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Como tratar a inflamação do nervo ciático?

Como tratar a inflamação do nervo ciático

Maior nervo do corpo humano, o nervo ciático tem uma responsabilidade enorme no corpo humano: ele simplesmente controla as articulações do quadril, dos joelhos e dos tornozelos, além dos músculos das pernas e dos pés. Não é de se estranhar o verdadeiro estrago que a inflamação do nervo ciático pode provocar: a dor e sensação de queimação da irradiação pela região posterior da coxa e perna são intensas e só quem já as sentiu sabe das suas forças.

“A pressão no nervo ciático pode causar sua inflamação, o que produz o que chamamos de dor ciática. A causa mais comum disso é a hérnia de disco, ou seja, algum problema com o disco cartilaginoso localizado entre as vértebras. Uma causa menos comum, mas muito presente entre esportistas, principalmente os profissionais, é quando o nervo ciático passa pelo músculo piriforme, no glúteo. Isso é chamado de Síndrome do Piriforme. Tal compressão aumentam o volume desse músculo e podem causar a inflamação do nervo ciático”, explica o Dr. Márcio Taubman, ortopedista especialista em coluna do CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo.

Como diagnosticar a inflamação do nervo ciático?

O Dr. Márcio diz que o diagnóstico da inflamação do nervo ciático é feito inicialmente durante a avaliação médica, por meio de um teste no exame físico do paciente chamado de teste de Lasègue, que pode detectar a dor quando há compressão do nervo ciático. “Pedimos para o paciente deitar e estender a perna, o que pode causar dor forte, irradiada até o pé. Podemos observar, ainda, fraqueza ou perda de sensibilidade em alguma parte do membro inferior”, detalha.

O médico ortopedista também poderá solicitar exames de imagem, como uma tomografia ou uma ressonância da coluna lombar, para identificar a presença de alguma hérnia de disco. “Esta é uma das condições mais comuns”, revela o ortopedista especialista em coluna do CREB. A eletroneuromiografia é um teste fundamental na documentação da inflamação do nervo.

Sintomas da inflamação do nervo ciático

Os principais sintomas da inflamação do nervo ciático, segundo o Dr. Márcio, são:

• Dor na parte posterior da perna e do glúteo;

• Dor lombar;

• Dores na perna, com sensação de queimação;

• Em geral, as dores acontecem em apenas um dos membros inferiores;

• Diminuição da força no membro inferior em casos mais graves;

• Melhora da dor quando o paciente está deitado;

• Piora da dor sentado ou em pé;

• Piora da dor quando espirra ou tosse.

Como tratar a inflamação do nervo ciático?

O Dr. Márcio pontua que há tratamento conservador para a inflamação do nervo ciático, que pode ser extremamente eficiente. Além do uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios específicos, é recomendado o tratamento fisioterápico, aplicação de gelo ou calor no local, repouso por curtos períodos de tempo, além de protocolos que incluem acupuntura, RPG e hidroterapia.

Tem como se prevenir da inflamação do nervo ciático?

“A prática de exercícios regularmente, o combate ao sobrepeso, alongamentos, fortalecimento muscular, o uso de cadeiras e colchões adequados, evitar carregar peso de formas inadequada e evitar o excesso de exercício ajudam a prevenir a inflamação do nervo ciático”, garante o Dr. Márcio Taubman.

 

 

 


Você é jovem e sente dor lombar e rigidez matinal? Pode ser espondilite anquilosante

Você é jovem e sente dor lombar e rigidez matinal? Estes podem ser sintomas da espondilite anquilosante

Se você é jovem, na faixa entre 20 e 30 anos, e tem acordado no meio da noite, por conta de dor lombar, e acorda com sensação de rigidez, o ideal é que consulte um reumatologista. Este é um quadro muito comum de espondilite anquilosante, uma artropatia inflamatória crônica, autoimune, que acomete principalmente a coluna vertebral, a bacia, os quadris e os ombros. Cada vez é maior o número de jovens com este quadro que procuram o CREB – Centro de Reumatologia e Ortopedia Botafogo – com esta queixa.

O Dr. Camilo Tubino Schuindt, reumatologista do CREB, explica que a espondilite anquilosante também pode provocar dor constante nas nádegas (além da coluna lombar), por mais de três meses, com a sensação de rigidez nos locais doloridos. “A doença também pode atingir os olhos, resultando em uma uveíte, inflamação que resulta em vermelhidão e dor ocular“, pontua ele, destacando que homens são três vezes mais afetados.

