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Brasileiros desconhecem perigo da osteoporose

Caracterizada pela redução da quantidade e da qualidade da massa óssea, a osteoporose apresenta estatísticas alarmantes. Mais de 30% das mulheres na pós-menopausa e 15% dos homens acima de 50 anos são acometidos pela doença no Brasil. Se não bastasse, a osteoporose é, hoje, a principal causa de fraturas por baixo impacto, especialmente em mulheres na pós-menopausa e em idosos, e pode levar a complicações sérias como dores crônicas, dificuldade para locomoção e, conseqüentemente, deterioração da qualidade de vida.

Apesar da gravidade, os brasileiros desconhecem esta enfermidade. Segundo um estudo realizado pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 90% dos entrevistados já tinham ouvido falar em osteoporose mas não sabem de detalhe algum sobre o assunto. Em torno de 70% das mulheres e 85% dos homens que já haviam apresentado uma fratura por fragilidade óssea desconheciam que a mesma tinha sido causada pela osteoporose. A pesquisa conclui que os brasileiros já ouviram falar da doença, sim, mas não sabem como preveni-la, como tratá-la ou mesmo a especialidade médica que deve procurar.

Batizada de Brazos (The Brazilian Osteoporosis Study), a pesquisa da UNIFESP entrevistou 2.420 pessoas acima de 40 anos, em 150 municípios de todas as regiões do país. O que chamou a atenção dos pesquisadores é que apenas 6% dos entrevistados sabiam que eram portadores da doença – o indicado por padrões internacionais é de 30%. “Esta é uma pesquisa muito pertinente porque as pessoas só costumam se consultar quando sentem dores constantes. Mas a osteoporose é conhecida como uma epidemia silenciosa. Na maior parte das vezes, a dor surge apenas quando ocorrem numerosas fraturas, geralmente na coluna, o que traz dor crônica e até incapacidade”, avalia o fisiatra e reumatologista Haim Maleh, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

Outra estatística reforça a gravidade do assunto: fraturas vertebrais aumentam em até 8 vezes a taxa de mortalidade. E não é só. Estudos apontam que 40% das mulheres acima dos 50 anos vão desenvolver osteoporose em algum momento de suas vidas. Mas desse total, apenas 3 em cada 10 terão a doença diagnosticada. “É importante divulgar a osteoporose, seus efeitos e tratamentos. A doença pode ser tratada e podemos oferecer ao paciente a qualidade de vida desejada. Os principais fatores de risco são idade avançada, baixo peso, raça caucasiana, histórico familiar, deficiência hormonal, dieta pobre em cálcio, uso de determinadas medicações como corticóides, fumo, álcool e uma vida sedentária”, diz o médico.

O diagnóstico da osteoporose, diz o Dr. Haim, é feito através da densitometria óssea, um exame preciso, simples e indolor que pode ser comparado a uma “radiografia” do corpo. “Centros modernos fazem o exame onde é possível prever o risco de fratura do paciente pelos próximos 10 anos. Assim, é possível prevenir sérios problemas no futuro”, avisa o médico. “A prevenção começa cedo. É preciso ter uma dieta rica em cálcio desde a infância, manter atividade física regular, além de evitar o consumo de álcool e fumo”, finaliza ele.


A importância do crescimento ósseo em crianças

É durante a infância e a adolescência o período mais importante para a construção de um esqueleto forte e saudável.

“Os cuidados nesta fase de vida precisam ser redobrados porque a resistência óssea depende tanto do tamanho ósseo como dos minerais que ele contém”, explica o fisiatra e reumatologista do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo, Dr. Eduardo Sadigurschi.

Segundo o médico do CREB, é até os 25 – 30 anos que  se forma a massa óssea E por volta dos 30 anos que lentamente os ossos começam a perder SUA massa. “É fácil entender que quanto mais massa óssea tivermos depositada no nosso banco ósseo desde os tempos de criança e adolescente, melhor vamos suportar essas inevitáveis perdas ósseas. Assim, estaremos mais protegidos de doenças como a osteoporose, além de fraturas ósseas frequentes na terceira idade”, explica o Dr. Eduardo.

