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Sapatos inadequados podem atrapalhar o desenvolvimento dos pés

Especialistas são taxativos ao dizerem que um calçado inadequado pode atrapalhar o desenvolvimento dos pés. Mas engana-se quem pensa que apenas sapatos femininos, de bico fino e saltos longos, são inadequados. Os pais devem se preocupar com os calçados de seus filhos desde quando eles são pequeninos. “É muito importante que as crianças pequenas possam andar descalças. Os pés precisam estar em contato com o chão, para que se crie certos tipos de proteção no organismo, além da sensibilidade adequada, equilíbrio e a consciência dos movimentos dos pés. É bom andar sobre grama, terra, areia e superfícies de diferentes texturas, que exijam dos músculos e ossos dos pés”, explica Marcio Taubman, ortopedista do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

Segundo o médico do CREB, ao comprar um sapato, a pessoa deve observar a temperatura dos pés no interior do calçado, o conforto e liberdade dos dedos, que jamais devem ficar espremidos, a segurança do solado, a absorção de choque e o atrito com a pele. “Também é importante verificar a pressão do sapato sobre o pé. Observe se alguma parte do seu pé fica avermelhada após o uso. Se positivo, o calçado não é adequado. Outra dica é perceber se o seu jeito de andar muda ao utilizar um determinado calçado. Neste caso, não use mais esse sapato, que certamente vai lhe incomodar”, diz ele.

No caso da compra de calçados para crianças, o Dr. Antonio D’Almeida Neto diz que, em primeiro lugar, é preciso considerar a idade da criança. Para bebês até a fase de engatinhar, ele recomenda calçados bem flexíveis, que deixem os pés “respirarem”. Quando a criança começa a andar, o solado deve ser liso para que os pés não se prendam à superfície, aumentando a chance de quedas. Crianças maiores devem ganhar calçados bem confortáveis, de boa qualidade.

– Neste caso, muitos pais compram calçados maiores, para que durem mais tempo. É um erro, pois a folga excessiva do sapato pode causar problemas posturais na criança. O espaço entre o dedão do pé e a ponta do calçado deve ser da largura de um polegar da criança, não mais do que isso. Espaços menores podem causar deformidades e lesões. Uma dica importante é observar o desgaste do calçado. Se estiver desigual, é preciso procurar um especialista – ensina o ortopedista.

O uso regular de sapatos inadequados pode causar deformidades nos pés. O Dr. Antonio D’Almeida Neto  diz que muitas mulheres se acostumam a utilizar sapatos com numeração menor, o que pode causar problemas como dedo em martelo, dedo em garra, joanete, além de calos e dores frequentes. “Jamais se deve esperar que os pés se acostumarão com um determinado calçado. O conforto é essencial para a saúde do pé”, determina ele. Segundo o médico, dores nos joelhos também podem ser causadas pro problemas nos pés, tornozelos ou uso de calçados inadequados. “Um especialista poderá apontar o problema exato e prescrever o melhor tratamento”, diz.

O uso regular de sapatos com salto alto – principalmente com bico fino – também pode trazer sérios problemas. “Estamos sempre em busca do equilíbrio para nos mantermos em pé. Sapatos de salto alto ameaçam esse equilíbrio constantemente. Para não cair para frente, os músculos da coluna e das pernas fazem um grande esforço, o que provoca cansaço imediato nestas regiões. E esse desequilíbrio constante também causa grande pressão sobre os joelhos. Se o uso do salto alto for inevitável, evite permanecer por muito tempo numa mesma posição, ao se sentar cruze as pernas de forma alternada e faça alongamentos no começo e no final do dia, principalmente para a panturrilha”, recomenda o médico, acrescentando que em relação ao tênis de corrida, o produto precisa de um sistema de amortecimento adequado e que há modelos para pé plano, pé cavo e pé normal.

Para finalizar, o Dr. Marcio alerta que a compra de sapatos para idosos também deve seguir algumas regras. “Um sapato que traga segurança é fundamental. Além do conforto, tem que ter sola antiderrapante. Salto alto deve ser descartado. As quedas, nesta fase da vida, são mais freqüentes e muito perigosas. O sapato tem que ser muito bem escolhido”, diz ele.


