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Bursite trocantérica provoca dor na lateral do quadril e coxa

Dor lateral no quadril e, também, na coxa, apresentando dificuldade no caminhar, pode ser uma consequência de uma bursite trocantérica. “Como a pressão direta sobre a bursa aumenta a dor, geralmente é difícil para o paciente deitar sobre o lado afeta...

Dor lateral no quadril e, também, na coxa, apresentando dificuldade no caminhar, pode ser uma consequência de uma bursite trocantérica. “Como a pressão direta sobre a bursa aumenta a dor, geralmente é difícil para o paciente deitar sobre o lado afetado. Sendo assim, a bursite trocantérica pode prejudicar o sono, apresentar dificuldade no caminhar e dor constante e, consequentemente, reduzir a qualidade de vida do paciente”, acrescenta o ortopedista João Marcelo, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo e da equipe médica do futebol profissional do Clube de Regatas do Flamengo.

Dificuldade no caminhar e dor constante

Ele explica que “a bursa trocantérica é um tecido sinovial localizado superficialmente ao trocanter maior, a parte do fêmur proximal que é saliente lateralmente no quadril. Todas as pessoas têm quatro mais bursas trocantéricas em cada quadril. Estas bursas funcionam como se fossem um ‘saco vazio’ sobre as proeminências ósseas, o que facilita o deslizamento de tendões e fáscias sobre o osso”.

A bursite trocantérica é a inflamação de uma ou mais bursas trocantéricas. “Em geral, é causada por movimentos exagerados dos tendões e fáscias sobre o trocânter maior. “Essa pressão direta pode causar ou agravar os sintomas da bursite trocantérica. A partir da evolução da inflamação, a Bursa vai perdendo sua função deslizante. Geralmente, pacientes com bursite trocantérica também podem apresentar doença na coluna lombar; diferença de comprimento entre os membros inferiores; doença na articulação sacroilíaca; artrose do joelho e entorse do tornozelo”, diz o ortopedista do CREB, pontuando que um exame importante a ser feito nesses casos é a baropodometria computadorizada, que avalia o movimento e a pisada do paciente.


Joanete acomete principalmente as mulheres

Ao contrário do que muita gente pensa, o joanete não é um osso que cresceu ou apareceu repentinamente. Também conhecido como hálux valgo, o joanete é, na verdade, um desvio do primeiro metatarsiano (osso do pé) e das falanges (ossos dos dedos), que s...

Ao contrário do que muita gente pensa, o joanete não é um osso que cresceu ou apareceu repentinamente. Também conhecido como hálux valgo, o joanete é, na verdade, um desvio do primeiro metatarsiano (osso do pé) e das falanges (ossos dos dedos), que se expressa como uma espécie de saliência lateral do pé. Trata-se da patologia mais comum do pé adulto.

O joanete é um desvio do primeiro metatarsiano e das falanges

“O joanete acontece a partir de desalinhamentos articulares e desequilíbrios musculares, causando mais posicionamento dos ossos. Ele surge a partir de uma predisposição genética ou por motivos como o uso regular de calçados inadequados, principalmente sapatos de bicos finos e de salto alto. Geralmente, acomete pessoas adultas, mas embora raro, pode aparecer em crianças e jovens”, afirma a Dra. Flávia Junqueira, ortopedista especialista em pés do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

Estimativas dão conta de que um terço da população das grandes cidades têm algum tipo de deformidade nos pés. Mas entre aqueles que não têm o hábito de usar calçado fechado, como os índios, essa percentagem cai para 2% quando se fala em incidência de joanete. O joanete acomete principalmente as mulheres: para cada cinco, um homem desenvolve o joanete. Segundo a médica do CREB, mas o uso prolongado de sapatos de bico fino e de salto alto acaba por acelerar o surgimento do joanete, o que certamente explica uma taxa cinco vezes maior de mulheres acometidas.