Uma pesquisa da tradicional The Hormone Fundation, publicada em abril deste ano no Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism, demonstra que os maiores ganhos de dimensão, massa óssea e conteúdo mineral ocorrem na adolescência. A pesquisa atesta que é na puberdade que alterações hormonais, tão comuns nesta época da vida, levam a uma rápida aceleração do crescimento ósseo. “Nesta fase, os ossos ficam mais longos, mais fortes e mais densos. O tamanho ósseo atinge seu ápice próximo dos 20-25 anos”, acrescenta o médico.

Fatores genéticos irão afetar a saúde óssea da crianças, assim como o estilo de vida adotado. “Uma alimentação saudável e a prática regular de exercício físico são fundamentais para uma boa saúde dos ossos. A manutenção de um peso adequado, a ingestão de vitamina D, cálcio e proteínas são muito importantes nesta fase. O cálcio é o principal mineral no osso e a quantidade de ingestão correta da vitamina D auxilia na absorção do cálcio”, enumera o ortopedista.

– Exercícios que sustentam o peso, como corridas e saltos, ajudam a fortalecer os músculos e ossos fortes. A maior parte da vitamina D é produzida quando nossa pele é exposta à luz solar. Crianças obtêm vitamina D brincando ao ar livre, mas leites e fórmulas infantis são suplementados com esta vitamina. O tabagismo, que frequentemente se inicia na adolescência, também é um fator muito prejudicial à saúde óssea, assim como o uso indiscriminado de certos medicamentos. A orientação de um médico especialista é fundamental – finaliza o Dr. Eduardo Sadigurschi.


A artrite reumatóide é comum em mulheres na faixa dos 30 aos 50 anos

Ao contrário do que muita gente pensa, a atrite reumatóide não é uma doença que acomete apenas pessoas da terceira idade. Mulheres na faixa dos 30 aos 50 anos são as principais vítimas da doença, que atinge as articulações, provoca dor intensa e, muitas vezes impossibilita a realização de determinados movimentos. “Muitas pessoas acreditam que as doenças reumáticas são exclusivas na terceira idade, o que é um engano. A artrite reumatóide, por exemplo, afeta diretamente a qualidade de vida do paciente e logo que surge, aos primeiros sinais, como por exemplo dor nas juntas, em especial das mãos e dos pés, deve-se procurar um médico reumatologista”, explica o fisiatra e reumatologista Haim Maleh, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

Segundo o médico do CREB, a principal da artrite reumatóide é a inflamação nas articulações, que geralmente ocorre de modo simétrico, ou seja, envolve a articulação do lado direito e esquerdo. “Como a doença é sistêmica, outros órgãos como olhos, coração e pulmões podem ser acometidos”, explica ele. O Dr. Haim Maleh diz que um dos sintomas comuns da doença, além da dor constante, é uma fadiga inexplicável e rigidez após períodos de inatividade, principalmente pela manhã. “Alguns pacientes apresentam pequenas nodulações embaixo da pele, principalmente próximo aos cotovelos, que são os chamados nódulos reumatóides”, acrescenta.

Para chegar ao diagnóstico da artrite reumatóide, o reumatologista analisa a história clínica do paciente, realiza exames físicos das articulações e solicita análise laboratorial, radiografias e, em algumas ocasiões, ultrassonografia das áreas acometidas. Exames de sangue também auxiliam na avaliação do processo inflamatório. A doença ainda não tem sua causa descoberta. “Sabe-se apenas que ocorre uma resposta anormal do sistema imunológico, que passa a atacar as articulações, causando a dor e o inchaço”, afirma o Dr. Haim. Estima-se que 21 milhões de pessoas sofrem da doença no mundo, dos quais 1,5 milhão no Brasil. Atualmente, a artrite reumatóide tem tratamento, que traz alívio da dor, bem estar e previne alterações articulares, quando iniciado precocemente. O tratamento deverá sempre, além de medicamentos, contar com a reabilitação física, entre as quais eletroterapia, cinesioterapia ,acupuntura e hidroterapia, que é uma medida de grande auxílio para esses pacientes, especialmente quando realizada em piscinas apropriadas, como nas do CREB.