ela impacta de forma negativa na sua autoestima e qualidade de vida, além de aumentar o trabalho dos pais pelas roupas extras para lavar, tempo gasto com limpeza de colchões e o incômodo com o mau cheiro, entre outros.

“Os pais, em geral preocupam-se com o problema da enurese, mas existem dois grupos: os que entendem que o problema é incontrolável e os intolerantes, que atribuem a causa à preguiça da criança e, algumas vezes, os castigam fisicamente. O apoio psicológico é fator fundamental na cura da enurese. O grau de impacto que a criança sofre pode estar diretamente relacionado à forma como seus pais lidam com o problema”, relata a fisioterapeuta Waleska Rocha, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

A primeira coisa que os pais devem ter em mente, de acordo com a fisioterapeuta, é que a enurese não acontece por culpa da criança. Atitudes como comentários jocosos, reclamações, brigas ou castigos só vão aprofundar o problema. A criança ou adolescente se sentirá punido por algo que não consegue evitar, o que piora o aspecto emocional do problema. “Algumas medidas tomadas pelos pais podem retardar a solução do problema, como, por exemplo, acordar a criança à noite para ir ao banheiro, o que pode fazer com que ela se acostume a urinar somente quando despertada, não dando chance para que desenvolva o controle da micção. Colocar fraldas não resolvem o problema e atrapalham o desenvolvimento normal da criança. Impedir que a criança beba líquidos antes de dormir, além de não evitar a enurese, pode fazer com que ela se acostume a responder a pequenas quantidades de urina na bexiga, um dos fatores causadores da enurese”, garante Waleska.

A enurese é um problema sério e deve ser tratada com acompanhamento de profissional experiente no tema. A primeira medida dos pais deve ser realizar consulta médica com um urologista pediátrico. Ele realizará os exames necessários para descartar outras causas para a enurese e indicará o tratamento adequado de acordo com as características do problema apresentado. O CREB dispõe dos mais avançados recursos de fisioterapia urológica, que apresentam excelentes resultados nesses casos.