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Não brigue com seu filho porque ele faz xixi na cama. A incontinência urinária tem tratamento

A incontinência urinária diurna pode causar estresse em criança em idade escolar, com grande impacto negativo sobre a sua autoestima. É extremamente importante identificar o problema e tratá-lo o mais cedo possível. O alerta é da a reumatologista Eur...

A incontinência urinária diurna pode causar estresse em criança em idade escolar, com grande impacto negativo sobre a sua autoestima. É extremamente importante identificar o problema e tratá-lo o mais cedo possível. O alerta é da a reumatologista Euriana Travagim Brione, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

As estatísticas apontam que algo em torno de 10% das crianças entre 5 e 6 anos apresentam incontinência urinária durante o dia. Já entre os de 12 a 18 anos, a prevalência diminui para 4%.

  • O treinamento do mecanismo urinário varia de criança para criança. O CREB conta com um setor especializado, onde é possível tratar da questão por meio da uroterapia, que traz ótimos resultados e é indicada para crianças com sintomas de disfunção da micção, incontinência urinária durante o dia, urgência miccional e infecções urinárias recorrentes, persistentes mesmo após tratamento conservador adequado, farmacoterapia e/ou intervenções cirúrgicas – explica a reumatologista.

A Dra. Euriana explica que a terapia resultante é baseada sobre o tratamento da incontinência urinária durante o dia, a regulação da ingestão de líquidos e da frequência de micção e tratamento da constipação, se necessário. O objetivo é ensinar a criança a realizar o esvaziamento regular e completo da bexiga, como um processo sistemático em que as reações físicas são trazidas sob controle consciente.

  • A criança é educada sobre as funções do sistema urinário, postura correta ao urinar, hábitos alimentares e comportamentais que podem ter consequências negativas (como a pressa, por exemplo), entre outros – finaliza ela.

Há tratamento para a Síndrome Cruzada Superior

Upper Cross Syndrome

A Síndrome Cruzada Superior (Upper cross Syndrome) foi descrita e definida como uma alteração postural levando ao encurtamento de alguns músculos e inibindo a força de outros em padrão cruzado em 1979, portanto há 40 anos, mas muitas vezes ainda vem sendo sub-diagnosticada, segmentada e não analisada de forma global no indivíduo.

  • Os desequilíbrios musculares padrões são o encurtamento na parte dorsal dos músculos trapézio (fibras superiores) e elevador da escápula, na parte ventral encurtamento dos músculos peitorais (maior e menor) e devido a essas hipersolicitações/tensões há uma inibição cruzada, sendo na região frontal fraqueza de flexores profundos cervicais e serrátil anterior, cruzando dorsalmente fraqueza nas porções medial e inferior do músculo trapézio e rombóides. O diagnóstico realizado de forma separada, seja ele de patologia apenas cervical, ou apenas de patologia do ombro, não soluciona o quadro clínico do paciente como um todo, por isso a porcentagem de pacientes que retornam com recidiva das dores é alta, pois só parte do problema foi solucionado – explica o ortopedista Márcio Taubman, do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

Segundo ele, a correria estressante do dia a dia e a utilização cada vez mais de dispositivos móveis, como smartphones e tablets, têm aumentado exponencialmente o índice de pacientes que apresentam essa síndrome, apresentando uma postura com anteriorização da cabeça, aumento da lordose cervical e cifose dorsal e elevação e anteriorização do ombro e escápula alada, o que provoca um “desembalanço” muscular acentuado.

-A postura de anteriorização de cabeça cria uma cascata de compensação postural, diminuindo a estabilização da articulação, principalmente devido a fraqueza do músculo serrátil anterior alterando o posicionamento da escápula (escápula alada). Esta perda de estabilidade decorrente da escápula alada faz com que a atividade dos músculos elevador da escápula e trapézio superior aumente a sua tensão, criando um ciclo vicioso para poder prover estabilidade ao complexo do ombro, intensificando o desequilíbrio muscular e aumentando o padrão postural patológico. Os principais sintomas desta síndrome são dor de cabeça, tensão cervical, dor na região dorsal, dor e crepitação no ombro e leve formigamento que se estende pelo membro superior – afirma o Dr. Taubman.

Ele pontua que o tratamento pode trazer excelentes resultados, com correção postural e fortalecimento muscular. O CREB adota protocolos que incluem a RPG, o pilates terapêutico e acupuntura, e os resultados têm sido excelentes. Ao menor sinal de dores, é preciso consultar um médico especialista.


Tempos tecnológicos trazem novas doenças

“Wiitis”, “síndrome do ecrã tela” e “cotovelo de telemóvel” são os nomes de novas doenças destes novos tempos tecnológicos

“Wiitis”, “síndrome do ecrã tela” e “cotovelo de telemóvel” são os nomes de novas doenças destes novos tempos tecnológicos, cuja origem do problema está no uso excessivo de um videogame, um celular, um tablet e gadgets do gênero. Haim Maleh, fisiatra e reumatologista do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo e professor de reumatologia da Universidade Federal Fluminense (UFF) diz que Tendinite, síndrome do túnel carpo, epicondilite, obesidade, perda de audição e dores lombares são problemas cada vez mais diagnosticadas em jovens, fruto da vida que levam.

  • São doenças antigas, que ganham novos nomes. Nosso desafio é estabelecer a origem das doenças diagnosticadas e obviamente que o estilo de vida desses jovens nos indicam caminhos. O uso de mochilas cada vez mais pesadas, a falta da prática de exercício físico regular e as horas seguidas diante de computadores, videogames e celulares trazem problemas imediatos. Novas doenças surgem com os novos tempos tecnológicos que vivemos – explica ele.

Segundo o médico do CREB, teclar no celular o dia inteiro, repetida e excessivamente, por exemplo, pode ocasionar inflamações nos tendões.

  • Por causa das redes sociais, jovens passam o dia no celular. Isso tem conseqüência. Nosso papel é alertá-los que precisam readquirir hábitos saudáveis, como praticar exercícios regulares, caminhar e buscar outras fontes de lazer que não apenas os eletrônicos. E ao menor sinal de dor e desconforto, os pais devem levar seus filhos a um médico para evitar que o problema se agrave – diz o Dr. Haim Maleh.