Repouso pode piorar a espondilite anquilosante

A espondilite anquilosante acomete principalmente jovens por volta dos 25 anos, mas também acontece com jovens que ainda não completaram 16 anos e pessoas com mais de 45 anos, embora ambos os casos sejam menos comuns. O reumatologista do CREB explica que as dores aparecem principalmente pela manhã, e o repouso pode piorar a situação. “Pode parecer incrível, mas repousar piora o quadro. A prática de exercício físico é fundamental”, garante ele.

O Dr. Camilo diz que a doença tem predisposição genética. O tratamento, aponta, prevê fisioterapia e prescrição de remédios específicos. A hidroterapia e o RPG podem ajudar muito no tratamento da espondilite anquilosante, além do tratamento fisioterápico. A acupuntura pode ser utilizada para tratar da dor. O tratamento medicamentoso é fundamental, sendo os imunobiológicos os medicamentos fundamentais para o controle da doença. “O acometido pela doença precisa procurar um reumatologista ao menor sinal dos sintomas. É importante que utilize um colchão firme, sem depressões. Uma boa dica é colocar uma tábua entre o colchão e o estrado”, finaliza o reumatologista do CREB.

 


Verdades e Mitos da Fibromialgia

Pessoas que vivem com fibromialgia, relatam dores diárias nas articulações e no corpo. Muitas vezes observa-se a negação do diagnóstico de fibromialgia por profissionais de saúde, pois não há um teste diagnóstico específico para fibromialgia. Para o diagnóstico dessa doença é necessário a exclusão de outras possíveis doenças osteoarticulares reumatológicas que cursam com dores pelo corpo. Quais são os mitos e verdades a respeito da fibromialgia?

MITO: Fibromialgia não é real.

A fibromialgia é uma condição crônica real. É caracterizada por uma dor generalizada nos músculos, articulações e tendões em todo o corpo.  Outros sintomas da fibromialgia incluem: Síndrome do intestino irritável, fadiga, problemas de memória, insônia, depressão, dores de cabeça, dormência e formigamento. A fibromialgia é uma síndrome, e uma síndrome é um conjunto de sinais e sintomas diferentes, sendo que todos esses sintomas em conjunto levam a um diagnóstico de fibromialgia. Embora não haja exames de rotina para diagnosticar a fibromialgia, os médicos diagnosticam a fibromialgia descartando outras condições e realizando um exame físico adequado.

MITO: Para diagnosticar a fibromialgia, uma pessoa precisa ter “tender points“

Os “pontos de gatilho” ou “tender points “, costumavam fazer parte dos requisitos de diagnóstico da fibromialgia. Mas eles realmente caíram em desuso, pois, na verdade, estão ausentes em cerca de 20% das pessoas com fibromialgia.

MITO: Os pesquisadores identificaram as causas da fibromialgia

Infelizmente, não há causa conhecida para fibromialgia. Pode ser genético. Pode ser ambiental. Pode ser uma combinação de ambos. Em alguns pacientes, vemos alguns fatores desencadeantes, tais como um acidente de carro, um trauma físico ou mesmo um trauma psicológico. Esses eventos podem estar associados ao início de alguns sintomas da fibromialgia.

MITO: Não existem tratamentos para o trauma da fibromialgia

O tratamento da fibromialgia se baseia na utilização de medicamentos específicos, associados a técnicas de reabilitação, para alívio dos sintomas álgicos. Dentre os medicamentos pode-se utilizar analgésicos e relaxantes musculares, para alívio das dores difusas. Antidepressivos auxiliam no tratamento da depressão e muitas vezes e na melhora do sono não restaurador. A hidroterapia é uma técnica fisioterápica fundamental, pois combina exercícios de alongamento muscular na água quente resultando no alívio da dor. A acupuntura é outra técnica utilizada para o manejo da dor.

VERDADE: Mude seu estilo de vida para obter sucesso no tratamento da fibromialgia

O tratamento da fibromialgia não vem na forma de uma pílula mágica. Ele vem através da modificação do estilo de vida. Trabalhar e se exercitar o suficiente, desenvolver atividades de baixo impacto, como caminhar e praticar ioga, são ótimos. Tente também reduzir os fatores que lhe causam estresse. Ou, Procure um psicólogo para ajudar no manejo da depressão. Torne-se um especialista em fibromialgia, para compreender melhor essa condição.