Pessoas de meia-idade devem se prevenir contra a osteoporose

A população de idosos no Brasil deve dobrar de tamanho nos próximos 15 anos, chegando a 32 milhões de brasileiros. As pessoas de meia-idade, no entanto, devem estar muito atentas a uma doença silenciosa, que é implacável com pessoas da terceira idade, principalmente mulheres: a osteoporose, uma doença que apresenta queda da qualidade e da quantidade da massa óssea. “Mais de 30% das mulheres na pós-menopausa e 15% dos homens acima de 50 anos são acometidos pela doença no Brasil. Se não bastasse, a osteoporose é, hoje, a principal causa de fraturas por baixo impacto, especialmente em mulheres na pós-menopausa e em idosos, e pode levar a complicações sérias como dores crônicas, dificuldade para locomoção e, conseqüentemente, deterioração da qualidade de vida”, alerta Eduardo Sadigurschi,  fisiatra e reumatologista do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

As principais recomendações do médico do CREB para pessoas de meia-idade, que buscam a prevenção, são: exercício físico regular e uma alimentação balanceada, rica em cálcio. “Praticar exercícios de forma regular eleva a densidade mineral óssea e diminui o risco de fraturas. Quando os músculos são contraídos, há estímulos à formação óssea. No caso de pessoas idosas, os exercícios são fundamentais, pois dão força e auxiliam na prevenção de quedas, que podem ser fatais. Os exercícios também melhoram o equilíbrio, o padrão da marcha e a consciência espacial. Os exercícios de impacto, que devem ser realizados cuidadosamente, e de fortalecimento muscular apresentam resultados positivos e devem ser realizados durante 30 minutos, pelo menos três vezes por semana”, ensina o Dr. Eduardo Sadigurschi.

Em relação à alimentação, o fisiatra e reumatologista defende uma dieta adequada de calorias, cálcio e vitamina D.  “Mulheres na pós-menopausa  devem consumir cerca de 1000 mg a 1500 mg de cálcio a cada dia. Um  iogurte desnatado, um copo de leite, uma fatia e meia de queijo contêm cerca de 300 mg de cálcio cada. A suplementação de vitamina D também é recomendada, sendo muito importante a exposição regular ao sol para a síntese da vitamina D no organismo”, diz ele, ressaltando que o CREB disponibiliza para seus pacientes um folder onde há dica de como obter essa quantidade de cálcio através da alimentação.

Outra dica do médico é a realização de um exame chamado densitometria óssea, considerada o método padrão-ouro para avaliar riscos de fratura. Cerca de 70% dos fatores de risco para osteoporose são influenciados pela genética. Mas os outros 30% estão relacionados a fatores ambientais e estilo de vida. “As mulheres tendem a sofrer de osteoporose mais cedo, por conta da baixa hormonal na fase da menopausa, que faz com que percam massa óssea em média dez anos antes dos homens. Este exame – a densitometria óssea – é muito importante pois detecta a possibilidade de fratura de quadril e da coluna vertebral nas pessoas em um horizonte de dez anos. Com os resultados deste exame, é possível fazer um intenso trabalho de prevenção”, finaliza.


A osteoporose pode ser prevenida e tratada

Segundo estatística da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, nada menos do que dez milhões de brasileiros, entre os quais 65% são mulheres, sofrem de osteroporose. Se esses números já são suficientemente alarmantes, ganham ainda mais força com a constatação de um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que garante que o modo de vida nas grandes cidades favorece o surgimento da doença.

“Se a pessoa tem a tendência de ter a doença, não poderá evitá-la. Mas poderá retardá-la, buscando uma melhor qualidade de vida. Realizar exercícios físicos regularmente, tomar sol sempre e buscar uma dieta rica em cálcio são atitudes fundamentais na prevenção. Realizar um exame chamado densitometria óssea também ajuda muito em um tratamento de prevenção”, alerta Eduardo Sadigurschi, fisiatra e reumatologista do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

Causada, entre outros motivos pela deficiência de cálcio, a osteoporose é uma doença silenciosa, que enfraquece os ossos. Silenciosa porque muitas vezes só se percebe a doença quando a pessoa cai e fratura um osso. A pesquisa da Unifesp conclui que os hábitos da cidade grande favorecem a osteoporose por vários motivos. Um deles é o baixo consumo de cálcio. Segundo técnicos da universidade, o leite comprado em supermercado passa por um sistema de pasteurização que reduz a gordura e, na verdade, elimina parte dos nutrientes do produto. A falta de tempo para a prática de exercício físio, o sedentarismo, a pouca exposição ao sol e a alimentação desregrada contribuem, e muito, para o aparecimento da osteoporose.

“Entre as sugestões de prevenção, uma delas é que as pessoas tomem sol por 15 minutos diários. Obviamente que dentro de horários próprios, como pela manhã, até as 10 horas, e de tarde, depois das 16 horas. É preciso resgatar antigos hábitos, como sair para fazer piqueniques em campos abertos. Caminhar, pegar sol, isso é muito importante e pode ser muito prazeroso para a pessoa”, defende o médico do CREB.