A Dra. Renata diz que é preciso evitar sapatos de salto alto e bico fino, no caso das mulheres, e sapatos apertados, no caso dos homens. “Esse é o primeiro passo para evitar o joanete: ter muito cuidado com os sapatos usados diariamente. Muitas vezes, recomenda-se o uso de órteses, que são como pequenas almofadas, entre o dedão e o segundo dedo. O que o paciente precisa saber, no entanto, é que não basta tratar somente do pé, já que é um conjunto de desequilíbrios que está contribuindo para o aparecimento da deformidade. Um moderno exame, indolor, não invasivo e de grande confiabilidade, que ajuda a identificar esses problemas, é a baropodometria dinâmica, que avalia os pés parados e em movimento e está disponível no CREB”, finaliza ela, pontuando que dores e incômodo regular são as principais queixas e que um médico deve ser procurado imediatamente diante desse quadro.


Viscossuplementação pode ajudar a resolver lesão de menisco

A lesão de menisco é muito comum em atletas, profissionais ou não, em pessoas obesas e, ainda, entre aqueles que são acometidos por artrite, artrose ou outro problema que afete a articulação dos joelhos.

Muito comum no futebol e outros esportes, a lesão de menisco provoca dor no joelho quando caminhamos ou fazemos movimentos como subir e descer de escadas. Em geral, a dor é localizada na parte da frente do joelho, e pode piorar com o passar do tempo, dificultando a caminhada. A lesão de menisco também pode provocar, além da dor, sensação de crepitação na articulação. “Em geral, a dor é na parte da frente do joelho. Mas pode ser lateral, se a lesão for de menisco
lateral, ou na parte interior do joelho, se for uma lesão de menisco medial”, esclarece o ortopedista especialista em  medicina do esporte, Dr. Rodrigo Kaz, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

O que é menisco?

O Dr. Rodrigo explica que o menisco é uma estrutura de cartilagem do joelho, cuja função é protegê-lo de impactos ou pancadas. A lesão de menisco é muito comum em atletas, profissionais ou não, em pessoas obesas e, ainda, entre aqueles que são acometidos por artrite, artrose ou outro problema que afete a articulação dos joelhos.

“Alguns movimentos podem lesionar o menisco, como virar muito rápido o corpo sobre uma perna, durante agachamentos muito fundos, ao levantar muito peso com as pernas e quando a gente prende o pé enquanto caminha. Com o passar dos anos, a cartilagem do menisco se enfraquece naturalmente, por conta da diminuição de circulação de sangue no local”, revela o ortopedista do CREB.

Exames e tratamento da lesão de menisco

Para diagnosticar a lesão de menisco, o ortopedista fará exame físico e poderá solicitar exames de imagem que auxiliam no diagnóstico. Para prevenção e orientação no processo de reabilitação fisioterápica dos pacientes com lesão meniscal, pode-se solicitar a baropodometria e a avaliação isocinética. “A baropodometria localiza os pontos de apoio na planta do pé durante a pisada e faz a mensuração precisa da pressão exercida sobre cada um destes pontos. Podemos avaliar o paciente em movimento, medindo as variações das pressões durante a marcha e até durante a corrida. Já a avaliação isocinética tem como objetivo a mensuração da força e resistência desenvolvida pelos grupos musculares em todos os segmentos do corpo e a musculatura que está com baixo desempenho”, explica.

O tratamento é feito com medicamentos e fisioterapia. O CREB adota protocolos que podem incluir acupuntura e hidroterapia, por exemplo. “Nem sempre a lesão de menisco é caso de cirurgia. Na maior parte das vezes, o tratamento pode ser um sucesso. Também podemos utilizar o recursos da viscossuplementação, que repõe fluídos nas articulações com desgaste, como se colocássemos um lubrificante entre as estruturas ósseas e cartilaginosas das articulações, diminuindo o impacto e aliviando a dor”, acrescenta o médico do CREB.